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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quebra-cabeças, texto de Amy Toohill

Até eu conseguir montar meu quadro final, viverei com fé...... 




Ganhei de um amigo há uns tempos atrás um quebra -cabeças.
Eu não montava um quebra-cabeças desde que era criança.
Quando recebi o presente, pensei como era engraçado como deixamos de fazer certas coisas quando crescemos.
Montar quebra-cabeças, colorir desenhos, pular corda, brincar de esconde-esconde.
Coisas que nos davam tanto prazer quando éramos crianças, paramos de fazer a uma certa idade. Meio que por vergonha do que os outros vão pensar    e meio em função de todos os encargos e responsabilidades que a vida adulta nos traz e que nos deixa "sem tempo pra ser feliz."
Na realidade, eu aproveitei o quebra-cabeças e comecei a montá-lo, numa tentativa pueril de relembrar os bons tempos. Cada peça que eu encontrava e que se encaixava com outra era extremamente gratificante.
Mas confesso que, como o quebra cabeças tinha muitas peças, com o tempo comecei a me sentir frustrada. E comecei a refletir sobre as semelhanças que existem entre um simples jogo de quebra-cabeças e a nossa vida.
Num quebra - cabeças, cada peça é importante no total para a formação do quadro final.
Na vida, são as pessoas e os acontecimentos as partes importantes.
Como peças de um quebra-cabeças, cada um é único e especial do seu jeito.
Mesmo tendo semelhanças, não há duas peças iguais, assim como também não há duas pessoas iguais,
Enquanto eu trabalhava na montagem do quebra-cabeças, havia uma peça que eu estava certa de pertencer a um certo ponto em particular.
Mas, para minha completa frustração, essa peça não se encaixava.
Eu insistia em voltar a ela, mesmo sabendo que já havia tentado encaixá-la outras vezes.
Meu pensamento estava focado em que aquela peça era daquele espaço e eu insisti nisso, diversas vezes, sem sucesso.
Aí, pensei em quantas vezes eu fiz isso em minha vida.
Tentando fazer acontecer coisas que simplesmente , não eram pra ser.
Se você já montou um quebra cabeças, sabe como é perder tempo procurando por uma peça específica.
Tentei e tentei, mas eu não conseguir achar.
Tudo que consegui foi acabar embaralhando mais ainda as peças.
Com o tempo, acabei desistindo.
Porém, mais tarde, quando voltei, acabei percebendo que tal peça que eu tanto procurava, estava bem ali na minha frente.
Isso aconteceu em minha vida muitas vezes.
Tentava entender porque certas coisas aconteciam e do jeito que aconteciam.
Procurava até cansar as respostas e..... quando percebia, as respostas estavam bem ali na minha frente como a tal peça do jogo que eu procurei insistentemente.
Era só dar uma paradinha, as vezes, até um passo atrás, respirar, me acalmar e esperar que as respostas vinham.
Refleti e todas as peças de minha vida que me fizeram perguntar: "Por que, meu Deus?"
E, repentinamente, percebi que, por causa dessas peças, outras depois vieram a se encaixar tão bem no transcorrer de minha existência.
Compreendi então que tudo em nossa vida acontece por alguma razão. Acontecimentos bons e até os momentos ruins que nos trazem algum aprendizado.
Talvez ainda não consigamos entender o papel de cada peça no quebra-cabeças de nossa vida. Pois o quadro final ainda não está completamente montado e existem muitas lacunas abertas.
Até eu conseguir montar meu quadro final , aprenderei a viver com fé.Sabendo e confiando que todas as peças que eu preciso estão bem ali, perto de mim.
Lembrarei que há um grande quadro, um plano pra mim que talvez eu não consiga enxergar agora.
Farei isso até que a grande obra-prima de Deus em mim esteja completa. E então , Ele dirá: 
- Muito bem, está completo.

                                                                                             Texto de Amy Toohill

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