Gosto do Brasil e do nosso jeito irreverente e descontraído de ser, mas confesso que a elegância européia me encanta.
Acho lindo o jeito educado deles, quando mesmo com o temperamento latino, falam baixo ou riem com educação. A maneira elegante e sóbria que se vestem , com seus trajes sempre impecáveis e sem aquela desnecessária exibição brasileira. A forma como eles se alimentam, dividindo em várias etapas uma refeição que pode se tornar uma grande festa ou banquete aos nossos paladares. O bom gosto de suas residências. A qualidade de seus transportes públicos que nem mesmo precisam de um cobrador, pois eles sabem que precisam pagar e assim , adquirem seus passaportes em tabacarias. Entram e saem sem pular as roletas, que não existem por lá.
Falar das suas manifestações políticas é um capítulo à parte. Quando saem em passeatas ordeiras e limpas. Sim, eles tb têm governos corruptos , mas colocam a boca no mundo e vão para as ruas reevindicar seus direitos e protestar como qualquer cidadão deve fazer . Um encanto vê-los passarem com suas faixas, megafones e etc e depois observar que não deixaram nada no chão, impedindo o tráfego dos outros cidadão. Até poderiam fazê-lo pois a “comlurb” vem imediatamente atrás recolhendo o possível lixo deixado pra trás. Vida boa, a de gari na europa...
Me encantou perceber que na crise eles trabalham mais. Acumulam funções e se viram para dar de comer as suas famílias. Eles não têm outra alternativa. O cara que é da área de informática, à noite trabalha como taxista. O professor, trabalhar como garçom e etc. Assim eles vão lutando contra a crise. Eles trabalham porque por lá o governo não sustenta quem não trabalha.
Pode parecer coisa de pobre isso, de desabafar e tentar querer ser igual. Mas foi o que senti quando lá estive. Pode até ser o meu DNA alemão que me fez observar esses detalhes mas também pode ser o olhar de quem não agüenta mais, estar numa praia e não poder observar o mar porque ele está todo sujo de papéis e palitos de sorvetes, de cocos abandonados na areia e coisinhas até piores boiando no mar lindo que tanto me encanta. Assim como também me deprime entrar num cinema e ter que ficar incomodada com as pessoas à volta que teimam em manter seus celulares ligados, ou daquelas que insistem em conversar durante o filme. Sem contar com a pipocas e latinhas de refrigerantes que são deixadas por seus usuários. Uma nojeira!!!
Nosso jeito brejeiro de ser.... Aquelas mulheres quase nuas desfilando pelas cidades, que pensam que são sexys, mas que não passam de mulheres vulgares, tolas e muitas vezes desacompanhadas. Pude observar em alguns eventos que os homens na maioria das vezes nem as notam. Sem falar nos homens obesos e que adoram uma camiseta “mamãe to forte”. Meu Deus, me acuda! Ou então os “saradões” definidos pelas bombas que tomam. Ou melhor, inchados. Isso me deprime e me dá vontade de me mudar para qualquer país europeu.
A elegância deles me encanta. São cultos e politizados. Não destroem seus patrimônios culturais e muito menos suas construções que datam de mais de 2000 anos. Estão ali para a posteridade, para o nosso deleite e para nossa sensibilidade. Cada canto percorrido pelos homens que fizeram a história da nossa civilização, está lá. Integro, na medida do possível. Sendo explorada pela humanidade e por eles que vivem na sua maioria do turismo. Como eles gostam dos turista! Nos tratam com respeito e cuidados. Sabem que somos importantes na geração de renda de seus países. Amei ter pisado o solo europeu!!
Tania Emmerick Reis, carioca, tijucana, salgueirense , flamenguista, mãe e avó com muito orgulho, professora por falta de opção e ariana arretada.
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