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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Os vírus e o Facebook


Publicado originalmente por Adnews

Não resta dúvida que o Facebook é a rede social de maior abrangência e maior sucesso.  Ao contrário de outras redes sociais de nicho, como o LinkedIN e o Twitter, o Facebook é generalista.  Lá é comum misturarmos amigos de infância, colegas de trabalho, familiares, conhecidos distantes.  E todos compartilhando fotos, vídeos, localização e muita informação pessoal.  A privacidade realmente está com seus dias contados.

É natural, portanto, que o Facebook se torne o meio predileto para a propagação de vírus, worms e malware em geral.  E com um agravante: o meio tradicional de propagação deste tipo de malware é o e-mail, que claramente é pouco utilizado por crianças e idosos.  Já o Facebook é largamente utilizado por estes grupos, além de pessoas com pouca experiência em utilização da internet, que consequentemente, são mais propensas a acreditar em falsos vídeos que via de regra embutem malware.

O ano de 2013 mal começou e já vimos um vírus se espalhando com grande sucesso entre os usuários do Facebook no Brasil.  Nós o vimos como um vídeo, postado por algum de nossos amigos, com o título: aposto que você não pode ver esse vídeo por mais de 20 segundos. Os que clicaram, baixaram uma extensão de browser, que seria utilizada para envio de spam e ainda ajudaram o vírus a se propagar, compartilhando o vídeo entre todos os seus contatos.  Note que o tal “vídeo” vinha de um site totalmente desconhecido na Argentina.  Alguém com um pouco mais de experiência desconfiaria e não clicaria em algo assim.  Recomendo só clicar em vídeos que tenham como origem a própria ferramenta de vídeos do Facebook, o YouTube ou o Dailymotion).

Em 2012, um falso botão “Dislike” iludiu mais de 8.000 usuários do Facebook somente no Brasil. Para habilitar o falso botão era necessário aceitar um aplicativo falso, que na verdade embutia o malware.   Já escrevi sobre isso e reitero: todo cuidado é pouco com os aplicativos para Facebook.  Eu pessoalmente não uso nenhum – e não acho que esteja perdendo nada.  Só aceite um aplicativo ou jogo se souber realmente sua origem e segurança.

É importante também estar atendo aos encurtadores de URL, muito comuns no Twitter, mas desnecessários no Facebook.  Como não há o limite de 140 caractereres nessa rede, o uso de encurtadores de URL somente aumenta o risco de que o link seja na verdade um phishing.

Um outro detalhe importante: o Facebook não é a sua fonte de notícias em tempo real.  Não clique em vídeos ou links para eventos catastróficos e informações “em primeira mão”.  O mais provável é que seja conteúdo falso.  Verifique nos sites de notícias, jornais, canais de TV, grandes portais.  Seja prudente.  O risco é real: você pode ter seus dados pessoais roubados (como dados bancários), pode ter seu computador transformado em fonte de envio de spams e mesmo ter o controle sobre o computador tomado por redes de hackers que os utilizam para ações de negação de serviço.
Se possível, utilize um browser somente para acesso a bancos e para quando for fazer compras na Internet e outro somente para as redes sociais.  E não seja inocente, clicando em qualquer coisa.  Take care!

Artigo encaminhado por Flávio Carvalho, Diretor de Serviços da Arcon Serviços Gerenciados de Segurança.

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