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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Morar junto - Companheiros divergem quanto às razões

Mesmo sem formalizar a união, é cada vez mais alto o número de casais que decidem morar junto. Embora a decisão seja dos dois parceiros, uma pesquisa da Universidade de Michigan mostra que homens e mulheres possuem motivos muito diferentes para dividir o mesmo teto.
Realizado com 192 casais na faixa dos 20 anos, o estudo constatou que, no geral, há três razões fundamentais para que a vontade de morar junto se torne realidade: o desejo de passar mais tempo com o companheiro, a divisão de contas e um teste de compatibilidade entre os dois. Mas, na hora de explicar essas motivações, as divergências surgem. 
Segundo a socióloga responsável pelo trabalho, Pamela Smock, os homens citaram o "sexo" como uma razão para viver junto com uma freqüência quatro vezes mais alta do que as mulheres. Já as mulheres colocaram o "amor" no topo dos motivos para dividir o mesmo lar, numa frequência três vezes superior.
Outra descoberta de Pamela foi que as mulheres entendem que morar junto é um período de transição para o casamento, enquanto os homens tendem a achá-lo conveniente, além de enxergá-lo como um termômetro para medir se a relação tem potencial a longo prazo. Eles, inclusive, usaram termos como “test drive” para descrever o momento.
Mas a maior diferença entre homens e mulheres foi verificada quando eles tiveram que abordar as desvantagens de morar junto. Para as mulheres, a principal desvantagem é que só dividir o mesmo teto sem oficialização envolve menos compromisso e menos legitimidade. Por outro lado, os homens apontaram a limitação da liberdade como o grande problema.
Apesar das diferentes motivações, os pesquisadores concluíram que cada vez mais os casais entendem que morar junto é um estágio que faz parte do processo do casamento. Para alguns, ainda, dividir o teto tem o mesmo papel do matrimônio. "A mensagem mais clara foi que viver junto é tido como algo natural. Por isso, a escalada ascendente da proporção de jovens adultos que moram junto provavelmente vai continuar durante algum tempo", aponta o estudo.

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