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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Manter o espírito do livro original é um dos grandes desafios, dizem tradutores



Os tradutores Alison Entrekin e Paulo Henriques Brito falam sobre poder, limites, magia e limites da tradução

Os tradutores Alison Entrekin e Paulo Henriques Brito conversam com Edney Silvestre sobre o poder, os limites, a magia e os limites da tradução.

Paulo já traduziu obras de Jack Kerouac. A americana Alison já verteu para o inglês mais de 40 títulos brasileiros, incluindo “Cidade de Deus”, de Paulo Lins; “Budapeste”, Chico Buarque; e “Filho Eterno”, de Cristovão Tezza.

Para eles, um dos grandes desafios da profissão é recriar uma obra. “Já houve situações em que o texto original era mal escrito. Acho que não temos o direito de melhorar. Tento fazer a tradução do nível que o original me pareceu ser”, opina Paulo.

“Os escritores que escrevem em língua portuguesa, tradicionalmente, são mais prolixos, as frases são maiores. Às vezes, quando passa para o inglês, fica ruim. Então é preciso fazer alguns cortes para atrair o leitor, mas mantendo o espírito do original”, diz Alison. 

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