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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Misses, Arthur Xexéo



Eu me lembro de Maria Augusta batendo com uma bengala na passarela para indicar o que as misses deveriam fazer. Eu me lembro do Maracanãzinho lotado. Eu me lembro que os apresentadores eram Paulo Max e Marly Bueno.
Eu me lembro de Georgia Quental, a Miss Flamengo que foi desclassificada porque já tinha desfilado profissionalmente. Eu me lembro que a Miss Renascença Aizita Nascimento foi a primeira negra a participar do concurso. Só não me lembro se ela ganhou. Acho que não.
Eu me lembro que, na semana seguinte ao concurso de Miss Universo, “O Cruzeiro” sempre trazia uma reportagem com a eleita tomando café da manhã na praia. De maiô, cetro e coroa, é claro.
Eu me lembro dos maiôs Catalina.
Eu me lembro de Gina MacPherson — Miss Botafogo, Miss Guanabara, Miss Brasil —, que provocou escândalo ao namorar o motorista que estava à sua disposição em Miami. Eu me lembro que o Miss Universo era em Miami, o Miss Beleza Internacional em Long Beach e o Miss Mundo em Londres.
Eu me lembro que a coroa sempre caía da cabeça da Miss Brasil.
Eu me lembro que lá em casa a torcida era sempre para a Miss Rio Grande do Sul, mas eu, que já era do contra, preferia a Miss Guanabara.
Eu me lembro do tempo em que o concurso de miss era só um quadro do “Programa Silvio Santos”, e que a gente $com a impressão de que, a qualquer momento, ele iria gritar: “Quem quer dinheiro?” Eu me lembro da Rainha do Café Julieta Strauss, que não era miss, mas era como se fosse. Eu me lembro que o traje típico de Miss São Paulo era sempre colhedora de café.
Eu me lembro da mineira Maria Stael Abelha, que renunciou ao título de Miss Brasil para se casar. Eu me lembro das irmãs gêmeas Elizabeth e Ana Cristina Ridzi disputando o Miss Guanabara. Como decidir qual era a mais bonita?
Eu me lembro da gaúcha Ieda Maria Vargas ganhando, finalmente, o Miss Universo. Alguns anos depois, a baiana Martha Vasconcellos levou o título. E, quando a gente já pensava que era uma espécie de Venezuela, nunca mais chegamos lá. Ieda virou uma apresentadora de TV famosa no Rio Grande do Sul. Martha Vasconcellos... que fim levou Martha Vasconcellos?
Eu me lembro de Vera Fischer quando ela ainda era Miss Santa Catarina. Eu me lembro que a primeira Miss Brasília era uma empregada doméstica. Eu me lembro que todas liam “O Pequeno Príncipe”. Eu me lembro da Miss Grécia Corinna Tsopei, que foi Miss Universo e, depois, interpretou uma índia sioux no filme “Um homem chamado Cavalo”.
E por que eu estou me lembrando disso tudo? Porque eu acho que vou sempre me lembrar de Miss Angola ganhando o Miss Universo no Brasil.

No ar, mais uma edição da Rádio Sucupira (30.09.11)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sete maneiras como a nossa mente e corpo mudam com a idade

 


Quem assistiu o “O curioso caso de Benjamim Button” lembra como o filme mostra as dificuldades da velhice. Primeiro, o personagem principal que nasce velhinho, quase cego e cheio de reumatismo. Em seus primeiros anos de vida, só consegue andar com muletas ou bengalas. Quando, no entanto, ele está no auge de sua juventude, quem começa a envelhecer é a sua paixão de infância. A seguir, sete mudanças (umas boas e outras nem tanto) que acontecem no nosso corpo e nossa mente quando envelhecemos.
1 – FICAMOS MAIS LIBERAIS
A ideia de que à medida que ficamos mais velhos, ficamos mais “quadrados” foi desmentida por uma pesquisa americana que questionou mais de 46 mil americanos entre 1972 e 2004. Ao longo destes anos, as atitudes foram ficando mais liberais em relação a política, economia, raça, gênero, religião e questões sexuais. A pesquisa não acompanhou os mesmos indivíduos durante todo o tempo, mas mostrou que os “velhos” das novas gerações estão mais “desencanados”. Quando você estiver com mais de sessenta anos, provavelmente vai ser ainda mais liberal do que seus avós.
2 – SUAS CÉLULAS-TRONCO ENVELHECEM TAMBÉM
Quando você envelhece, as células do seu corpo envelhecem. As células-tronco, aquelas que podem se transformar em qualquer outro tipo de célula, ajudam a substituir as células velhas ou prejudicadas. O problema é que elas envelhecem também, e sua capacidade regenerativa diminui com o tempo.
Em 2007, uma pesquisa colheu células-tronco de ratos novos e velhos, que davam origem ao tutano do osso. Elas foram misturadas e implantadas em um rato que tinha deficiência na produção de tutano.
No começo, tanto as células novas quanto as velhas produziram na mesma medida. Contudo, o rendimento das células mais velhas não demorou a desacelerar. Os cientistas desconfiam que a causa pode ser genética.
3 – PRECISAMOS DE MENOS HORAS DE SONO
Os mais velhos dormem menos. Pesquisas mostraram que os adultos dormem menos que os jovens e os idosos menos que os adultos. Em um estudo com 110 adultos saudáveis que dormiam oito horas por dia, ficou comprovado que o grupo mais velho, com idade entre 66 e 83 anos, cochilava até 20 minutos a menos que os indivíduos de meia idade (idade entre 40 e 55 anos). Os jovens com idades entre 20 e 30 anos levaram a melhor, pois dormem até 23 minutos a mais que o grupo de meia idade. A explicação? Quanto mais velho, menos horas de sono precisamos.
4 – FICAMOS MAIS DISTRAÍDOS
A medida em que envelhecemos, perdemos a habilidade de ignorar distrações, ou seja, temos menos foco, ficamos mais distraídos. Quem chegou a esta conclusão foi um grupo de estudantes de psicologia da Universidade de Toronto, liderado pela doutoranda Karen Campbell. Mas, segundo a pesquisadora, existe um lado bom: as pessoas de mais idade têm a habilidade única de ligar uma informação irrelevante a outra informação que aparece na mesma hora, ajudando a preservar e impulsionar a memória.
5 – FICAMOS CAÍDOS
A nossa pele sofre com o envelhecimento. A epiderme, a parte mais externa da pele, fica mais fina; a pele perde a elasticidade; a gordura do rosto que fica nas camadas profundas da pele começa a minguar. O resultado é aquela pele enrugada, murcha, cheia de marcas de expressão e rachaduras.
Para os mais vaidosos, existem saídas como as plásticas e o Botox, por exemplo, mas isso tudo talvez não seja suficiente. Isto porque os ossos do maxilar, bochechas e das cavidades dos olhos também começam a gastar, de acordo com a pesquisa de Robert Shaw, da Universidade de Rochester. A falta de sustentação deixa a pálpebra e as bochechas caídas e ficamos com aquela “papada”.  O pesquisador sugere implante de osso, mas além dos riscos, isso parece lutar demais contra o tempo, não é?
6 – AINDA GOSTAMOS DE UMA BOA GARGALHADA
Rir ainda é o melhor remédio. “A idade não influencia as nossas respostas emocionais ao humor, ainda gostamos de uma boa piada, quando a entendemos”, disse a psicóloga Prathiba Shammi, do Centro Baycrest de Cuidados Geriátricos. “Esta resposta é importante porque faz parte da interação social e sempre foi dito que o humor melhora a qualidade de vida, ajuda a diminuir o estresse e nos ajuda a lidar com os problemas da velhice”.
Por outro lado, um estudo canadense publicado em 2003 mostrou que os adultos mais velhos têm mais problemas em entender as piadas. Eles não entendem as frases de efeito das piadas e não conseguiram distinguir as tirinhas de humor das regulares.
7 – MANTEMOS UMA ATITUDE POSITIVA
Mesmo com tantas desvantagens, aqueles que acreditam que esta é a “melhor idade” simplesmente passam por cima destas pesquisas e encaram esta como qualquer outra fase da vida, como a infância ou a adolescência.
Um estudo publicado em 2008, no departamento de sociologia da Universidade de Chicago, sugere que o aumento da longevidade ocorrido desde os anos 1970 está ligado ao aumento da felicidade, apesar da saúde e do dinheiro diminuírem com a idade. Tudo isto depende da atitude que você escolhe ter diante de sua vida. Olhar para o passado e ter apenas boas lembranças, manter uma atitude positiva faz com que muitos idosos sejam mais otimistas que os jovens.[LiveScience]
Fonte:  http://hypescience.com/7-maneiras-como-a-nossa-mente-e-corpo-mudam-com-a-idade/

 

O Herdeiro, por Nadia Foes


A casa antiga do povoado ficara fechada durante algum tempo. A família se transferiu para a cidade grande. Passados alguns anos o herdeiro do imóvel chegou de volta à cidade, se aproximou da praça central com um carro importado dos mais luxuosos e trouxe na bagagem uma bela mulher e o cão, um belíssimo Afeganistão bege. Chegaram para implantar um projeto que traria dividendos ao povoado. Era algo relacionado à pesca de rio, pois parte do rio cortava as terras da família. E o povoado ficou em polvorosa, pois todos iam ganhar. Do dono do boteco até o padre que lembrou que a igreja carecia de um sino. E o projeto entrou em andamento. Ele recuperou a casa grande que ficara fechada durante muito tempo, abriu um escritório na frente da praça, contratou empregados para ajudar a sua mulher; era um jardineiro e uma senhora, parentes do jardineiro, e dos filhos que moravam na parte dos fundos da casa. E logo a reforma da casa e os jardins ficaram uma beleza e passaram a receber todos os que chegavam ao povoado para conhecerem o empreendimento. Até um hotel seria construído. Dinheiro para isso ele possuía e foram longos meses de muitas viagens para conseguir permissão dos órgãos competentes para usar, não só a faixa do rio que cortava as suas terras, mas também a faixa do rio que contornava a cidade e fazia um meandro em direção à igreja. Depois de “molhar” as mãos de muitos dignitários, a documentação necessária para iniciar o empreendimento deslanchou. Foi tudo ao mesmo tempo, e a cidade virou um canteiro de obras. Já não era mais um simples povoado. Aos poucos foram chegando os investidores. Como o complexo seria voltado à pesca de entretenimento no rio, chegaram os organizadores de eventos e foram se instalando aonde dava. O dono do boteco colocou a família, mulher e filhos, no rancho e alugou os quartos da pequena morada. Até a casa do padre hospedou alguns forasteiros. Todos queriam se instalar na cidade e cada qual ganhar o seu quinhão. E no meio de tanto movimento, chegaram as senhoritas de vida fácil. Isto é o que dizem, pois, particularmente, acho a vida delas muito difícil. E aí aconteceu de aparecer na cidade um maluco, que veio a serviço das distintas senhoritas. Era o “faz-tudo” delas e gostava de se embebedar. E o investidor, tão assoberbado com toda a correria, mal chegava em casa; virou visita. E a jovem mulher dele que viera de uma família muito tradicional e sem qualquer mácula - coisa muito difícil nestes tempos cabeludos – andava tão solitária que foi passar uns tempos com a família dela e lá aproveitou e foi até o colégio onde estudara fazer uma visita muito especial: uma freira muito afeiçoada a ela. E logo que ela chegou a freira notou que algo não ia bem, e ela desabafou: não tinha amigos, vivia isolada, e que a vida não ia tão bem assim. E a freira perguntou: porque ela não dava aulas na cidade? Seria o ideal, afinal ela era professora, e logo em seguida deveria arranjar uma gravidez, o filho viria preencher o vazio da vida dela. Ela voltou mais conformada. Na chegada falou com o marido da idéia de abrir uma escola, chegou até sugerir que a escola poderia ter o nome da senhora mãe dele, já falecida, e ele ficou de pensar no assunto e não se falou mais nisso. E ela passava os dias de tagarelice com os empregados da casa e as visitas de final de semana. Como estava decidida a ter um filho, o marido a escutou, saiu, tomou um pileque, e chegou em casa carregado pois batera o carro. A mulher que estava em companhia dele foi para o hospital mais próximo, mas disso a mulher dele nunca soube e tratou, com a ajuda do jardineiro, de cuidar dos ferimentos dele. E os dois foram se revezando nos cuidados, até que, certa noite, ele já estava melhor, e como fazia muito calor, ela foi se banhar no rio e o empregado ficou observando a distancia. Foi quando o marido dela viu e disse: então, anda de olho na minha mulher, seu safado! O rapaz tratou de desfazer o equivoco e foi para o quarto dele. Na manhã seguinte era dia de dar banho e escovar o cachorro que era o xodó dela e o orgulho do marido, pois tanto o cão, quanto o carro, chamavam a atenção aonde chegavam. Ele costumava sair com o cão dentro do carro e estacionava na praça e quando olhava tinha uma aglomeração em torno dos dois, do carro e do cão. E ele se fazia de surpreso e chamava a todos para assistir o espetáculo e o rapaz caprichava na escovação do pêlo do animal. Depois do dia do incidente com o banho da patroa ele pouco subia na varanda da casa onde ela costumava ficar lendo ou bordando, e sempre gostava de mostrar o que estava fazendo. Certa noite, ela chamou o rapaz e pediu a ele que preparasse uma bebida para os dois e viesse conversar um pouco com ela. Ele preparou a bebida dela, se desculpou e desceu. Na semana seguinte o marido foi viajar novamente e recomendou: nada de folga com o empregado, essa gente tem que ser tratada só na chibata. Ela não se importou com o comentário do marido e os dias foram se tornando mais quentes e ela passou a tomar banho de rio todas as tardes ao anoitecer porque era mais fresco. Vestia uma túnica leve sobre o maiô e ia para o rio tomar banho. Na volta, o marido chegou exatamente quando ela acabara de chegar na casa. Depois de cumprimentar o marido, chamou o empregado, esperou o rapaz subir para receber as ordens da patroa: era para trazer um balde de gelo e algo para comer enquanto ela ia se arrumar. Quando ela virou as costas o marido deu uma pancada na cabeça do rapaz e jogou o pobre coitado pelo balaustre da varanda e o rapaz fraturou o pulso e o joelho. Quando ela ouviu o barulho e veio correndo, o rapaz estava estirado no jardim e parecia morto e o marido dela o estava socorrendo e dizia: ele é maluco, pulou da varanda. Ela foi ajudá-lo e colocou o rapaz numa sala próxima à cozinha e pediu ao marido: vá buscar ajuda. Ele saiu e demorou a voltar. Quando chegou disse que não encontrara ninguém que entendesse medicina no povoado. Como ela aprendera algo sobre primeiros socorros, passou a cuidar do empregado pessoalmente até ele se restabelecer; ficou manco de uma perna e o marido passou a chamá-lo de aleijado. E o pulso também ficou com seqüelas. O verão estava chegando ao final e um vento frio começou a soprar e ela se recolheu, passou a ficar na sala, com a lareira acesa, todas as janelas fechadas e o marido, mais uma vez, foi viajar. Desta vez foi para ficar mais tempo. E ela contratou mais uma ajudante. Até que certa noite, já madrugada, ela sentiu alguém entrar no quarto e meio sonolenta ela abraçou o marido e pediu: vamos ter um filho? E foi uma noite de paixão. No dia seguinte ela não saiu da cama cedo, só desceu na hora do almoço e perguntou para o rapaz: onde foi o meu marido? Ele respondeu: ele está viajando, não voltou ainda. Aí ela pensou no sonho que teve e ficou preocupada com sua saúde mental. Subiu e foi examinar a cama, estava com roupa limpa, a nova empregada havia trocado tudo. Ela foi tomar outro banho, não notou qualquer marca diferente em seu corpo e pensou: realmente um sonho que eu tive. Passado alguns dias o marido chegou e ela começou a amanhecer enjoada, já não comia de tudo e achou melhor viajar para consultar um médico. Fez os exames e o médico deu-lhe a notícia: você está grávida. E ela disse: isso é impossível. E chorando, explicou que o marido não tocava em seu corpo há muito tempo, ele estava sempre cansado, mas o médico afirmou: é gravidez. Ela voltou para casa, chegou cansada e o marido não se encontrava. O rapaz veio tirar as bagagens do carro e levou para o quarto dela. Ela entrou no banho e lavou até a alma e ao entrar no quarto, o rapaz ainda estava lá. E ela perguntou: o que você quer? Ele não respondeu nada e saiu do quarto. Ela desceu para jantar e esperou até tarde da noite, e, naquela noite, o marido não voltou. Pela madrugada ela acordou com alguém dentro do quarto e silenciosamente esperou. Ele deitou na cama ao seu lado e a abraçou com tanto carinho que ela se deixou ficar e amar. E depois do amor ela perguntou: foi você na outra noite? Ele respondeu que sim. Que desde que o marido dela chamou a atenção dele por estar olhando para ela, até então ele não havia enxergado a mulher, mas daquele momento em diante, ela não saiu mais do seu coração e ela sentiu exatamente a mesma coisa. Disse que desde que o marido dissera que esta gente tem que ser tratada na chibata, no subconsciente ela só pensara nele e no tórax largo e forte que ele tinha. Aí ela lhe disse: vou ter um filho teu. Despediram-se, ele foi para o quartinho dos fundos da casa e ela, de camisola branca, saiu caminhando pela rua rumo ao meandro e lá ela entrou na água e foi afundando tão devagar, pois sabia que carregava no ventre um anjo, o fruto de uma violação, que poderia nascer mulato, o marido era loiro, e ela castanha de pele muito branca. Quando o dia amanheceu, viram um tecido boiando e foram ver o que era; era um pedaço da camisola de renda que flutuava. Procuraram o dia inteiro, a turma de buscas encontrou o seu corpo que estava preso em umas madeiras que estavam boiando e alguns galhos de árvore que pareciam enlaçar o seu corpo e seus braços rígidos embalavam o ventre como uma mãe protegendo o filho. Ela foi levada para a cidade mais próxima para ser preparada para voltar para sua gente e o médico, ao dar o atestado de óbito, perguntou ao marido, que se encontrava junto a um amigo que lhe dera carona, se ela estava grávida. O marido disse que não. O medico a examinara e disse, uma gravidez de 90 dias aproximadamente. Ele ficou enlouquecido e disse: mato aquele desgraçado! E pediu para voltar para casa. Lá chegando, encontrou o cão morto com uma punhalada certeira e ao lado do cão, com um tiro de espingarda na cabeça, jazia o corpo do jardineiro, o do tipo que só na chibata se resolveria, o do homem que ele jogou da sacada e passou a chamar de aleijado. Olhou para o corpo do rapaz e ele parecia sorrir e lembrou dela morta enlaçando o ventre e também parecia sorrir. E o carro dele, na garagem, estava destroçado, a lataria fora toda cortada, o motor arrancado e incendiado, os estofamentos de couro só a base metálica sobrou. Foi a maior vingança que já se viu naquele povoado. E aí vem a lembrança dos antigos que dizia: se não podes com o dono, vingue-se no cão. Ele vingou a sua amada e o prepotente e orgulhoso patrão perdeu a mulher, o cão e o carro, pois o jardineiro sabia que ele ia morrer mesmo, era apenas questão de horas. E ele, no desespero, se resolveu mais rápido. Quanto ao empreendimento, ficou tudo pelo começo. Ninguém teve o dinheiro para dar continuidade no que seria o crescimento da cidade, e os forasteiros que investiram lá, perderam tudo. O povoado continua como no início, tem uma praça, uma igreja, um meandro e um boteco. As ruas, sem calçamento algum, casinhas modestas. E a margem esquerda do meandro, o caminho que leva à casa grande, que hoje está caindo por falta de conservação, e o investidor, o dono do dinheiro, o desajustado, o adulto rebelde, esse nunca mais foi visto. O padre, na última viagem que fez à capital, foi fazer uma visita aos pais da falecida. Estavam inconformados com a fatalidade. Para eles, ela foi se banhar a noite, como costumava fazer, e ficou presa nos galhos. Tão jovem e trazia um anjo no ventre. Os pais não se conformavam de perder a filha e o neto. Mas o funcionário do bordel, o maluco, esse disse ter visto ela passar de camisola rumo ao meandro e o padre não contestou. Perguntou pelo viúvo e os pais da moça disseram que a dor foi tão grande pela perda da mulher e do filho que se tornara um alcoólatra – isso ele também já era – e desapareceu, foi viajar e não mais voltou. Mas, no povoado, conta-se que ele foi visto em outra cidade pequena, passeando com uma das moças damas do bordel, que também foi dado por desaparecida e que estavam a bordo de um carro ainda mais luxuoso que o outro e pararam para almoçar em um restaurante da praça e pagaram o funcionário da casa para dar voltas na praça com dois cães, um macho e uma fêmea. O macho usava uma coleira de couro marrom com uma placa de outro amarelo com o nome do animal e do proprietário e a fêmea usava uma coleira preta cravejada de diamantes e uma placa em forma de coração também com o nome dela e do proprietário. Isso é o boato que está correndo, mas até o padre acredita ter visto os dois e tentou alcançá-los, mas o carro deles era muito veloz. E conta-se, também, que alguém veio, pagou os empregados, fechou a garagem com os traços que sobraram do carro, que as roupas foram distribuídas para os carentes e a casa foi fechada. Já não se pode chegar sequer na entrada principal que fica próximo do meandro, tal o matagal que está cobrindo tudo. E o povoado vive na maior miséria e dizem que em noite de lua cheia os três choram horas e horas, ela, ele e o bebê. E o cão passa a noite a ladrar. Todos já saíram em busca na cidade para ver de onde vem o som e o som vem do rio. O padre já benzeu a casa, rezou missa, mas nada adianta, o lamento deles é muito triste.
Restaurandora de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura, cinema, e a paixão de escrever.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dicas de segurança: como ter mais privacidade no novo Facebook

Confira algumas maneiras de customizar o seu perfil e tornar a rede social mais segura e privada 0
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Facebook
O Facebook deu uma bela modificada em sua plataforma com novas funcionalidades e recursos. Porém, nem todo mundo quer compartilhar cada detalhe de sua vida no perfil ou expor o seu passado com a chegada da "Linha do Tempo".

Por isso que, junto de todas as novidades, o Facebook resolveu deixar as configurações de privacidade mais acessíveis. Agora, por exemplo, já é possível editar suas atividades passadas na "Linha do Tempo" e customizar a lista de amigos que têm acesso privilegiado ao seu perfil. Ou seja, com alguns cliques é possível conseguir um pouco mais de privacidade na rede.

Para começar, vá em "Configurações de Privacidade" e escolha qual o padrão que quer adotar para suas atualizações de status. É possível deixar "Público", "Amigos" ou "Personalizado" - neste último, você ainda pode escolher quais pessoas podem visualizar seu status, inclusive ocultar suas novidades apenas para alguns nomes específicos.

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Já em "Aplicativos e Sites", você escolhe quais aplicativos quer bloquear, remover, desativar ou editar, um por um. Na configuração individual dos apps, é possível proibir o programa de acessar diversas informações pessoais do seu perfil e também escolher quais pessoas podem ver novidades sobre esse aplicativo. Nesta área que diz "Este aplicativo pode", você configura todas as opções de privacidade individualmente de acordo com cada tipo de informação que o aplicativo usa.

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Outro ponto que pode ser facilmente modificado é sua "Linha do Tempo", que faz parte do novo perfil disponibilizado pelo Facebook. Com a novidade, a página de cada usuário traz todos as atividades registradas e separadas por mês e ano. Porém, cada publicação pode ser excluída ou ocultada.


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Na área de "Configurações de Privacidade" também há outras possibilidades de edição. Ao clicar em "Como Conectar", você escolhe quais as pessoas que têm permissão para entrar em contato com você, enviando mensagem, publicando no seu perfil ou visualizando sua "Linha do Tempo".

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Se você ainda não tem o novo Facebook, clique aqui para saber como antecipar a chegada do novo visual. Caso você queira esperar, a previsão é que nas próximas semanas a rede social disponibilize as novidades para todos os usuários. E se você quer configurar suas opções de privacidade ainda no perfil antigo, clique aqui e descubra algumas dicas.

Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/jovem/redes_sociais/noticias/dicas_de_seguranca_como_ter_mais_privacidade_no_novo_facebook

Significado dos Logotipos das Marcas dos Automóveis

Os emblemas dos fabricantes de automóveis são mais do que simples símbolos de identificação das marcas. A maioria deles traz embutidos diversos aspectos da história da marca, capazes de aguçar a curiosidade dos aficcionados por carros.
Os logotipos acompanham o surgimento das primeiras fábricas de automóveis, no final do século passado. Como escuderias, agremiações esportivas e outras associações, os primeiros fabricantes de automóveis não dispensavam um símbolo de identificação do modelo, seguindo uma tradição surgida na Idade Média, como os brasões nobiliárquicos.

Veja o significado dos que mais ficaram marcados na história do automóvel:
Descrição: cid:8224FF2B189C4A5EA70D03D8B2E27471@UtilizadorPCAudi - As quatro argolas unidas representam as marcas alemãs que formaram a Auto Union, fundada em 1947. São elas: Horch, Audi, Wanderer e DKW. No dia 1º de janeiro de 1985, aAuto Union passou a se chamar Audi AG, com sede empresarial em Nekarsulm, na Alemanha.
Descrição: cid:796357096FCE449B82C6D30EE0228359@UtilizadorPC
Alfa Romeo - O símbolo é composto pela bandeira com a cruz vermelha (brasão da cidade de Milão) e pela serpente devorando um homem (símbolo da família real milanesa). O nome do fabricante italiano, fundado em 1910, é a combinação da sigla A.L.F.A (Anonima Lombarda Fabbrica Automobili) com o sobrenome do engenheiro Nicola Romeo, fundador da marca.
Descrição: cid:80789A0A1F064F34B359CBF377CC5A73@UtilizadorPC
BMW  - Representa uma hélice de avião, nas cores azul e preta. Foi criada depois que os irmãos Karl Rath e Gustav Otto conseguiram permissão do governo alemão para produzir motores de avião, em 1917. O primeiro carro a ter o símbolo da marca alemã foi o modelo Dixi 3/15, de 1928. BMW é a abreviatura de "Fábrica de Motores da Bavária" (Bayerische Motoren Werk).
Descrição: cid:1D57F8696E744DFAAE1FF5C9B0BA3CF0@UtilizadorPC
Cadillac - Marca famosa da General Motors, o seu emblema é derivado do brasão da família de Sir Antoine de la Mothe Cadillac , o fundador da empresa. Desperta muita admiração no mundo todo, com sua grinalda de plumas – um verdadeiro clássico!
Descrição: cid:069F64DF5EF74080977F0F8A20B34A1A@UtilizadorPC
Chevrolet - Diz a lenda que o logotipo em forma de gravata borboleta foi baseado na ilustração do papel de parede de um hotel em Paris onde um dos fundadores da marca, William Durant, teria se hospedado, em 1908. Durant guardou a amostra na carteira para usá-la como símbolo da marca de automóvel que fundou em parceria com o piloto Louis Chevrolet.
Descrição: cid:B4F94B0CFD944142810140B80872B6E0@UtilizadorPC
Chrysler - A antiga estrela de cinco pontas, formada a partir de um pentágono com cinco triângulos, representa a precisão da engenharia. O logo atual é um escudo com asas, que já havia sido foi adotado entre as décadas de 30 e 50.
Descrição: cid:34C4FA3055ED4EBD822DB5B32C0D9DC5@UtilizadorPC
Citroën - Os dois "V" invertidos, conhecidos na França como " Deux Chevron", simbolizam a engrenagem bi-helicoidal criada pelo engenheiro Andre Citroën, fundador da marca francesa.
Descrição: cid:55FA0456A6B9497A9742448F20A77499@UtilizadorPC
DKW-Vemag - A fábrica foi inaugurada em 1955, pelo presidente JK. A antiga Vemag - Veículos e Máquinas Agrícolas dedicava-se, desde 1945, à importação de veículos Studebaker dos Estados Unidos, bem como à fabricação de tratores. Da união com a DKW alemã surgiu, em 1957, o primeiro veículo de passeio brasileiro, a camioneta Vemaguet, dotada de um barulhento mas amado motor 3 cilindros de 2 tempos.
Descrição: cid:D06BEA9A445F48DD9FA165180C03E1F3@UtilizadorPC
Dodge - O búfalo simboliza a cidade de Dodge, localizada no estado de Kansas (EUA), no oeste norte-americano. A marca pertence à Chrysler.
Descrição: cid:D4A97EBC2C294CD480D708C646564ED0@UtilizadorPC
Ferrari - O cavalo preto empinado sobre o fundo amarelo era usado no avião de Francesco Barraca, piloto de caça italiano morto na Primeira Guerra Mundial. A pedido da mãe de Barraca, o comendador Enzo Ferrari passou a adotar o emblema em seus carros a partir de 1923.
Descrição: cid:18809DEBD9DC4429B31FDF6728BF2FDA@UtilizadorPC
Fiat - A sigla em letras brancas sobre fundo azul significa Fábrica Italiana de Automóveis de Turim. Por algum tempo as 4 letras foram substituídas por 4 barras inclinadas (brancas ou cromadas) mas, atualmente, o símbolo remonta aos primeiros veículos fabricados pela Fiat.
Descrição: cid:607FBCCA3D8848A4B6CF026AF06127BD@UtilizadorPC
Ford - O símbolo oval com a assinatura de Henry Ford permanece quase inalterado desde a fundação da empresa, em 1903. Hoje ele inspira o desenho das grades dos carros da marca.
Descrição: cid:077F23233E384A2B8BCD1101D6D211F0@UtilizadorPC
Jeep - Marca norte-americana cuja origem vem da pronúncia, em inglês, da sigla G.P. (General Purpose), utilizada para identificar os modelos destinados a vários tipo de uso.
Descrição: cid:0B906EA9AF7C42DDAAE996B9A7DA0248@UtilizadorPC
Lamborghini - O touro que aparece no símbolo dos esportivos italianos é uma homenagem do fundador da marca, Ferruccio Lamborghini, às lutas de touro, pelas quais era fanático.. Tanto que os carros da marca (Diablo e Murciélago) têm nomes de touros famosos.
Descrição: cid:7C4BB4E52C0A4771ABE335D17129AA4F@UtilizadorPC
Maserati - O logotipo da marca italiana representa o tridente de Netuno, símbolo da cidade de Bolonha. A fábrica foi fundada em 1919 pelos irmãos Carlo, Bindo, Alfieri, Ettore e Ernesto Maserati.
Descrição: cid:A1E70E38553E430F9D594696E6553ECF@UtilizadorPC
Mercedes-Benz - A estrela de três pontas representa a fabricação de motores para uso na terra, água e ar. Surgiu depois que Gottlieb Daimler enviou cartão postal para sua mulher, dizendo que a estrela impressa no cartão iria brilhar sobre sua obra.
Descrição: cid:65C83FE009A94CC0BAB1374A9B5E8C74@UtilizadorPC
Mitsubishi - Um diamante de três pontas que remete à resistência e preciosidade . O símbolo veio do nome da marca: "Mitsu" significa três em japonês; "Bishi", diamante.
Descrição: cid:0F23053D4F6E41D195EE7C01CC72AE03@UtilizadorPC
Nissan - A moldura azul (cor do céu e do sucesso na cultura japonesa) e um círculo vermelho ao fundo (que representam a luz do sol e a sinceridade) remetem ao provérbio "sinceridade leva ao sucesso". Nissan significa "irmão mais velho".
Descrição: cid:22EBBB4A089A4B868BE30969DA3297B9@UtilizadorPC
Peugeot - O leão estilizado, que representa a "qualidade superior da marca" e homenageia a cidade de Lion (França), é usado desde 1919. Desde então, o logotipo sofreu sete modificações.
Descrição: cid:A9D8B4C702824583A711CDEBDEEE471E@UtilizadorPC
Porsche - São dois brasões sobrepostos - o da região de Baden-Württemberg e o da cidade de Stutgartt (o cavalo empinado), sede da marca alemã. A marca adotou o símbolo a partir de 1949.
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Puma - Iniciou sua produção em 1964 usando a mecânica do DKW e, em 1967, mudou para a mecânica do Fusca. Os primeiros "Pumas", na verdade DKW-Malzoni, foram feitos para correr e, de fato, sempre brilharam em Interlagos. Foram exportados para diversos países, principalmente para os EUA, entre 1970 e 1980.
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Quadrifoglio - O trevo de quatro folhas dos esportivos da Alfa Romeo é o amuleto usado pelo piloto Ugo Sivocci, considerado herói da marca depois de ter morrido em um acidente, em 1923, no circuito de Monza (Itália). A partir daquele ano, todos os carros de corrida passaram a ter esse logotipo na carroceria.
Descrição: cid:66837A1099F74A7DB0AB7E73AED43969@UtilizadorPC
Renault - O losango parecido com um diamante foi adotado em 1925, para sugerir sofisticação e prestígio. Desde então, teve quatro mudanças de visual. O primeiro símbolo, de 1898, eram dois "R", em homenagem aos irmãos Louis e Marcel Renault, fundadores da marca francesa.
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Rolls Royce - Os dois "R" do logotipo eram estampados em vermelho. Com a morte de seus dois fundadores, Charles Rolls (1910) e Frederick Royce (1933), as letras passaram a ser grafadas em preto, em sinal de luto.
Descrição: cid:260C368C614E48D7A09A5DE5BCE01C45@UtilizadorPC
Saab - Uma das marcas sob controle da GM, a sueca Saab começou a fabricar aviões em 1938. O nome vem de Svenska Aeroplan Akteebolaget. A produção de automóveis começou em 1959. O logotipo circular tem um animal mitológico com cabeça de águia e garras de leão, símbolo da vigilância. O azul de fundo é a cor da marinha.
Descrição: cid:F5FFD5EF00FE48B3ADC80DC71DDE5733@UtilizadorPC
Simca - No Brasil, marca de prestígio que gozava da fama de ser frágil. Mas não havia como negar que o Chambord (depois Tufão) era um carro lindíssimo! A marca nasceu na França como uma importadora de carros Fiat, e seu nome era formado pelas iniciais de: Sociedade Industrial de Mecânica e Carrocerias Automóveis.
Descrição: cid:E2735E8DA82945139C87EFB7997E74CD@UtilizadorPC
Subaru - Na língua japonesa, Subaru tem o significado de "plêiade" (conjunto de estrelas). Isso explica a constelação adotada como logotipo da marca..
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Volkswagen - Um dos mais familiares símbolos entre as marcas de veículos, este círculo envolve um "V" e um "W", iniciais de volks (em alemão: povo) e wagen (vagão, veículo), ou seja: carro do povo, ou popular, já naquela época! Foi encomendado pelo próprio governo alemão ao engenheiro Ferdinand Porsche (o próprio). Por isso ambos os veículos usavam motores refrigerados a ar até pouco tempo atrás.
Descrição: cid:91CB13BF15B440AD96D581DBF62DFEA8@UtilizadorPC
Volvo - O polêmico logotipo da marca sueca (que hoje é controlada pela Ford) é o símbolo da masculinidade e por esse motivo já foi muito contestado por movimentos feministas na Europa. Esse símbolo era usado pelos alquimistas para representar o metal, uma alusão que a Volvo fez à durabilidade dos seus veículos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Veja 10 orientações para ficar mais protegido contra golpes virtuais


Que a internet no Brasil evolui de modo constante ninguém pode duvidar e as pesquisas estão aí para comprovar. Dados mais recentes do Ibope, por exemplo, mostram que até agosto mais de 45 milhões de brasileiros eram internautas ativos, número quase 10% maior do que o de um mês antes. O tempo passado no ambiente virtual também aumentou, para quase 70 horas semanais. 
Além de proporcionar interação, o que levou cerca de 30 milhões de brasileiros às redes sociais como o Facebook e o Orkut somente em agosto, a internet virou um novo canal de consumo. Tendência que fará o e-commerce atingir R$ 18,7 bilhões de faturamento neste ano e ainda com espaço para mais crescimento, já que a inclusão da classe C neste meio pode adicionar mais de 4,7 milhões de potenciais consumidores virtuais. 
No entanto, tanta expansão da internet não está sendo acompanhada por uma evolução no comportamento das pessoas, conforme observa o especialista em segurança do Site Blindado, Juan Antônio Duran. “Acho que o crescimento (da internet) foi bem mais rápido do que a cultura, a mentalidade, da segurança”, afirma, acrescentando que os usuários devem ter consciência de que o ambiente virtual segue regras parecidas com o do meio físico. “É importante que o usuário fique ciente que a internet é igual à sociedade da rua, temos leis, você não vai atravessar a rua com o farol aberto, a mesma coisa é a internet, você tem de seguir alguns passos para evitar cair em fraudes”. 
Para ficar mais protegido na internet, o especialista e também o Procon (Fundação de Defesa do Consumidor) apontam 10 orientações simples.
Como ficar seguro on-line
1) Compras virtuais:  Duran recomenda evitar sites que não possuam certificação de segurança, reconhecida no mercado. Na maioria das vezes, os selos de certificação podem ser identificados no rodapé da página. 
2) Dados pessoais em segurança: no momento de fechar a compra, diz o especialista, é importante que o internauta verifique se o site trafega a informação precisa, como a ficha de cadastro – que traz informações pessoais e até o número do cartão de crédito -, de forma criptografada. “Isso pode ser comprovado mediante o cadeado no browse, ele indica que o dado está sendo criptografado. O site inteiro não precisa ser criptografado, mas, no momento de fechar a compra, é importante verificar se está sendo criptografado, sim”, diz Duran.
O Procon acrescenta que, além do cadeado, o site precisa ter o endereço eletrônico iniciado pela sigla “https”, indicando que ele possui mecanismos de proteção do cadastro.
3) Mecanismos de buscas: o especialista do Site Blindado recomenda evitar navegar em sites que tenham alguma notificação de segurança, ao usar monitores de busca, como o Google. Supondo que o internauta digite na busca TV LED 42 polegadas e aparece uma série de endereços. Se um deles estiver comprometido com alguma ameaça e, no momento em que a pessoa clica nele, aparece uma notificação de malware ou vírus, é importante que ela não prossiga com a navegação. “Pode ser qualquer site, um blog, por exemplo, qualquer site o Google faz uma Black list, onde ele escaneia o site em busca de malware”, diz Duran.
4) Família: monitorar pessoalmente o uso da internet pelos filhos. O especialista diz, inclusive, que é importante que os filhos sejam “treinados” para utilizar a web. Existem vários tipos de softwares no mercado que ajudam a monitorar o uso da internet em casa
5) Senhas: Duran aconselha a nunca compartilhá-las. Também é importante criar senhas fortes, alternando caracteres maiúsculos e minúsculos e caracteres especiais, por exemplo, e não usar uma única senha para acessar diferentes sites.
Quanto à criação de senhas, a Fundação Procon recomenda evitar informações óbvias, como datas de aniversário (sua ou de familiares), números de telefone, palavras conhecidas ou sequências numéricas ou alfabéticas, como 123456 ou abcdef. O ideal é que a senha tenha de seis a 12 caracteres.
Mesmo tendo uma senha forte, o especialista do Site Blindado diz que o usuário comum deve trocá-la a cada três meses.
6) E-mail primário: Duran recomenda que o internauta só o forneça para pessoas que sejam realmente conhecidas e de confiança. “Posso criar, por exemplo, um e-mail gratuito para uso no comércio eletrônico, mas o uso da minha conta primária deve ficar só para pessoas que conheço, porque assim, no momento em que tiver uma conta comprometida, não perco a conta primária”, diz ele, que completa: “é muito importante também manter separada a vida profissional da pessoal, por isso, não é aconselhável usar o e-mail que a empresa fornece a você para compras na internet, por exemplo”.
7) Questione: não forneça uma informação pessoal, simplesmente porque foi solicitado, diz o especialista. Verifique por que o site está solicitando uma informação pessoal. Duran dá um exemplo: se o internauta tem de preencher um formulário de cadastro, o site não tem por que pedir o número do cartão de crédito antes de ele fechar uma compra.
8) Segurança da máquina: mantenha o antivírus em dia e o sistema operacional atualizado. É melhor optar por uma única solução antivírus, porque instalar mais de um programa pode comprometer o desempenho da máquina e do antivírus. Quanto ao fato de escolher um programa gratuito, que geralmente é mais básico, o especialista diz que é melhor ter esse instalado do que não ter nenhuma proteção.
9) Redes sociais: Duran recomenda evitar dar muita informação pessoal nestes sites, porque os golpistas costumam pesquisá-los a procura de vítimas. Como exemplo, ele cita o fato de que, para reativar uma conta de e-mail antiga, é necessário ter a data de nascimento do usuário. Então, o golpista pesquisa o Facebook e lá encontra o dado que quer e reativa a conta que está em nome de outra pessoa, sem que ela saiba disso.
10) Destinatários de e-mails: por fim, diz o especialista, o internauta deve procurar não abrir e-mails de fontes desconhecidas, porque podem trazer ameaças. Sobre esse ponto, o Procon aconselha que a pessoa desconfie de mensagens que prometem prêmios, envia fotos, mensagens de amor ou amizade, cartões virtuais, entre outras. Além disso, diz a Fundação, no programa leitor de mensagens, o usuário deve desativar as opções que permitem abrir ou executar automaticamente arquivos ou programas anexados aos e-mails.

domingo, 25 de setembro de 2011

Rock in Rio 1985 - Martha Medeiros

Em janeiro de 85 eu tinha um namorado que não era chegado a rock, preferia jazz, mas topou fazer uma viagem de carro para assistir ao Rock in Rio. Seria nossa primeira aventura on the road. Mas onde dormir? Ele sugeriu alugarmos um trailer. E assim foi. Botamos o Maverick vermelho na estrada puxando um trailer caindo aos pedaços. Chinelagem total, mas foi uma das passagens mais originais da minha história. Credo, eu já tenho uma história.

Saímos de Porto Alegre, passamos uns dias em Bombinhas, Maresias e Paraty, até que chegamos ao Rio, onde estacionamos o trailer num camping em Jacarepaguá. O festival já havia iniciado. No dia do nosso primeiro show, lembro que meu namorado foi tomar uma cerveja enquanto fiquei no trailer me arrumando. Quando ele retornou, não acreditou no que viu. Parecia que eu ia ao shopping: calça branca, top, acho até que coloquei salto alto.

— Tu tens ideia pra onde estamos indo? Pro meio da lama!

Teimosa, disse que iria daquele jeito mesmo, estava me sentindo um doce de coco. Resultado: virei a mulher de barro. Choveu demais e aquele descampado virou Woodstock. Da tal sandália nunca mais tive notícia e a calça branca virou pano de chão.


Nos dias seguintes, camiseta, jeans, tênis e rabo de cavalo. Pô, óbvio.


Foram muitos shows, mas lembro que o mais espetacular foi o do Queen. Freddie Mercury cantando “Love of my life” a capela enquanto regia a multidão foi de arrepiar. E eu estava lá.


Vimos Yes, Rod Stewart, B-52, Nina Hagen, Ozzy Osbourne. E Barão Vermelho, Rita Lee, Blitz, Lulu Santos, Kid Abelha, Paralamas.

Inesquecível, tudo.

Fim de festa. De volta a Porto Alegre, devolvemos o trailer e seguimos nossas vidas. O namorado? Casei com ele, tivemos duas filhas e vivemos juntos por 17 anos. Hoje é um querido amigo, está casado de novo e segue preferindo o jazz.


Em 1985, não havia telões nem camarotes vips, e lembro de apenas uma lanchonete nos fundos do terreno, assim como meia dúzia de banheiros, tudo muito precário. Nem sombra da megaestrutura de que se dispõe hoje. Passavase trabalho, mas, por outro lado, era uma experiência genuína. Só encarava essa indiada quem gostava realmente de música e aventura.

Ter 23 anos colaborava também.

Poucas coisas são tão vibrantes quanto um show. Eu começo a transcender antes mesmo de atravessar os portões. Curto a aproximação coletiva, aquele povo se dirigindo para o mesmo lugar e com o mesmo propósito, como se estivesse peregrinando até uma igreja em busca de comunhão.


Apagam-se as luzes. Expectativa, ansiedade.

Então surgem no palco os donos da noite. Ao soar o primeiro acorde, viramos todos evangélicos, budistas, espiritualistas do rock.

Show é consagração. Os aplausos são mesuras e o assovio é o código sonoro da reverência. O público faz parte de um só corpo e de um só sangue. Desta vez não irei, mas deixo aqui minha bênção para todos os devotos da guitarra. Rock in Rio 2011, amém.

Salvador, Bahia


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Amor verdadeiro, por Nadia Foes

Vamos falar do amor e da afeição profunda. Ela estava com 23 anos quando sofreu um acidente; o caso era gravíssimo e foi para Brasília, capital federal, fazer um tratamento com ortopedista. Ficou por lá algum tempo e os médicos ficaram impressionados com tanta determinação em alguém tão jovem. E lá conheceu um jovem médico que fazia parte da equipe de médicos que estavam tratando dela. Ficaram amigos e ele gostava de conversar com a jovem loirinha e muito bonita. Ele era um medico iniciando carreira, casado e tinha 23 anos. Quando ela teve alta, voltou para a cidade onde morava e lá se casou, mas teve que voltar algumas vezes a Brasília para exames de rotina. E lá no hospital eles se reencontraram e depois a vida levou cada um para o seu lado. Passados alguns anos ela ficou viúva e tempos depois ele também ficou viúvo. Nesta época ambos estavam com 50 anos e passaram a se comunicar por telefone. A facilidade de Internet, nem pensar; não passava ainda pelas nossas cabeças. E de conversa em conversa eles marcaram um encontro e ele se encantou. A loirinha se tornara uma senhora muito atraente e bonita. E ela pensou o mesmo, ele se tornara um homem e tanto. E logo estavam dividindo o edredon. E foram vivendo felizes durante 23 anos. Este ano, no dia do aniversario de vida em comum, ele fez uma surpresa para ela. Comprou as alianças e fez um pedido formal de casamento. Sim, eles vão se casar. Depois de 23 anos juntos, os noivos estão com 73 anos e uma felicidade que só quem tem a noção do verdadeiro amor pode aquilatar. O amor maior. Como é lindo esse amor de madureza! Duas pessoas idosas se amando. Não é paixão, que é o sentimento intenso que se sobrepõe à razão. A paixão é fugaz. O amor verdadeiro, esse só bem poucas pessoas conhecem. É só para os privilegiados. E eles estão nos revelando que o coração não envelhece jamais. O amor retribuído sempre rejuvenesce, dizia T.S.Eliot. O amor tem o poder mágico de fazer correr o tempo ao contrário. Fiquei a pensar, será que os velhos se apaixonarão de novo? Belo exemplo a ser seguido em uma época em que vemos senhores de idade avançada casando com miss de 18 anos. E mulheres, já entrada em anos, casando com jovens que poderiam ser seus filhos. Não tenho nada contra quem está a procura de um filho ou uma neta. Certa vez li uma biografia de famoso play-boy brasileiro que dizia o seguinte: quando ele conhecia uma jovem bonita, entre 18 e 20 anos, ele costumava perguntar: você quer me vender 5 anos de sua juventude? Assim ele comprou algumas das esposas dele.  Segundo ele, uma dela gostou tanto que ficou 10 anos com ele e quando queria renovar o guarda-roupa iam a Paris onde passavam uma parte do ano, pois tinham residência lá e aproveitavam, também, para fazer encomendas aos famosos joalheiros parisienses. Segundo ele, esgotado o tempo de validade, ele as recompensava com o belo imóvel aonde moravam, uma mala cheia de jóias, dez malas de roupas assinadas e exclusivas. E ainda ficavam amigos. Interessante, não? Esse comprava as mulheres como mercadorias e elas se vendiam com o maior prazer. Mas isso não era amor, era patologia. O amor verdadeiro é o que o senhor médico e a sua loirinha estão vivendo. Esse não tem preço e não há dinheiro que pague. Felicidade ao casal de noivos e obrigado pelo belo exemplo de vida que vocês estão nos dando. O amor verdadeiro ainda existe.
Restaurandora de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura, cinema, e a paixão de escrever.
 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tire marca de dedos das telas LCD e eletrônicos com acabamento black piano

O leitor Maycon escreveu ao UOL Tecnologia perguntando o jeito certo de limpar telas de LCD e eletrônicos com acabamento black piano. O objetivo do internauta é acabar com as persistentes marcas de dedos que “grudam” nos equipamentos descritos acima.Primeiro vamos ensinar como limpar a tela e, depois, a superfície black piano.
 
Tela LCD
Para fazer a limpeza das manchas é importante,primeiramente,retirar toda a poeira presente na tela com um pano de algodão seco. Outro pano, que é ainda melhor para ser usado em superfícies desse tipo, é a flanela de microfibra. Isso porque a microfibra apresenta menor atrito em contato com a superfície e funciona como um ímã para a poeira e gordura– ela também é indicada para a limpeza de lentes de óculos e tem uma boa garantia de que,usada corretamente,não risque a tela.

“Depois de retirada a poeira, pode-se recorrer a produtos específicos de fabricantes. A Philips, por exemplo, mantém kits exatamente para limpar eletrônicos”, aponta a técnica de hardware Simone Guerreiro. “Não se deve passar qualquer coisa nas telas, porque elas podem sugar o líquido e acabam formandomanchas. Nesses casos, a única saída é trocar o equipamento.”

Philips e Multilaser têm kits de limpezacom preço sugerido a partir de R$ 40. Os acessórios para “faxina” em eletrônicos contam com líquido spray especial, pano de limpeza em microfibra e escova.
 
Acabamento black piano
Se em relação à tela é necessário tomar muito cuidado, no revestimento externo em black piano é possível resolver o problema das marcas de dedos com uma solução caseira. De acordo com a especialista em hardware, uma solução preparada de 50% álcool isopropílico e 50% água destilada, que são encontradas em farmácias, deve ser passada com um pano limpo sobre os equipamentos.
“Somente o álcool isopropílico pode ser usado, porque contém apenas 1% de água em sua composição, diminuindo o risco de oxidação das peças. Já a água destilada é considerada pura, livre de resíduos ou outros componentes”, aponta Simone.
É importante não umedecer muito o pano, para evitar possíveis danos. Pode ser necessário esfregar com um pouco mais de força nas áreas com maior incidência de manchas. Essa solução deve ser mantida em um recipiente tampado (pode ser utilizada muitas vezes) e não deve secar no notebook. Após a aplicação, deve ser removida imediatamente com um pano seco.


Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2011/06/07/tire-marca-de-dedos-das-telas-lcd-e-eletronicos-com-acabamento-black-piano.jhtm

No ar, mais uma edição da Rádio Sucupira (23.09.2011)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Bulldog surfista

TILLMAN THE BULLDOG from Natural Balance on Vimeo.

Mosaico da Vida

Bem antes de Cristo já se dizia no meio pensante que só a mudança é permanente.
Que bela antítese, e ao mesmo tempo, que sábias palavras !
De lá pra cá muitos a repetiram servindo-se sempre de pequenas nuances. Não sou diferente, afinal, o que seria de nós se não mudássemos a cada instante ?
Ontem jovem, hoje experiente; o agora triste e cinza, o amanhã radiante diante da esperança em um novo dia.
E assim, a vida num eterno mosaico vai fundindo as peças num todo, juntando passado, presente, moldando um futuro absolutamente interligado a tudo. As lembranças vivas
reproduzidas nas sinapses de hoje servindo de estímulo na construção do futuro de daqui a pouco, e como numa roda viva formando os novos projetos e as novas alegrias.
Não podemos é parar de sonhar, isso nunca !
Mesmo os momentos tristes, as eventuais perdas dos amigos e familiares, que vamos tendo ao longo desse percurso fazem parte desse processo, como peças revestidas por uma luz especial, aqui e ali iluminando o caminho, tranformando-nos através do sofrimento,
fazendo-nos novos, diferentes,  nesse quebra cabeças que é a nossa existência.
Ao resolver escrever estas linhas estou traçando a trama de uma nova peça, nesse palco improvisado que é a vida, sem saber que formato terá, se com aplausos, se c / apupos,
resultando em algo que jamais saberemos qual nesse momento !
Nisso reside a beleza da mudança.
Enquanto isso, como no filme de Warren Beatty, vamos torcento pela máxima tão ansiada por todos continuar acontecendo.
O céu pode esperar, pode sim, e se possível, um pouco mais, até quem sabe à amnésia final.
Nilson Ribeiro, poeta ao acaso desde menino, fluminense de 57 anos, dos quais 42 de labuta, lidando com gente de todo quilate, fiz disso inspiração diária pra aguentar os trancos da vida.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mulher no interior de São Paulo grava "funk da vovó" e vira hit na internet

Ela está prestes a ganhar o terceiro neto, pratica muay thai, boxe e dança do ventre e acaba de gravar um funk no qual protesta contra os maus tratos aos idosos. O vídeo da “vovó funkeira”, como é conhecida em Campo Limpo Paulista (53 km de SP), já teve mais de mil acessos no Youtube em uma semana. Na música, ela critica o abandono de idosos doentes em asilos. Vovó funkeira do interior de São Paulo Leila Cristina do Nascimento Pego não é idosa (tem 53 anos), mas contou ao UOL Notícias que passou a se sensibilizar com o tema dos maus tratos aos idosos ao ver sua mãe, Maria da Glória, 78, ser afetada pelo mal de Alzheimer, uma doença degenerativa atualmente incurável. “Sempre fiquei chocada ao ver noticiais na imprensa de idosos sofrendo maus tratos até dentro da própria casa. Mas tive a ideia de fazer o protesto em forma de funk depois que minha mãe entrou em depressão por ficar viúva e passou a sofrer do mal de Alzheimer”, disse ela, que é carioca, mas mora em Campo Limpo Paulista. Em um dos trechos do funk “Protesto da vovó funkeira”, ela canta: “Meu recado é pra você/ totalmente sem noção/ que abandonou sua vovozinha no asilo,/ morrendo de saudade e solidão,/ e no dia de visita você não aparece/ Fica esperto aí/ porque seu dia vai chegar”. “Tive a ideia de fazer a música enquanto lavava a louça de casa. Veio a letra inteira na cabeça e vi que era uma mensagem que tinha de divulgar”, disse a vovó funkeira, que já prepara outros funks, um sobre a violência praticada contra as mulheres e outro com mensagens contra o uso de drogas. Dona de casa, casada e com dois filhos, Leila conta que se dedica hoje (além dos esportes e ao funk) a cuidar da mãe doente. “Muitas pessoas não têm paciência de cuidar dos próprios pais quando eles ficam idosos. Isso é muito triste”, disse ela. “Acho que a velhice não impede as pessoas de fazer suas atividades normalmente, claro que há limites, mas tem que ter autoestima, bom humor e manter atividades físicas para envelhecer com qualidade de vida”, afirmou ela, que começou a praticar muay thai e boxe há cerca e dois anos. Leila contou que já recebeu pedido de DJs para tocarem seu funk em festas e que já tem um CD gravado.  
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/09/20/mulher-no-interior-de-sao-paulo-grava-funk-da-vovo-e-vira-hit-na-internet.jhtm?cmpid=twitter