Primeira Carta: Começos
Agora, falo de começos. E abro a porta, que já foi deixada destrancada para mim, como quem aprecia o átrio iluminado em que entro. Variações em cores e sons acenam gerando tantas possibilidades...
Assim, abraçada às minhas figuras de linguagem, ao brinquedo partilhado das palavras, sento-me em um banco bem próximo à fonte. Daqui, traçarei meu começo.
Nascer é um começo. Morrer também. Cada dia desenha-se diferente. Cada ser encerra inícios em uma sequência abençoada.
Nascer dói. Morrer, ainda não sei e, se sei, não me recordo. Contudo, a questão da dor é que qualquer ato que cause impacto pode,sim, gerá-la, fazê-la espocar dentro da gente como uma semente de cujo rebento surge vida.
E aí está a promessa de continuidade que nos enlaça, a todos.
*Cartas do meu tempo* será assim: eu com vocês, esmiuçando as dádivas da vida [todas as vidas, quem sabe todas as dádivas]. E vocês- tomara Deus - comigo.
Porque escrevemos juntos os nossos dias.
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..___Aglaé
Blog da Aglaé: http://hiatonecessario.
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