sábado, 31 de julho de 2010
A origem da vida sexual dos brasileiros
O sexo livre dos índios e a serventia das negras misturados ao desejo de povoar dos portugueses moldaram a sexualidade nacional e estão na raiz da nossa miscigenação
Débora Rubin
DivulgaçãoDivulgação
Coletivo Sem casas estruturadas e vivendo em grupos, fazer sexo era algo quase público
Quando a Santa Inquisição chegou ao Brasil, no final do século XVI, a missão era perseguir os judeus que não estavam se comportando de acordo com os preceitos impostos aos cristãos novos. O problema é que quando o padre Heitor Furtado de Mendonça, o representante do Santo Ofício, aportou no Nordeste, praticamente não encontrou nenhum judeu. Em compensação, se deparou com um cenário completamente inesperado: promiscuidade, lascívia e depravação. Os habitantes da colônia, aos olhos do inquisidor, definitivamente viviam em pecado.
Pudera. Juntou-se debaixo dos trópicos a sexualidade exercida sem culpa pelos índios e, posteriormente, pelos negros africanos com o desejo lusitano de povoar a terra para dominá-la por completo. Somava-se ainda a longa distância entre a colônia e sua sede. O resultado foi um cenário no qual os recatados habitantes de Portugal jamais sonhariam viver em terras europeias – homens poligâmicos, índias nuas que se mostravam disponíveis e até padres e freiras com parceiros sexuais –, segundo relatos do próprio dom Heitor. Esse quadro ajudou a formatar a moral sexual vigente até hoje no Brasil, em que culpa cristã e prazer se esbarram o tempo todo, além de estar na raiz da nossa miscigenação. Quem gozava dessa grande farra libidinosa eram os portugueses. Às mulheres, cabia viver o que lhes era permitido (leia quadro). Ainda assim, muitas delas foram vítimas da Santa Inquisição.
“As punições no Brasil foram brandas porque dom Heitor nem sabia o que fazer com os hereges sexuais”, afirma o psicólogo e pesquisador Paulo Rennes Marçal Ribeiro, coordenador do Núcleo de Estudos da Sexualidade (Nusex), da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), de Araraquara, que está à frente de uma extensa pesquisa sobre o comportamento sexual no Brasil. O pecado principal era a sodomia. Enquanto na Europa os sodomitas eram enterrados vivos, no Brasil tinham de usar vestes de hereges, orar, jejuar ou pagar uma quantia em dinheiro. Outros pecados anotados por dom Heitor foram a bigamia, a fornicação (sexo entre solteiros, adultério, relação com freiras ou animais) e a masturbação.
Recato Mesmo sem fazer nada, mulheres brancas também foram punidas pela Inquisição
Para a historiadora Mary Del Priori, o sexo nos primeiros séculos da história do País ficou marcado pela dupla moral. A doutrinação católica para que as relações existissem apenas dentro do casamento e com fins reprodutivos fez com que os homens separassem a relação liberada pela Igreja da praticada para lazer. Dentro de casa, geravam herdeiros. Fora, tinham prazer. E, de lambuja, tinham bastardos, muito úteis para a colonização. “Ainda hoje temos os resquícios dessa dupla moral”, diz ela.
DivulgaçãoDivulgação
Lascívia As índias deixaram os colonos em êxtase e os jesuítas em pânico
Para fazer o levantamento sobre o período colonial, o núcleo da Unesp analisou não só os relatórios feitos pela Inquisição como as cartas do padre Manoel da Nóbrega, que liderou a missão jesuíta. Das 46 escritas por ele, metade tem conteúdo sexual. Ao contrário dos religiosos que já estavam na colônia e, muitas vezes, também viviam amancebados com índias, os jesuítas eram os verdadeiros arautos da moralidade – os “soldados de Cristo”, como define Ribeiro. Os religiosos da Companhia de Jesus se chocavam com a nudez e a naturalidade dos índios em relação ao sexo. Daí o esforço em catequizá-los.Com a chegada dos escravos negros, a situação só se agravou. Afinal, como escreveu Gilberto Freyre no livro “Casa Grande & Senzala”, “não há escravidão sem depravação sexual”.
O comportamento sexual desse período da história também ficou marcado pela falta de privacidade. “Com as construções precárias e as famílias vivendo juntas em grandes cômodos, era comum os casais terem relações sobre a relva ou na frente de outras pessoas”, explica a historiadora Mary. Somente com a evolução da arquitetura e a influência das mobílias européias na decoração é que o sexo foi parar em cima da cama e entre quatro paredes.
Quando a religião deixa de ter tanto peso na vida do brasileiro, com a expulsão dos jesuítas no século XVIII, entra em cena a medicina e suas noções de higiene e saúde pública. Os médicos começam a mostrar que o sexo é responsável por várias doenças. De pecaminoso, ele passa a ser sujo. E é somente no século XX que o tema se torna público, a partir da publicação de diversos livros e dos movimentos sociais como o feminismo e a contracultura.
Nas últimas décadas, o comportamento sexual se viu ainda modificado pela invenção da pílula e pelo surgimento da Aids, por exemplo. “Todos os fatos da história marcaram nossa educação sexual. Quanto melhor os compreendermos, mais fácil entender a forma como pensamos e vivemos nossas relações”, conclui Ribeiro. No Brasil Colônia conseguimos ver a essência do que somos: profundamente contraditórios quando o assunto é sexo.
Débora Rubin
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Coletivo Sem casas estruturadas e vivendo em grupos, fazer sexo era algo quase público
Quando a Santa Inquisição chegou ao Brasil, no final do século XVI, a missão era perseguir os judeus que não estavam se comportando de acordo com os preceitos impostos aos cristãos novos. O problema é que quando o padre Heitor Furtado de Mendonça, o representante do Santo Ofício, aportou no Nordeste, praticamente não encontrou nenhum judeu. Em compensação, se deparou com um cenário completamente inesperado: promiscuidade, lascívia e depravação. Os habitantes da colônia, aos olhos do inquisidor, definitivamente viviam em pecado.
Pudera. Juntou-se debaixo dos trópicos a sexualidade exercida sem culpa pelos índios e, posteriormente, pelos negros africanos com o desejo lusitano de povoar a terra para dominá-la por completo. Somava-se ainda a longa distância entre a colônia e sua sede. O resultado foi um cenário no qual os recatados habitantes de Portugal jamais sonhariam viver em terras europeias – homens poligâmicos, índias nuas que se mostravam disponíveis e até padres e freiras com parceiros sexuais –, segundo relatos do próprio dom Heitor. Esse quadro ajudou a formatar a moral sexual vigente até hoje no Brasil, em que culpa cristã e prazer se esbarram o tempo todo, além de estar na raiz da nossa miscigenação. Quem gozava dessa grande farra libidinosa eram os portugueses. Às mulheres, cabia viver o que lhes era permitido (leia quadro). Ainda assim, muitas delas foram vítimas da Santa Inquisição.
“As punições no Brasil foram brandas porque dom Heitor nem sabia o que fazer com os hereges sexuais”, afirma o psicólogo e pesquisador Paulo Rennes Marçal Ribeiro, coordenador do Núcleo de Estudos da Sexualidade (Nusex), da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), de Araraquara, que está à frente de uma extensa pesquisa sobre o comportamento sexual no Brasil. O pecado principal era a sodomia. Enquanto na Europa os sodomitas eram enterrados vivos, no Brasil tinham de usar vestes de hereges, orar, jejuar ou pagar uma quantia em dinheiro. Outros pecados anotados por dom Heitor foram a bigamia, a fornicação (sexo entre solteiros, adultério, relação com freiras ou animais) e a masturbação.
Recato Mesmo sem fazer nada, mulheres brancas também foram punidas pela Inquisição
Para a historiadora Mary Del Priori, o sexo nos primeiros séculos da história do País ficou marcado pela dupla moral. A doutrinação católica para que as relações existissem apenas dentro do casamento e com fins reprodutivos fez com que os homens separassem a relação liberada pela Igreja da praticada para lazer. Dentro de casa, geravam herdeiros. Fora, tinham prazer. E, de lambuja, tinham bastardos, muito úteis para a colonização. “Ainda hoje temos os resquícios dessa dupla moral”, diz ela.
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Lascívia As índias deixaram os colonos em êxtase e os jesuítas em pânico
Para fazer o levantamento sobre o período colonial, o núcleo da Unesp analisou não só os relatórios feitos pela Inquisição como as cartas do padre Manoel da Nóbrega, que liderou a missão jesuíta. Das 46 escritas por ele, metade tem conteúdo sexual. Ao contrário dos religiosos que já estavam na colônia e, muitas vezes, também viviam amancebados com índias, os jesuítas eram os verdadeiros arautos da moralidade – os “soldados de Cristo”, como define Ribeiro. Os religiosos da Companhia de Jesus se chocavam com a nudez e a naturalidade dos índios em relação ao sexo. Daí o esforço em catequizá-los.Com a chegada dos escravos negros, a situação só se agravou. Afinal, como escreveu Gilberto Freyre no livro “Casa Grande & Senzala”, “não há escravidão sem depravação sexual”.
O comportamento sexual desse período da história também ficou marcado pela falta de privacidade. “Com as construções precárias e as famílias vivendo juntas em grandes cômodos, era comum os casais terem relações sobre a relva ou na frente de outras pessoas”, explica a historiadora Mary. Somente com a evolução da arquitetura e a influência das mobílias européias na decoração é que o sexo foi parar em cima da cama e entre quatro paredes.
Quando a religião deixa de ter tanto peso na vida do brasileiro, com a expulsão dos jesuítas no século XVIII, entra em cena a medicina e suas noções de higiene e saúde pública. Os médicos começam a mostrar que o sexo é responsável por várias doenças. De pecaminoso, ele passa a ser sujo. E é somente no século XX que o tema se torna público, a partir da publicação de diversos livros e dos movimentos sociais como o feminismo e a contracultura.
Nas últimas décadas, o comportamento sexual se viu ainda modificado pela invenção da pílula e pelo surgimento da Aids, por exemplo. “Todos os fatos da história marcaram nossa educação sexual. Quanto melhor os compreendermos, mais fácil entender a forma como pensamos e vivemos nossas relações”, conclui Ribeiro. No Brasil Colônia conseguimos ver a essência do que somos: profundamente contraditórios quando o assunto é sexo.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010
Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
Navegar na Internet com o mouse, com certeza, é hábito de todos: clicar, arrastar, clicar novamente, selecionar, e muito mais. Mas e quando este periférico resolve parar de funcionar? Nesta dica lhe mostraremos como utilizar o seu Teclado para navegar pela Internet, e acredite: não é um bicho de sete cabeças.
Primeiro, você deve estar ciente sobre qual é o seu navegador (programa que você usa para abrir os sites). Vamos citar dois exemplos comuns, que são Internet Explorer e Mozilla Firefox.
-Internet Explorer
No Internet Explorer existe um recurso chamado Navegação por Cursor, que é muito útil nestes casos. Ele joga um cursor “piscante” na página, que permite que você selecione textos e links como se estivesse editando um texto no Word (por exemplo). Assim, você poderá alternar entre os links das páginas com apenas as flechas direcionais do próprio teclado.
Para ativar o recurso, abra o Navegador e aperte a tecla F7. Uma janela pequena irá aparecer com uma confirmação. Clique em Sim.
navegacao por cursor Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
Você também poderá deixar este recurso ativo em todas as vezes que utilizar o navegador. Para isso, abra o Menu Ferramentas > Opções da Internet. Vá até a guia Avançadas e marque a opção “Habilitar navegação por cursor para novas janelas e guias“. Aperte Enter ou clique em Ok.
opcoes da internet Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
-Mozilla Firefox
O navegador Mozilla Firefox também possui um recurso semelhante, chamado de Cursor de Teclado. Geralmente, este recurso já vem ativo no Firefox. Porém, caso não esteja habilitado, mostraremos como ativá-lo (o que é muito simples).
Pressione a tecla F7 em seu teclado. Uma pequena janela será aberta, e basta que você clique em Sim para que o recurso seja imediatamente ativado.
cursor de teclado Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
E se, por acaso, você quiser deixar o recurso habilitado sempre, basta acessar o Menu Ferramentas > Opções. Clique na aba Avançado e deixe marcada a opção “Usar teclas de setas para percorrer pelas páginas“. Tecle Enter ou clique em Ok.
opcoes firefox Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
Observação: ao apertar a tecla F7 do teclado, em ambos os casos, aparecerá uma pequena janela de confirmação. Caso seja marcada a opção “Não exibir esta mensagem novamente“, a mesma não aparecerá da próxima vez que for ativado o recurso.
Além destes recursos, deixaremos abaixo uma lista de atalhos para uso com o navegador:
Control + N: abre uma nova janela de navegação;
Alt + Home: abre a página inicial (home page) do navegador;
Home: leva para o começo da página exibida no navegador;
End: leva para o fim da página exibida no navegador;
Alt + flecha para esquerda: Voltar à página anterior;
Alt + flecha para a direita: Avançar para a próxima página;
Esc: Interrompe o carregamento de uma página;
Control + F: abre a opção Buscar, por meio da qual é possível encontrar palavras e frases na página;
Control + H: mostra o Histórico de navegação;
Control + B: permite organizar os Favoritos;
Control + D: adiciona a página aos Favoritos;
ALT + D: seleciona a barra de endereços para preenchimento;
Control + Enter: acrescenta “www.” e “.com” ao texto na barra de endereços;
Control + O: abre uma caixa para preenchimento de um endereço;
Control + P: imprime a página;
Control + R: Atualizar a página;
F1: abre a Ajuda do navegador;
F3: abre a ferramenta de busca do navegador;
F4: “abre” a barra de endereços;
F5: Atualiza a Página;
F6: seleciona a barra de endereços para preenchimento;
Tab: avança o cursor/seleção entre os elementos de uma página, incluindo barra de endereços, links, espaços de formulário etc;
Ctrl + W: Fecha o Navegador.
Primeiro, você deve estar ciente sobre qual é o seu navegador (programa que você usa para abrir os sites). Vamos citar dois exemplos comuns, que são Internet Explorer e Mozilla Firefox.
-Internet Explorer
No Internet Explorer existe um recurso chamado Navegação por Cursor, que é muito útil nestes casos. Ele joga um cursor “piscante” na página, que permite que você selecione textos e links como se estivesse editando um texto no Word (por exemplo). Assim, você poderá alternar entre os links das páginas com apenas as flechas direcionais do próprio teclado.
Para ativar o recurso, abra o Navegador e aperte a tecla F7. Uma janela pequena irá aparecer com uma confirmação. Clique em Sim.
navegacao por cursor Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
Você também poderá deixar este recurso ativo em todas as vezes que utilizar o navegador. Para isso, abra o Menu Ferramentas > Opções da Internet. Vá até a guia Avançadas e marque a opção “Habilitar navegação por cursor para novas janelas e guias“. Aperte Enter ou clique em Ok.
opcoes da internet Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
-Mozilla Firefox
O navegador Mozilla Firefox também possui um recurso semelhante, chamado de Cursor de Teclado. Geralmente, este recurso já vem ativo no Firefox. Porém, caso não esteja habilitado, mostraremos como ativá-lo (o que é muito simples).
Pressione a tecla F7 em seu teclado. Uma pequena janela será aberta, e basta que você clique em Sim para que o recurso seja imediatamente ativado.
cursor de teclado Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
E se, por acaso, você quiser deixar o recurso habilitado sempre, basta acessar o Menu Ferramentas > Opções. Clique na aba Avançado e deixe marcada a opção “Usar teclas de setas para percorrer pelas páginas“. Tecle Enter ou clique em Ok.
opcoes firefox Dica Como navegar pela internet sem utilizar o Mouse
Observação: ao apertar a tecla F7 do teclado, em ambos os casos, aparecerá uma pequena janela de confirmação. Caso seja marcada a opção “Não exibir esta mensagem novamente“, a mesma não aparecerá da próxima vez que for ativado o recurso.
Além destes recursos, deixaremos abaixo uma lista de atalhos para uso com o navegador:
Control + N: abre uma nova janela de navegação;
Alt + Home: abre a página inicial (home page) do navegador;
Home: leva para o começo da página exibida no navegador;
End: leva para o fim da página exibida no navegador;
Alt + flecha para esquerda: Voltar à página anterior;
Alt + flecha para a direita: Avançar para a próxima página;
Esc: Interrompe o carregamento de uma página;
Control + F: abre a opção Buscar, por meio da qual é possível encontrar palavras e frases na página;
Control + H: mostra o Histórico de navegação;
Control + B: permite organizar os Favoritos;
Control + D: adiciona a página aos Favoritos;
ALT + D: seleciona a barra de endereços para preenchimento;
Control + Enter: acrescenta “www.” e “.com” ao texto na barra de endereços;
Control + O: abre uma caixa para preenchimento de um endereço;
Control + P: imprime a página;
Control + R: Atualizar a página;
F1: abre a Ajuda do navegador;
F3: abre a ferramenta de busca do navegador;
F4: “abre” a barra de endereços;
F5: Atualiza a Página;
F6: seleciona a barra de endereços para preenchimento;
Tab: avança o cursor/seleção entre os elementos de uma página, incluindo barra de endereços, links, espaços de formulário etc;
Ctrl + W: Fecha o Navegador.
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quinta-feira, 29 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Anabela
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Vida após vida nessa vida - Bemvindo Sequeira
Vida após vida nessa vida - Bemvindo Siqueira
Sempre pensei que ia morrer cedo. A luta armada, a clandestinidade na luta contra a ditadura, aventuras, promiscuidade, orgias, riscos... Tudo me levava a crer que não chegaria aos trinta anos.
Para quem tem vinte anos, quem tem trinta já é coroa. Tomei um susto quando vi-me vivo e saudável aos trinta.i
Aos quarenta percebi a possibilidade real da morte. No dia do meu aniversário quarentão, um jovem ator de 24 anos perguntou como eu me sentia: "Agora? de frente para a morte". Para minha surpresa foi o jovem quem morreu logo depois.
Aos cinqüenta apaixonei-me pela letra de Aldir Blanc na voz de Paulinho da Viola: "... aos cinqüenta anos, insisto na juventude...", isto enquanto percebia meu ângulo peniano caminhando para os 90º. Mas, antes dos sessenta a pílula azul alargou minhas possibilidades e possibilitou-me ver o sexo por ângulos mais estreitos.
Agora estou além dos sessenta.
Aos quarenta, rezava pela alma dos mortos amigos e parentes. Nome por nome eu pedia ao Senhor. Hoje, são tantos os que caíram, que apenas peço "... pelos mortos em geral".
E mais uma vez espanto-me por estar ainda vivo, e consolo-me no Salmo 91.7 que diz: "... 1.000 cairão ao teu lado e 10.000 à sua direita, mas você não será atingido". Mesmo confiando na Palavra, ainda assim caminho embaixo de marquise pra São Pedro não me ver.
Ainda estou vivo, e pra quem pensou que morreria aos trinta, descubro que existe vida após a vida.
Mas o preço do viver é muito alto para o jovem de hoje: tem que comprar apartamento, arranjar um trampo, ganhar dinheiro, ficar famoso, comer todas, bombar no youtube, malhar, casar, ter filhos, comprar carro, estar bronzeado, conhecer tudo de web, e ainda ir ao show da Madonna, entre outras miudezas.
Após os sessenta, você já está quite com tudo isto e pensa que vai viver em paz.
Qual o quê: tem que tomar insulina, antidepressivos, rivotris, controlar a pressão, não comer açúcar, não comer sal, não fumar, não beber, se conseguir comer uma e outra já é uma vitória, tem que caminhar ao menos meia hora por dia mesmo sem querer, cuidar do joanete, dormir cedo, vender o apartamento, fugir da bolsa, não discutir no trânsito, não se alterar no caixa do supermercado, tolerar os filhos, agradar os netos, ficar calado diante da mediocridade, aceitar o salário de aposentado, ter o testamento em dia, e curtir todas as dores ósseas, nervosas e musculares porque se algum dia você acordar sem dor é porque está morto...
Claro que o idoso tem suas vantagens: uma delas é a transparência. Quanto mais velho mais transparente você se torna. Chega a ficar invisível: ninguém mais lhe percebe, mais um pouco e nem lhe enxergam.
Mas, pode passar à frente dos jovens nas filas todas, com aquele ar de superior: "Você é jovem e sarado, mas eu tenho prioridade"... E ante qualquer aborrecimento ou dificuldade você ameaça enfartar ou ter um AVC. Funciona sempre, todos logo se tornam gentis e cordatos, e é garantia de muitas meias e lenços como presentes no Natal.
Lidando com a minha "terceira idade" ouço de meu psicanalista, o bom Luiz Alfredo: "Só há dois caminhos: envelhecer... ou o outro, muito pior".
Prefiro envelhecer, aceitando cada minúsculo "sim" que a vida me dá com uma grande alegria e uma grande vitória. Hoje quando encontro vaga num elevador do shopping, quando o banco está vazio, ou quando encontro promoção na farmácia, já considero uma bênção gigantesca e agradeço a Deus pela Graça Alcançada...
Após os sessenta, como no filme de Brad Pitt, regrido na existência, deixo Paulinho e a viola de lado e reencontro Lupiscinio "Esses moços, pobres moços... ah se soubessem o que eu sei...". Mas se soubessem não ia adiantar nada: porque a sabedoria é filha do tempo. Como diz o amigo Percinotto, também idoso: "o diabo é sábio porque é velho".
Pelo andar da carruagem, percebo que já morri muitas vezes nesta vida, e que viverei até fartar-
Sempre pensei que ia morrer cedo. A luta armada, a clandestinidade na luta contra a ditadura, aventuras, promiscuidade, orgias, riscos... Tudo me levava a crer que não chegaria aos trinta anos.
Para quem tem vinte anos, quem tem trinta já é coroa. Tomei um susto quando vi-me vivo e saudável aos trinta.i
Aos quarenta percebi a possibilidade real da morte. No dia do meu aniversário quarentão, um jovem ator de 24 anos perguntou como eu me sentia: "Agora? de frente para a morte". Para minha surpresa foi o jovem quem morreu logo depois.
Aos cinqüenta apaixonei-me pela letra de Aldir Blanc na voz de Paulinho da Viola: "... aos cinqüenta anos, insisto na juventude...", isto enquanto percebia meu ângulo peniano caminhando para os 90º. Mas, antes dos sessenta a pílula azul alargou minhas possibilidades e possibilitou-me ver o sexo por ângulos mais estreitos.
Agora estou além dos sessenta.
Aos quarenta, rezava pela alma dos mortos amigos e parentes. Nome por nome eu pedia ao Senhor. Hoje, são tantos os que caíram, que apenas peço "... pelos mortos em geral".
E mais uma vez espanto-me por estar ainda vivo, e consolo-me no Salmo 91.7 que diz: "... 1.000 cairão ao teu lado e 10.000 à sua direita, mas você não será atingido". Mesmo confiando na Palavra, ainda assim caminho embaixo de marquise pra São Pedro não me ver.
Ainda estou vivo, e pra quem pensou que morreria aos trinta, descubro que existe vida após a vida.
Mas o preço do viver é muito alto para o jovem de hoje: tem que comprar apartamento, arranjar um trampo, ganhar dinheiro, ficar famoso, comer todas, bombar no youtube, malhar, casar, ter filhos, comprar carro, estar bronzeado, conhecer tudo de web, e ainda ir ao show da Madonna, entre outras miudezas.
Após os sessenta, você já está quite com tudo isto e pensa que vai viver em paz.
Qual o quê: tem que tomar insulina, antidepressivos, rivotris, controlar a pressão, não comer açúcar, não comer sal, não fumar, não beber, se conseguir comer uma e outra já é uma vitória, tem que caminhar ao menos meia hora por dia mesmo sem querer, cuidar do joanete, dormir cedo, vender o apartamento, fugir da bolsa, não discutir no trânsito, não se alterar no caixa do supermercado, tolerar os filhos, agradar os netos, ficar calado diante da mediocridade, aceitar o salário de aposentado, ter o testamento em dia, e curtir todas as dores ósseas, nervosas e musculares porque se algum dia você acordar sem dor é porque está morto...
Claro que o idoso tem suas vantagens: uma delas é a transparência. Quanto mais velho mais transparente você se torna. Chega a ficar invisível: ninguém mais lhe percebe, mais um pouco e nem lhe enxergam.
Mas, pode passar à frente dos jovens nas filas todas, com aquele ar de superior: "Você é jovem e sarado, mas eu tenho prioridade"... E ante qualquer aborrecimento ou dificuldade você ameaça enfartar ou ter um AVC. Funciona sempre, todos logo se tornam gentis e cordatos, e é garantia de muitas meias e lenços como presentes no Natal.
Lidando com a minha "terceira idade" ouço de meu psicanalista, o bom Luiz Alfredo: "Só há dois caminhos: envelhecer... ou o outro, muito pior".
Prefiro envelhecer, aceitando cada minúsculo "sim" que a vida me dá com uma grande alegria e uma grande vitória. Hoje quando encontro vaga num elevador do shopping, quando o banco está vazio, ou quando encontro promoção na farmácia, já considero uma bênção gigantesca e agradeço a Deus pela Graça Alcançada...
Após os sessenta, como no filme de Brad Pitt, regrido na existência, deixo Paulinho e a viola de lado e reencontro Lupiscinio "Esses moços, pobres moços... ah se soubessem o que eu sei...". Mas se soubessem não ia adiantar nada: porque a sabedoria é filha do tempo. Como diz o amigo Percinotto, também idoso: "o diabo é sábio porque é velho".
Pelo andar da carruagem, percebo que já morri muitas vezes nesta vida, e que viverei até fartar-
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TEXTOS
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Acadêmico Lêdo Ivo diz que a paisagem exuberante atrapalha o Brasil
Para o poeta e escritor, o calor também não favorece em nada a reflexão.
Quem disse que a Academia Brasileira de Letras (ABL) é um lugar solene, que não admite controvérsias? Em plena temporada de verão, o poeta, escritor e acadêmico Lêdo Ivo diz que o calor não ajuda em nada o Brasil porque atrapalha a reflexão. “Um pouco mais de reflexão faria muito bem ao Brasil”, diz. E mais: a paisagem exuberante atrai todas as atenções e impede que o brasileiro tenha uma vida interior rica. “Há uma espécie de inflação de paisagem”, constata.
Aos 86 anos, Lêdo Ivo levanta uma bandeira que parecia esquecida: diz que o ensino do latim deve voltar urgente ao currículo das escolas brasileiras. “Nós vivemos em um mundo, em certo sentido, monossilábico”, avalia.
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1509163-17665-337,00.html
Quem disse que a Academia Brasileira de Letras (ABL) é um lugar solene, que não admite controvérsias? Em plena temporada de verão, o poeta, escritor e acadêmico Lêdo Ivo diz que o calor não ajuda em nada o Brasil porque atrapalha a reflexão. “Um pouco mais de reflexão faria muito bem ao Brasil”, diz. E mais: a paisagem exuberante atrai todas as atenções e impede que o brasileiro tenha uma vida interior rica. “Há uma espécie de inflação de paisagem”, constata.
Aos 86 anos, Lêdo Ivo levanta uma bandeira que parecia esquecida: diz que o ensino do latim deve voltar urgente ao currículo das escolas brasileiras. “Nós vivemos em um mundo, em certo sentido, monossilábico”, avalia.
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1509163-17665-337,00.html
quarta-feira, 21 de julho de 2010
O menino que trouxe luz ao mundo da escuridão
Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai.
Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória.
De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas.
Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas.
Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases.
Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas.
O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.
Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo.
O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.
Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.
Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro.
A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.
Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto.
Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o.
Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam.
À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música.
A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:
"Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.
Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
***
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir.
No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.
Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória.
De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas.
Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas.
Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases.
Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas.
O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.
Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo.
O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.
Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.
Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro.
A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.
Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto.
Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o.
Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam.
À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música.
A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:
"Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.
Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
***
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir.
No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Escolhas de uma vida
Escolhas de uma vida
A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!
Pedro Bial
A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!
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Baixando vídeos do YouTube
Por algum motivo você deseja fazer o download de um vídeo interessante? Algum amigo lhe pediu pra fazer uma coletânea de vídeos da internet em DVD? O serviço on-line keepvid disponibiliza os vídeos do YouTube para download de forma rápida e prática, além de oferecer várias opções de formatos e resoluções.
Capturar Baixando vídeos do YouTube
Para utilizá-lo é bastante simples: basta ir no YouTube e buscar o vídeo desejado, logo depois abra o vídeo e copie sua URL (endereço do site). Com a URL em mãos, vá até o keepvid e cole a mesma no campo específico e clique em “download”.
Seu navegador provavelmente irá pedir pra você confirmar se deseja executar um applet Java, logo é necessário ter a JVM instalado previamente.
Uma página contendo todas as opções de formatos e resoluções será aberta:
Captura2r Baixando vídeos do YouTube
Agora basta selecionar a opção que mais se adapta a sua necessidade e fazer o download. Vale ressaltar que as opções disponíveis irão variar de vídeo para vídeo, pois nem todos possuem a mesma resolução.
O serviço também funciona com: Facebook, Google Video, Vimeo, MegaVideo, Flickr, Dailymotion, Metacafe, Photobucket, eHow, TED, TwitVid, Ning, Current, Clipfish.de, blip.tv, Break e Tudou.
Capturar Baixando vídeos do YouTube
Para utilizá-lo é bastante simples: basta ir no YouTube e buscar o vídeo desejado, logo depois abra o vídeo e copie sua URL (endereço do site). Com a URL em mãos, vá até o keepvid e cole a mesma no campo específico e clique em “download”.
Seu navegador provavelmente irá pedir pra você confirmar se deseja executar um applet Java, logo é necessário ter a JVM instalado previamente.
Uma página contendo todas as opções de formatos e resoluções será aberta:
Captura2r Baixando vídeos do YouTube
Agora basta selecionar a opção que mais se adapta a sua necessidade e fazer o download. Vale ressaltar que as opções disponíveis irão variar de vídeo para vídeo, pois nem todos possuem a mesma resolução.
O serviço também funciona com: Facebook, Google Video, Vimeo, MegaVideo, Flickr, Dailymotion, Metacafe, Photobucket, eHow, TED, TwitVid, Ning, Current, Clipfish.de, blip.tv, Break e Tudou.
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segunda-feira, 19 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Quer saber o nome daquela música que está tocando?
Quer saber o nome daquela música que está tocando? Tudo que você precisa é de acesso à web e um microfone!.
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terça-feira, 13 de julho de 2010
Site ajuda a organizar o 'unfollow' no Twitter
Ele chegou como quem não queria nada, conquistou sua confiança e prometeu o mundo em troca de, no máximo, 140 caracteres. Agora ele, o Twitter, já arruinou sua produtividade, reduziu a zero o seu poder de raciocínio e encheu sua lista de contatos com usuários que nem lembram mais do que se trata "esse tal de microblog" - ou com dezenas de "bots" e perfis falsos usados para spam.
A solução é fazer uma faxina na lista de amigos, mas essa tarefa não é tão simples assim. A experiência própria aqui avisa que muitos dos serviços de gerenciamento de Twitter são complexas demais, ou lentas demais. O Manage Flitter, porém, acabou de ser descoberto por aqui e mostrou um bom desempenho.
Ele funciona diretamente no navegador, mas exige que você autorize o acesso à sua conta no Twitter. A partir de então ele filtra sua conta e divide as pessoas que você segue em cinco categorias: pessoas que não seguem você de volta, usuários sem imagem no perfil, tuiteiros inativos há mais de um mês, aqueles que postam mais de cinco vezes ao dia, e os que postam menos. Essa divisão ajuda a selecionar os candidatos a ganharem um "unfollow" e a identificar os perfis usados para spam. Você pode detalhar a busca por data e número de seguidores da "vítima" por exemplo, se quiser resultados mais precisos.
O Flitter conta também com a aba "recomendados", que sugere nomes para você deixar de seguir. E, no rodapé do site, uma mensagem de orgulho faz a contagem de quantos "unfollows" já foram gerados a partir do serviço: pouco mais de 23 milhões nos últimos 4 meses.
______
A solução é fazer uma faxina na lista de amigos, mas essa tarefa não é tão simples assim. A experiência própria aqui avisa que muitos dos serviços de gerenciamento de Twitter são complexas demais, ou lentas demais. O Manage Flitter, porém, acabou de ser descoberto por aqui e mostrou um bom desempenho.
Ele funciona diretamente no navegador, mas exige que você autorize o acesso à sua conta no Twitter. A partir de então ele filtra sua conta e divide as pessoas que você segue em cinco categorias: pessoas que não seguem você de volta, usuários sem imagem no perfil, tuiteiros inativos há mais de um mês, aqueles que postam mais de cinco vezes ao dia, e os que postam menos. Essa divisão ajuda a selecionar os candidatos a ganharem um "unfollow" e a identificar os perfis usados para spam. Você pode detalhar a busca por data e número de seguidores da "vítima" por exemplo, se quiser resultados mais precisos.
O Flitter conta também com a aba "recomendados", que sugere nomes para você deixar de seguir. E, no rodapé do site, uma mensagem de orgulho faz a contagem de quantos "unfollows" já foram gerados a partir do serviço: pouco mais de 23 milhões nos últimos 4 meses.
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Minha seqüência de vídeos com músicas que marcaram a vida do Rock and Roll!
Vídeo 1: Chuck Berry! Raiz total! http://youtu.be/6ofD9t_sULM
Vídeo 2: Litlle Richard, o cara que mais influenciou Paul MaCcartney. E o velho MaCca imitava-o direitinho! http://youtu.be/TqL_pinZVp8
Vídeo 3: Elvis e seu rebolado censurado que abriu as portas definitivamente do rock para a garotada branca http://youtu.be/X5JALwwaASg
Vídeo 2: Litlle Richard, o cara que mais influenciou Paul MaCcartney. E o velho MaCca imitava-o direitinho! http://youtu.be/TqL_pinZVp8
Vídeo 3: Elvis e seu rebolado censurado que abriu as portas definitivamente do rock para a garotada branca http://youtu.be/X5JALwwaASg
CENAS DO FILME UM DOMINGO QUALQUER COM AL PACINO
domingo, 11 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
YouTube anuncia suporte para vídeos de 4K
Nesta sexta-feira, 09/07, durante a VidCon, em Los Angeles (EUA), o YouTube anunciou que a partir de agora terá suporte a vídeos com resolução de 4096x3072 pixels.
Para se ter um noção do que isso significa, o tamanho ideal de uma tela para assistir a esses conteúdos seria nada menos que cerca de sete metros de largura!
O site já está hospedando vídeos com a resolução e para conferir a qualidade, o usuário precisa selecionar no menu a opção "original". Mas o YouTube adverte, é preciso ter uma conexão de banda larga "ultra rápida" para carregá-los.
Se você ficou curioso para ver a novidade, confira o vídeo logo abaixo. Na versão embed, a opção "Original" não aparece. Mas dê 2 clicks no vídeo e confira no site original.
Para se ter um noção do que isso significa, o tamanho ideal de uma tela para assistir a esses conteúdos seria nada menos que cerca de sete metros de largura!
O site já está hospedando vídeos com a resolução e para conferir a qualidade, o usuário precisa selecionar no menu a opção "original". Mas o YouTube adverte, é preciso ter uma conexão de banda larga "ultra rápida" para carregá-los.
Se você ficou curioso para ver a novidade, confira o vídeo logo abaixo. Na versão embed, a opção "Original" não aparece. Mas dê 2 clicks no vídeo e confira no site original.
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
6 mitos alimentares nos quais todo mundo acredita
Ana Carolina Prado
Você se obriga a tomar 8 copos de água por dia e sempre prefere comer carne de frango à de porco? É daqueles que enchem a cara sem pensar no amanhã? Gasta horrores com comida que nem curte muito só porque tem propriedades afrodisíacas? Então é bom que leia a nossa lista, porque você foi enganado!
Afrodisíacos funcionam
Amendoim, ovo de codorna, pimenta, ostras… Se você costuma investir nesses alimentos achando que têm poderes afrodisíacos, esqueça. É verdade que a pimenta, por exemplo, aumenta a pulsação e induz ao suor, produzindo uma sensação parecida com a da excitação sexual. Mas isso é bem diferente de provocá-la. Os pesquisadores garantem: afrodisíacos não existem. Mas podem funcionar como um placebo. Quer dizer, se você realmente acredita que comer ostra ou pimenta fará com que tenha um desempenho sexual melhor, isso pode acontecer mesmo.
Bebidas alcoólicas não matam por overdose
Ao contrário do mito, consumir uma quantidade de álcool maior do que a que seu corpo consegue metabolizar pode ser fatal. A substância age sobre o sistema nervoso central e desliga áreas cerebrais responsáveis pelo controle da consciência, respiração e batimentos cardíacos, levando ao coma e à morte. A intoxicação depende de fatores individuais, como massa corporal e grau de tolerância à bebida. O estado do fígado também conta: um órgão já avariado sofre mais as conseqüências do álcool. Então, se você é daqueles que bebe sem pensar no amanhã, é bom se ligar nos sinais que seu corpo dá.
O estômago encolhe quando comemos menos
Pensemos: se fosse fácil assim, o estômago de pessoas em coma praticamente desapareceria e ninguém passaria pela complicada cirurgia de redução de estômago. O órgão pode, sim, aumentar quando exageramos, mas diminuir, jamais. O que pode acontecer quando você radicaliza na dieta é seu estômago ficar condicionado a se satisfazer com menos, reduzindo a produção de grelina, hormônio liberado quando o estômago está vazio que faz você sentir fome.
Você deve tomar 8 copos de água por dia
Esse mito é fruto de um baita mal-entendido. De fato, o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA revelou, em 1945, que o consumo diário adequado de água para adultos era de 2,5 litros (o equivalente a 8 copos). Mas a maioria das pessoas ignorou a afirmação que veio depois: “A maior parte dessa quantidade está contida em alimentos preparados”. Então, se você costumava enfiar goela abaixo os 8 copos de água mesmo sem gostar muito, relaxe. Alimentos como tomate, pepino, chuchu e melancia têm 95% de sua composição em água. Chá, leite, sucos e até café também devem entrar na contagem. Além disso, os 2 litros e meio não são uma regra universal. Tudo depende da saúde de cada pessoa e da temperatura do lugar em que ela vive.
Carne de frango é mais saudável que carne de porco
Não necessariamente. O xis da questão aqui é a forma de preparo. Uma sobrecoxa de frango assada com pele tem 3 vezes mais gordura que um lombo assado; um filé de frango grelhado sem pele tem menos gordura saturada (a que eleva o colesterol ruim), mas o lombinho tem mais ácidos graxos insaturados, além de ser fonte de vitaminas, ferro, potássio e zinco. Se você quer ser saudável, o ideal é evitar frituras e tirar a pele da carne – tanto de frango quanto de porco.
Latas abertas devem ser guardadas na geladeira
O problema das latas não é guardá-las na geladeira, mas manter o resto do alimento dentro delas. Depois de aberta, a lata vai perdendo o verniz interno que protege o conteúdo dos metais tóxicos que constituem a embalagem, podendo provocar intoxicação alimentar. Assim, o ideal é, depois de abrir aquela lata de leite condensado, tirar o produto de dentro e colocar em um pote de vidro ou cerâmica e, aí sim, guardar na geladeira ou em outro lugar. E lembrando: se estiver amassada, o melhor é nem abrir. Pelo mesmo motivo.
Você se obriga a tomar 8 copos de água por dia e sempre prefere comer carne de frango à de porco? É daqueles que enchem a cara sem pensar no amanhã? Gasta horrores com comida que nem curte muito só porque tem propriedades afrodisíacas? Então é bom que leia a nossa lista, porque você foi enganado!
Afrodisíacos funcionam
Amendoim, ovo de codorna, pimenta, ostras… Se você costuma investir nesses alimentos achando que têm poderes afrodisíacos, esqueça. É verdade que a pimenta, por exemplo, aumenta a pulsação e induz ao suor, produzindo uma sensação parecida com a da excitação sexual. Mas isso é bem diferente de provocá-la. Os pesquisadores garantem: afrodisíacos não existem. Mas podem funcionar como um placebo. Quer dizer, se você realmente acredita que comer ostra ou pimenta fará com que tenha um desempenho sexual melhor, isso pode acontecer mesmo.
Bebidas alcoólicas não matam por overdose
Ao contrário do mito, consumir uma quantidade de álcool maior do que a que seu corpo consegue metabolizar pode ser fatal. A substância age sobre o sistema nervoso central e desliga áreas cerebrais responsáveis pelo controle da consciência, respiração e batimentos cardíacos, levando ao coma e à morte. A intoxicação depende de fatores individuais, como massa corporal e grau de tolerância à bebida. O estado do fígado também conta: um órgão já avariado sofre mais as conseqüências do álcool. Então, se você é daqueles que bebe sem pensar no amanhã, é bom se ligar nos sinais que seu corpo dá.
O estômago encolhe quando comemos menos
Pensemos: se fosse fácil assim, o estômago de pessoas em coma praticamente desapareceria e ninguém passaria pela complicada cirurgia de redução de estômago. O órgão pode, sim, aumentar quando exageramos, mas diminuir, jamais. O que pode acontecer quando você radicaliza na dieta é seu estômago ficar condicionado a se satisfazer com menos, reduzindo a produção de grelina, hormônio liberado quando o estômago está vazio que faz você sentir fome.
Você deve tomar 8 copos de água por dia
Esse mito é fruto de um baita mal-entendido. De fato, o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA revelou, em 1945, que o consumo diário adequado de água para adultos era de 2,5 litros (o equivalente a 8 copos). Mas a maioria das pessoas ignorou a afirmação que veio depois: “A maior parte dessa quantidade está contida em alimentos preparados”. Então, se você costumava enfiar goela abaixo os 8 copos de água mesmo sem gostar muito, relaxe. Alimentos como tomate, pepino, chuchu e melancia têm 95% de sua composição em água. Chá, leite, sucos e até café também devem entrar na contagem. Além disso, os 2 litros e meio não são uma regra universal. Tudo depende da saúde de cada pessoa e da temperatura do lugar em que ela vive.
Carne de frango é mais saudável que carne de porco
Não necessariamente. O xis da questão aqui é a forma de preparo. Uma sobrecoxa de frango assada com pele tem 3 vezes mais gordura que um lombo assado; um filé de frango grelhado sem pele tem menos gordura saturada (a que eleva o colesterol ruim), mas o lombinho tem mais ácidos graxos insaturados, além de ser fonte de vitaminas, ferro, potássio e zinco. Se você quer ser saudável, o ideal é evitar frituras e tirar a pele da carne – tanto de frango quanto de porco.
Latas abertas devem ser guardadas na geladeira
O problema das latas não é guardá-las na geladeira, mas manter o resto do alimento dentro delas. Depois de aberta, a lata vai perdendo o verniz interno que protege o conteúdo dos metais tóxicos que constituem a embalagem, podendo provocar intoxicação alimentar. Assim, o ideal é, depois de abrir aquela lata de leite condensado, tirar o produto de dentro e colocar em um pote de vidro ou cerâmica e, aí sim, guardar na geladeira ou em outro lugar. E lembrando: se estiver amassada, o melhor é nem abrir. Pelo mesmo motivo.
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Conheça Cajuru, a campeã no ranking de cidades do Ideb
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Solte a voz e mostre seus dons no karaokê online!
O seu forte é cantar? Ou ao menos você acha que é? Então prepare a garganta! Esse site é um verdadeiro karaokê online. O mais legal é que dá para gravar o seu show particular em vídeo. Mas é bom que você esteja com o inglês afinado, já que todas as letras estão nesse idioma.
Para gravar o seu vídeo é preciso criar um cadastro. Feito isso, clique em Sing and Record e, em seguida, neste botão aqui. Você terá que configurar sua webcam e o seu microfone. Se você não tem uma webcam, não tem problema: dá gravar apenas o áudio. Selecione a sua música preferida, usando a busca.
Escolhida a canção, clique em Record e prepare a performance. É aqui nesse player que o show acontece. É possível escolher efeitos, aumentar o volume da música e do seu microfone. Quando você estiver pronto é só apertar o botão vermelho de REC e depois o Play. Ao fim da música, você poderá publicar o conteúdo no Facebook e Twitter, por exemplo. Só cuidado para não pagar mico!
Mas se você quiser apenas ouvir outras pessoas cantando, basta clicar aqui e pronto. É só selecionar as músicas que você quer e preparar o ouvido para o que der e vier.
Se você tem talento, quem sabe algum produtor não encontra seu vídeo por lá? O link está logo acima do texto. Acesse e divirta-se!
Para gravar o seu vídeo é preciso criar um cadastro. Feito isso, clique em Sing and Record e, em seguida, neste botão aqui. Você terá que configurar sua webcam e o seu microfone. Se você não tem uma webcam, não tem problema: dá gravar apenas o áudio. Selecione a sua música preferida, usando a busca.
Escolhida a canção, clique em Record e prepare a performance. É aqui nesse player que o show acontece. É possível escolher efeitos, aumentar o volume da música e do seu microfone. Quando você estiver pronto é só apertar o botão vermelho de REC e depois o Play. Ao fim da música, você poderá publicar o conteúdo no Facebook e Twitter, por exemplo. Só cuidado para não pagar mico!
Mas se você quiser apenas ouvir outras pessoas cantando, basta clicar aqui e pronto. É só selecionar as músicas que você quer e preparar o ouvido para o que der e vier.
Se você tem talento, quem sabe algum produtor não encontra seu vídeo por lá? O link está logo acima do texto. Acesse e divirta-se!
domingo, 4 de julho de 2010
Onde fica o gol
MARTHA MEDEIROS
Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que, por causa dessas incertezas, perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou: — Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar.
— Isso que você nem é muito fã do esporte — comentei.
— Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando.
Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda: onde é que é o gol? Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todos os lados, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.
Goal, em inglês, significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar dos seus pais.
Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola dentro da rede ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir nenhum resultado.
Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde, e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até o meio-dia: significa dormir no ponto, comer mosca. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo.
Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar talvez seja justamente aprender a ter um dia a dia mais calmo, mais focado em seus reais prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode ser um “quem sabe”, tem que ser um gol feito.
Esta é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando.
Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que, por causa dessas incertezas, perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou: — Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar.
— Isso que você nem é muito fã do esporte — comentei.
— Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando.
Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda: onde é que é o gol? Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todos os lados, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.
Goal, em inglês, significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar dos seus pais.
Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola dentro da rede ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir nenhum resultado.
Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde, e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até o meio-dia: significa dormir no ponto, comer mosca. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo.
Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar talvez seja justamente aprender a ter um dia a dia mais calmo, mais focado em seus reais prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode ser um “quem sabe”, tem que ser um gol feito.
Esta é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Cuidado: Webcams podem ser acessadas por estranhos
Cuidado: Webcams podem ser acessadas por estranhos
Parece coisa de filme de ficção científica, mas é verdade: é possível acessar remotamente uma câmera de computador (webcam) sem que o usuário saiba. Um invasor pode ligar o equipamento ver tudo que acontece, muitas vezes sem ser descoberto.
Há dez dias um hacker norte-americano foi preso depois de infectar cem computadores e acessar imagens de pessoas nuas ou em situações constrangedoras para extorqui-las. Uma das formas de obter as imagens era acessando remotamente as câmeras digitais de suas vítimas. Uma das vítimas percebeu que a luz do equipamento acendia e apagava sem que ela o estivesse usando. O estranhamento a levou até autoridades competentes.
Mas este não é um caso isolado. Atualmente existem diversos malwares que fazem este trabalho e também empresas que desenvolvem e vendem produtos para este fim, afirma o especialista em segurança online Marco Velasco. “Uma busca simples dá a dimensão da quantidade de programas desse tipo”, diz ele.
Segundo Velasco, esse tipo de invasão ocorre por meio da instalação de vírus espiões. Os cibercriminosos utilizam esse recurso tanto para chantagens e extorsões quanto para capturar dados e senhas enquanto são digitados.
Velasco relata ainda outros casos surpreendentes. O dono de uma empresa de manutenção de notebooks foi preso depois de instalar em alguns notebooks de clientes um programa espião. “Ele usava as webcams para tirar fotos que eram enviadas para um servidor. Uma cliente desconfiou e então identificaram o invasor”.
Como se proteger
Para se proteger desse tipo de espionagem, Velasco dá algumas dicas. No caso da câmera móvel, que pode ser retiradas do PC, o ideal é que o usuário vire-a para uma parede ou feche o visor. Assim, mesmo que um programa invasor esteja instalado em seu computador, não será possível obter nenhuma imagem.
Em casos de pessoas que tem webcam fixas ou internas em monitores e que não desejam utilizá-las, é recomendado desativar o driver da webcam no gerenciador de dispositivos.
O mais importante, porém, é o cuidado rotineiro para que seu equipamento não seja contaminado. (Veja 10 dicas para manter seu computador seguro) (Inserir Link: http://internetsegura.terra.com.br/site/interna.aspx?id_conteudo=183)
Parece coisa de filme de ficção científica, mas é verdade: é possível acessar remotamente uma câmera de computador (webcam) sem que o usuário saiba. Um invasor pode ligar o equipamento ver tudo que acontece, muitas vezes sem ser descoberto.
Há dez dias um hacker norte-americano foi preso depois de infectar cem computadores e acessar imagens de pessoas nuas ou em situações constrangedoras para extorqui-las. Uma das formas de obter as imagens era acessando remotamente as câmeras digitais de suas vítimas. Uma das vítimas percebeu que a luz do equipamento acendia e apagava sem que ela o estivesse usando. O estranhamento a levou até autoridades competentes.
Mas este não é um caso isolado. Atualmente existem diversos malwares que fazem este trabalho e também empresas que desenvolvem e vendem produtos para este fim, afirma o especialista em segurança online Marco Velasco. “Uma busca simples dá a dimensão da quantidade de programas desse tipo”, diz ele.
Segundo Velasco, esse tipo de invasão ocorre por meio da instalação de vírus espiões. Os cibercriminosos utilizam esse recurso tanto para chantagens e extorsões quanto para capturar dados e senhas enquanto são digitados.
Velasco relata ainda outros casos surpreendentes. O dono de uma empresa de manutenção de notebooks foi preso depois de instalar em alguns notebooks de clientes um programa espião. “Ele usava as webcams para tirar fotos que eram enviadas para um servidor. Uma cliente desconfiou e então identificaram o invasor”.
Como se proteger
Para se proteger desse tipo de espionagem, Velasco dá algumas dicas. No caso da câmera móvel, que pode ser retiradas do PC, o ideal é que o usuário vire-a para uma parede ou feche o visor. Assim, mesmo que um programa invasor esteja instalado em seu computador, não será possível obter nenhuma imagem.
Em casos de pessoas que tem webcam fixas ou internas em monitores e que não desejam utilizá-las, é recomendado desativar o driver da webcam no gerenciador de dispositivos.
O mais importante, porém, é o cuidado rotineiro para que seu equipamento não seja contaminado. (Veja 10 dicas para manter seu computador seguro) (Inserir Link: http://internetsegura.terra.com.br/site/interna.aspx?id_conteudo=183)
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Quem ocupa mais memória?
Se alguma vez você já se perguntou o que aconteceu com todo o espaço de seu disco rígido ou ficou quebrando a cabeça pensando como ganhar espaço, este programa pode ajudar.
O SpaceSniffer apresenta os dados de uso da memória em gráficos, facilitando a visualização e compreensão. Por isso, o aplicativo pode ser um grande aliado dos responsáveis por gerenciar pequenas redes.
Disponível para todas as versões do Windows, o sistema é gratuito. Mais informações e dicas de uso podem ser encontradas em inglês no site www.uderzo.it.
O SpaceSniffer apresenta os dados de uso da memória em gráficos, facilitando a visualização e compreensão. Por isso, o aplicativo pode ser um grande aliado dos responsáveis por gerenciar pequenas redes.
Disponível para todas as versões do Windows, o sistema é gratuito. Mais informações e dicas de uso podem ser encontradas em inglês no site www.uderzo.it.
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Sons que Confortam
Martha Medeiros
"Eram quatro horas da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os três em casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 12 anos. Chamaram o médico da família. E aguardaram.
E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele quem conta, hoje, adulto: “Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio”.
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo pela enésima vez o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no altofalante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo, e o embarque será feito dentro de poucos minutos.
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho da sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.
A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.
O sinal da hora do recreio.
A música de que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.
O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.
O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.
E, em tempo de irritantes vuvuzelas, o som mais raro de todos: o silêncio absoluto.
"Eram quatro horas da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os três em casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 12 anos. Chamaram o médico da família. E aguardaram.
E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele quem conta, hoje, adulto: “Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio”.
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo pela enésima vez o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no altofalante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo, e o embarque será feito dentro de poucos minutos.
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho da sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.
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