"Talvez os sexos estejam mais relacionados do
que cremos, talvez
a grande renovação do mundo consista em que o
homem e a mulher
livres de falsos sentimentos e inibições se
busquem um ao outro, não
como opostos, mas como irmão e irmã, como
vizinhos, como amigos
e se reúnam como seres humanos para, simples e
seriamente, suportar
em comum o difícil sexo que foi depositado
neles."( R. M.Rilke)
Simplesmente Mulher!
Na luta diária pela
sobrevivência, empunhando a bandeira da liberdade, resgatando os seus direitos,
na busca incessante de seus ideais, ressurge e inova a mulher deste milênio.
Esculpida pelas
transições e preconceitos, a sociedade se transformou, projeta em todos os seus
segmentos, a presença bela e marcante da mulher, que se transcendeu e chega aos
dias de hoje com o devido respeito e papel, que lhe é pertinente e merecido
pelo corpo social.
A participação da mulher
na economia é uma necessidade objetiva de toda a sociedade, assim como, uma
condição indispensável para a libertação da própria mulher. A luta não é fácil,
porque estamos tratando de transformar idéias seculares.
Cabe a nós, mulheres, a
responsabilidade de transmitir e modificar o mundo com competência ( atributo
natural da maturidade) e determinação; fortalecer os grupos e entidades;
trabalhar com fidelidade, dedicação e sobretudo com "Ética, em todos os
aspectos da vida.
Em todos os tempos,
haverá mulheres de destaque, a renovar, inovar e exigir a nossa presença,
procurando vencer os obstáculos, que nos são propostos. Como já dizia Marilyn
Monroe:
"Algumas vezes me
convidavam a certos lugares para adornar um jantar, como se convidaria um
místico para que tocasse piano após o jantar. E uma pessoa percebe quando não é
convidada por si mesma, mas que é considerada como objeto de decoração".
Dia 08 de março é a
data, que se comemora e enaltece a mulher. De mãos dadas, unidas e ungidas em
um mesmo ideal, cantemos uníssonas: "salve o símbolo da paz e do amor: a
Mulher!"
É nosso dever valorizar
o ser humano, os direitos e garantias de cada indivíduo, corroborados na
dignidade do ser humano e demonstrar que, com fé, solidariedade e fraternidade,
nosso solo será fértil, fecundo e germinará o amor e o espalhará por toda a
terra. Assim já insurgia a famosa Simone de Beauvoir:
"É suficiente
transformar as leis, instituições e os costumes, a opinião pública e todo o
contexto social, para que os homens e as mulheres se convertam realmente em
iguais?"
E ainda, como já dizia a
ex - ministra da Inglaterra, Margaretch Tacher, em um de seus discursos, onde
declara um panegírico à mulher, com muita coragem e exatidão: "Se você
precisar de alguém que fale, chame a um homem. Se você precisar de alguém que
faça, chame a uma mulher". Assim será no mundo inteiro. As mulheres fazem,
transformam os acontecimentos e ainda formam e sustentam a base de todas as
famílias, educando - as e inserindo - as em toda a sociedade.
Há santas como Terezinha
do Menino Jesus, que deixou a história de uma alma. Religiosa, que soube amar a
Deus e fazer o Bem na terra. No mesmo sentido, também temos, Madre Tereza de
Calcutá, que nos irradia tanta beleza e sabedoria. Todavia já indagava George
Sand, o espírito feminino:
"Serás tu para mim um apoio ou um amo?...Acaso te
educaram na convicção de que as que as
mulheres não têm alma?...Serei tua companheira ou tua escrava? Me desejas ou me
amas?".
Na história política da Argentina, também temos
a figura marcante de Evita Perón, que símboliza o mito (a existência da
individualidade no fato da história) da mulher, que soube amar e trabalhar para
o seu povo. Se fossemos enumerar as inúmeras façanhas das mulheres não haveria
espaço o suficiente, pois seria muitas das vezes discorrer sobre o nascedouro
de um Homem. E o mundo se torna pequeno perante a inteligência, a coragem e a
determinação das mulheres.
E por esse contexto, já salientava a brilhante Virginia
Wolf,que:"Se vivemos mais um século, e falo da vida comum, que é a real,
não de nossas pequenas vidas separadas, que vivemos individualmente e dispomos
de nossa renda anual e de nosso espaço habitável individual e nos acostumamos à
liberdade e ao valor de escrever exatamente o que pensamos...se enfrentamos o
fato, porque é um fato, de que relacionamos com o mundo da realidade e não
apenas com o dos homens e mulheres, então teremos chance...e então aquela irmã poeta,
que Shakespeare teve sem que ninguém soubesse, poderá voltar a nascer e
escrever suas poesias...e por isto vale a pena que nós trabalhemos agora, mesmo
na pobreza e na obscuridade."
Liberdade!... valeu a pena esperar...Fazemos parte
do universo, que veio ao mundo para aprender a amar e servir.
Parabéns amigas e mulheres do nosso Brasil, e do
mundo inteiro!!
A. M. R. Campos
Natural de Uberaba - MG, reside em Ituiutaba MG -
Professora, formada em Licenciatura em Letras pela UEMG. Pós - graduação em
Filosofia.
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