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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Waris Dirie, uma historia real

Waris dirie
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Waris Dirie é uma modelo somali nascida em 1965 que sofreu com tres anos de idade mutilação genital feminina. (A prática faz parte da cultura da Somália e consiste em arrancar o clitóris junto com os grande e pequenos lábios e depois a genitália é custurada, restado uma grande cicatriz e um pequeníssimo orifício. O procedimento é realizado de forma precária e sem condições ideais de higiene e assim, muitas meninas morrem de hemorragia ou infecção. A justificativa para este ato brutal é que isso torna a mulher pura para o casamento e preserva a virgindade e sem isso, ela não poderia se casar. Quando do casamento, o marido reabre a genitália com uma faca para poder penetrá-la.) Waris Dirie fugiu da aldeia em que vivia com a família aos 12 anos de idade, um dia após saber que seria obrigada por seu pai a se casar com um homem de 60 anos, do qual seria a quarta esposa. Na época, atravessou sozinha um dos desertos somalicos inteiro, sofrendo com fome e sede e ficou com vários ferimentos nos pés, dos quais até hoje tem cicatrizes. Conseguiu chegar até a capital de seu país, Mogadisco, onde encontra a sua avó que após algum tempo conseguiu que sua neta fosse levada a Londres para trabalhar como faxineira na Embaixada da Somália. Passou a adolescência apenas trabalhando na Embaixada, sem sair da casa onde esta se localizava, por isso mal aprendera a falar o idioma inglês. Após o término de uma Guerra na Somália todos da Embaixada foram convocados a retornar ao país. Waris Dirie foge pelas ruas de Londres e com ajuda de uma mulher, que tornou-se sua amiga, conseguiu emprego como faxineira em uma lanchonete. Lá, enquanto trabalhava, foi observada por um grande fotógrafo que a lançou no mundo como modelo. Waris Dirie converteu-se numa defensora da luta pela erradicação da prática da Mutilação Genital Feminina e atualmente é embaixadora da ONU. Escreveu vários livros sobre suas vivências e foi tema de um filme "Flor do Deserto", lançado em 2010 no Brasil. Existe uma fundação com seu nome. Via Edson Batista

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