Região pouco explorada fica na divisa entre São Paulo e Paraná. Cânions, trilhas, cachoeiras e rapel estão entre os passeios mais procurados
O Vale do Itararé fica na divisa entre os estados do Paraná e São Paulo. De Curitiba são 244 quilômetros pelas rodovias PR-090 e PR-151. De São Paulo, são 340 pela Raposo Tavares. A região ainda é pouco explorada.Um dos passeios mais procurados fica escondido no meio da mata: é o antigo túnel ferroviário Fábio Rego. Para chegar até lá só de carro com tração nas quatro rodas e mesmo assim o motorista tem que ter habilidade. O caminho tem trechos cobertos por pântano.
Durante anos essa foi uma das principais ligações com o Uruguai. O trem de passageiros que ia de São Paulo para Montevidéu circulou por este trecho entre as décadas de 40 e 50. O túnel, construído todo de pedra, tem quase um quilômetro de extensão. A escuridão é total e a temperatura muito baixa. A luz no fim do túnel é um alívio. O passeio pelo túnel custa em média 100 reais.
A região vem se destacando entre os roteiros de aventura. São várias opções para quem gosta de esportes radicais. Uma delas é o cascading, o rapel na cachoeira. São 60 reais para encarar uma descida de 45 metros de altura.
Quem prefere um outro tipo de adrenalina em terra firme pode encarar as trilhas off road. Os passeios com veículos 4x4 saem em média 100 reais por pessoa.
No Rio Verde o visitante encontra o boia cross. O que começou com uma brincadeira virou um esporte para turistas. São 40 reais para três horas dentro da água. Alguns trechos são bem tranquilos, outros nem tanto.
Itararé tem 47 mil habitantes e oferece hotéis e pousadas com diárias que vão de 30 a 60 reais. A comida é caseira com preços que variam entre 15 e 30 reais por pessoa.
Em um dos pontos mais bonitos do vale, a mil metros de altitude, é possível observar bem as características da região. É toda cercada por cânions. O do Rio Itararé fica bem na divisa dos estados de São Paulo e Paraná.
Entre as formações rochosas em arenito a Cachoeira do Corisco se destaca. A água despenca de um coração esculpido na pedra. São 106 metros de altura. É uma das mais altas da região.
O Poço do Encanto também é atração. A água parece responder às palmas. O mistério que tanto encanta os turistas tem explicação. “O poço está localizado em cima de sedimento recente e em altitude elevada. Por estar localizado nessa altitude, todos os lençóis freáticos são rasos, próximos à superfície. Nesse caso, foi formando uma camada próxima a essa lagoa, onde você pisa e a pressão faz ela borbulhar“, explica o geólogo Luiz Alberto Gusmão Pinheiro.
Não dá pra ir embora sem conhecer o Cânion do Jaguaricatú. São 25 quilômetros de estrada de terra em boas condições e cercada de muito verde. O mirante é parada obrigatória. Uma vista privilegiada e recompensadora.
Um comentário:
ORACY, gostaria se possível do contato do geólogo Luiz Alberto Gusmão Pinheiro mencionado na matéria sobre o vale do itararé...é possível?? Edileuza
meu e-mail: edileuza.carvalho@hotmail.com
Agradeço desde já e aguardo.
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