quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Going Green
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ARTE
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro
Segundo estudo, que analisou 638 idosos, grupo fisicamente mais ativo obteve maiores benefícios.
Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro
Segundo estudo, que analisou 638 idosos, grupo fisicamente mais ativo obteve maiores benefícios.
A atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais.
Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.
Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.
Deterioração
A ciência já provou que a estrutura e funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos.
Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento.
Tal encolhimento está ligado a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.
Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção desta deterioração.
No entanto, até agora não tinham sido realizados amplas pesquisas com imagens cerebrais para observar essas mudanças na estrutura do cérebro e seu volume.
Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente", exlicou Grow.
"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes, como observado por imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo", acrescentou.
Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta.
Esta é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em estudos anteriores, essa região está relacionada à melhora da memória de curto prazo.
Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.
Causas
Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece.
Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro.
Mas uma outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.
Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéficio para a saúde.
"Este estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger a nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura", acrescentou.
"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos", disse.
"Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", afirmou.
Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: "Este estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras ou um passeio no jardim", concluiu.
"É crucial que, se o fizermos, permanecer ativo à medida que envelhecem", acrescenta. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. Publicado por Jornal do Brasil
Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro
Segundo estudo, que analisou 638 idosos, grupo fisicamente mais ativo obteve maiores benefícios.
A atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais.
Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.
Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.
Deterioração
A ciência já provou que a estrutura e funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos.
Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento.
Tal encolhimento está ligado a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.
Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção desta deterioração.
No entanto, até agora não tinham sido realizados amplas pesquisas com imagens cerebrais para observar essas mudanças na estrutura do cérebro e seu volume.
Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente", exlicou Grow.
"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes, como observado por imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo", acrescentou.
Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta.
Esta é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em estudos anteriores, essa região está relacionada à melhora da memória de curto prazo.
Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.
Causas
Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece.
Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro.
Mas uma outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.
Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéficio para a saúde.
"Este estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger a nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura", acrescentou.
"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos", disse.
"Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", afirmou.
Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: "Este estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras ou um passeio no jardim", concluiu.
"É crucial que, se o fizermos, permanecer ativo à medida que envelhecem", acrescenta. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. Publicado por Jornal do Brasil
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SAÚDE
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Nasa reúne imagens de lapso de tempo feitas por astronautas
A Nasa (agência espacial americana) reuniu em um vídeo imagens feitas por astronautas da Expedition 30, que participam de missão na Estação Espacial Internacional. O vídeo, divulgado na sexta-feira (20), é uma série de sequências de lapso de tempo com trilha sonora de "Walking in the Air", de Howard Blake.
Via Paulo Muller
Bodas de Coral - Romão Leal Jr.
Eu
tinha 16 anos quando resolvi passar férias no sul de Minas. Isso
aconteceu porque um dos meus irmãos, funcionário do Banco do Brasil,
pediu transferência para Poços de Caldas, uma estância hidromineral de
características muito diferentes em relação ao quadrilátero das águas
sulforosas formado por Lambari, Cambuquira, Caxambu e São Lourenço. De
“saco cheio” por só passar férias pr
aticamente
na praia do Leme ou em outras, resolvi variar e conhecer uma região
montanhosa diferente de Petrópolis ou Teresópolis, cidades serranas
muito próximas do Rio e que eram opções naturais pela proximidade.
Era janeiro de 1963. Fui, vi e gostei. Gostei tanto que comecei a ir pra lá todas as férias e feriados prolongados. Aos poucos fui fazendo amigos e em um curto espaço de tempo já participava de várias turminhas que lá se reuniam em janeiro, fevereiro e julho. Eram formadas por cariocas e paulistas em sua grande maioria e que se juntavam ao pessoal da terra. E, claro, tinha lá minhas namoradinha, por que não?
Mas foi Celinha quem começou a fazer a diferença na minha vida, ainda que eu só fosse perceber isso muitos, mas muitos anos depois. Namoramos do carnaval até as férias de julho de 1966, vocês já sabem. E é muito natural que vocês estejam agora pensando: por que não deu certo?
Difícil responder. Na verdade, não “brigamos”. O que houve foi que eu tinha planos de estudar em Portugal (sonho maluco na época, admito) e com isso ela não se sentia estimulada a alimentar maiores esperanças quanto ao futuro daquele relacionamento. Pensando bem, ela tinha razão.
De comum acordo resolvemos nos separar. Ela seguiu seu caminho e eu fui seguir o meu. Porém nunca deixamos de ser amigos. Era curioso isso: tive outras namoradas em Poços, ela também teve outros namorados, mas em pelo menos três ocasiões nós nos falávamos ao vivo ou por escrito: no Natal, no meu aniversário e no dela. E sempre que eu ia pra sua cidade a gente conversava, nem que fosse apenas por telefone.
Contudo, a partir de 1968 minhas idas começaram a ficar cada vez mais raras e difíceis pois eu havia começado a trabalhar numa pequena agência carioca de publicidade. Trabalhando, só tinha direito a férias uma vez ao ano. E quando as férias chegavam eu queria conhecer outros lugares e não escolhia mais Poços como opção. Até porque tinha companhia nessas ocasiões...
A vida, contudo, tem suas surpresas. Em 1971 Celinha resolveu tentar uma reaproximação. Sem saber detalhes da minha vida, escreveu uma carta onde me convidava para ir conversar com ela quando tivesse uma oportunidade. Nunca recebi essa carta porque, antes de enviá-la, ela resolveu checar como eu estava. Para isso telefonou no meu aniversário, em março.
Quem atendeu a ligação foi minha noiva. Celinha apresentou-se, explicou quem era, falou depois comigo, me parabenizou com de costume, conversamos e eu lhe dei uma notícia que a deixaria ainda mais desconcertada: casaria em junho e passaria minha lua-de-mel em Poços de Caldas! Incrível? Fantástico? Extraordinário? Pois é, foi assim que aconteceu.
Penso no impacto que acabei de causar a muitos de vocês. Imagino a surpresa, de quem que não sabia que eu fui casado antes de me unir a Celinha...
Pois bem: como minha família e a dela se conheciam, seus pais gentilmente ofereceram um jantar aos recém-casados. E foi Celinha quem comprou o presente que nos foi ofertado naquele encontro social.
Soube anos mais tarde que depois da nossa saída ela foi interpelada pela mãe. É que todas as recordações daqueles seis meses de namoro estavam guardadas em uma caixa: maços do cigarro mentolado que eu gostava de fumar, passagens de ônibus, embalagens de drops, cartas e até a corrente que compunha minha fantasia de grego no carnaval de 66, entre outras bugigangas que nem dá pra listar...
Minha futura sogra queria que ela jogasse tudo aquilo fora, afinal não tinha mais sentido guardar coisas minhas já que eu era um homem casado. Mas Celinha nunca se desfez de nada daquilo e a caixa existe até hoje. Inclusive com a corrente que fazia parte da minha fantasia de grego. Ela disse pra mãe que por mais estranho que pudesse parecer, um dia ela ainda iria viver comigo. Dá pra acreditar?
Nunca comentei com ela absolutamente nada relacionado à minha vida conjugal, embora continuássemos a nos falar naquelas três ocasiões clássicas (Natal e aniversários). Nem mesmo quando o meu casamento caminhava para o fim quatro anos depois do seu início. Eu não tive filhos dessa união pelas razões que já expliquei em um post anterior. E foi aí, mais uma vez, que meus pretinhos velhos entraram na história.
Estamos em 1975. Celinha era diretora de uma escola em Poços de Caldas e foi fazer um curso de aprimoramento em Pedagogia no Rio. Viajou com um grupo de amigas. Quis me fazer uma surpresa e não me avisou da viagem. Chegou na cidade pouco depois do almoço e no final da tarde resolveu dar uma volta pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Eu era propagandista-vendedor da MSD (Merck Sharp & Dohme) e tinha sido chamado ao escritório da empresa, que fica na mesma avenida em que ela estava. Por coincidência no mesmo lado da calçada por onde ela andava.
O que vocês acham que aconteceu? Isso mesmo! Uma surpresa, um susto e estávamos olhando um pro outro e perguntando: "O que é que você está fazendo aqui?" Pra mim, não tenho dúvida, foi obra dos meus pretinhos velhos...
Conversa daqui, conversa dali, expliquei a ela o que estava acontecendo: eu aguardava a assinatura do meu desquite. Pra quem não sabe, naquela época havia um período de separação de três anos (o desquite) antes que a separação definitiva fosse consumada (o divórcio).
Deixei claro para Celinha que na fase final do meu casamento, percebendo que a separação seria inevitável, eu havia tomado a decisão de estudar por um tempo nos Estados Unidos pensando em maiores oportunidades profissionais quando voltasse falando um pouco de inglês. Aguardava apenas alguns detalhes a fim de iniciar a concretização desse projeto.
Qual foi a reação dela? Tão surpreendente quanto nosso reencontro! Disse que nunca havia se casado por não ter encontrado alguém que a interessasse pra valer. Que ao longo de todo aquele tempo nunca tinha deixado de pensar em mim e no tempo em que ficamos juntos. E mais: que estaria disposta a me esperar voltar dos Estados Unidos para que então definíssemos melhor nosso futuro. Acredite quem quiser!
Já comentei com vocês que antes de embarcar para os Estados Unidos e sem que os pais dela soubessem (mas os meus sim) ficamos noivos. O meu pensamento, imediatamente endossado pelos meus pais (que sempre gostaram de Celinha desde os tempos de namoro, importante comentar), era garantir-lhe que eu estava saindo do país mas voltaria. Voltaria para ela por causa dela...
Lógico que os pais de Celinha não entenderam muito bem essa história de noivado assim tão às pressas, sendo que eu estava até fora do país. Então meus pais foram até Poços de Caldas, conversaram com eles e oficializaram pra valer o nosso compromisso. Agora éramos noivos com a bênção das duas famílias!
Deixei o Brasil rumo à Flórida em julho de 1976, comentei isso com vocês. Era pra ficar nove meses no "college" de St. Pete. Aguentei apenas seis. Os três últimos meses antes que o visto expirasse eu os passei explorando Miami e as cidades próximas, tanto as do lado do Atlântico como as do lado do golfo do México. Voltei em abril de 1977 conforme havia prometido a Celinha quando do nosso noivado.
De lá para cá vocês já conhecem o que aconteceu: um relacionamento alicerçado numa profunda amizade, um enorme respeito e um grande sentido de companheirismo. Há uma coisa que me toca muito: Celinha não vive comigo: ela vive PARA mim. Isso faz uma grande diferença. A maior preocupação de sua vida é o meu bem estar e nesse sentido ele procura fazer tudo o que está ao seu alcance. E se não estiver, ela dá um jeito. Que outro homem poderia esperar mais?
Ao longo dos nove meses que passei nos Estados Unidos disse a Celinha, em muitas das minhas quase 100 cartas, que tinha um sonho: um dia haveria de trazê-la aos Estados Unidos para conhecer aqueles lugares que eu considerava mágicos – Busch Gardens, Orlando e Miami.
Agora meu sonho será materializado: dentro de alguns dias Celinha e eu passearemos por Miami, Saint Pete, Tampa e Orlando. Quem disse que sonhos não se transformam em realidade? Aliás, eu digo pra vocês: o homem não morre quando deixa de viver, morre quando deixa de sonhar...
É isso: hoje, 29 de outubro, completamos 35 anos ou 12.775 dias juntos!
Se ao longo desses dias já disse muita coisa SOBRE Celinha e o mês ainda não acabou, tenho muito o que dizer ainda PARA Celinha até antes do início de novembro.
Direi sempre, enquanto tiver voz: obrigado, meu Papai Oxalá, por me ter abençoado com a presença dela em minha vida e por tê-la feito ser mãe de Fernanda, minha segunda paixão!
Essa foto foi tirada na saída do almoço que marcou o início da nossa vida a dois: do meu lado os pais de Celinha, Célia e Oswaldo; ao lado de Celinha os meus pais, Lygia e Romão.
Era janeiro de 1963. Fui, vi e gostei. Gostei tanto que comecei a ir pra lá todas as férias e feriados prolongados. Aos poucos fui fazendo amigos e em um curto espaço de tempo já participava de várias turminhas que lá se reuniam em janeiro, fevereiro e julho. Eram formadas por cariocas e paulistas em sua grande maioria e que se juntavam ao pessoal da terra. E, claro, tinha lá minhas namoradinha, por que não?
Mas foi Celinha quem começou a fazer a diferença na minha vida, ainda que eu só fosse perceber isso muitos, mas muitos anos depois. Namoramos do carnaval até as férias de julho de 1966, vocês já sabem. E é muito natural que vocês estejam agora pensando: por que não deu certo?
Difícil responder. Na verdade, não “brigamos”. O que houve foi que eu tinha planos de estudar em Portugal (sonho maluco na época, admito) e com isso ela não se sentia estimulada a alimentar maiores esperanças quanto ao futuro daquele relacionamento. Pensando bem, ela tinha razão.
De comum acordo resolvemos nos separar. Ela seguiu seu caminho e eu fui seguir o meu. Porém nunca deixamos de ser amigos. Era curioso isso: tive outras namoradas em Poços, ela também teve outros namorados, mas em pelo menos três ocasiões nós nos falávamos ao vivo ou por escrito: no Natal, no meu aniversário e no dela. E sempre que eu ia pra sua cidade a gente conversava, nem que fosse apenas por telefone.
Contudo, a partir de 1968 minhas idas começaram a ficar cada vez mais raras e difíceis pois eu havia começado a trabalhar numa pequena agência carioca de publicidade. Trabalhando, só tinha direito a férias uma vez ao ano. E quando as férias chegavam eu queria conhecer outros lugares e não escolhia mais Poços como opção. Até porque tinha companhia nessas ocasiões...
A vida, contudo, tem suas surpresas. Em 1971 Celinha resolveu tentar uma reaproximação. Sem saber detalhes da minha vida, escreveu uma carta onde me convidava para ir conversar com ela quando tivesse uma oportunidade. Nunca recebi essa carta porque, antes de enviá-la, ela resolveu checar como eu estava. Para isso telefonou no meu aniversário, em março.
Quem atendeu a ligação foi minha noiva. Celinha apresentou-se, explicou quem era, falou depois comigo, me parabenizou com de costume, conversamos e eu lhe dei uma notícia que a deixaria ainda mais desconcertada: casaria em junho e passaria minha lua-de-mel em Poços de Caldas! Incrível? Fantástico? Extraordinário? Pois é, foi assim que aconteceu.
Penso no impacto que acabei de causar a muitos de vocês. Imagino a surpresa, de quem que não sabia que eu fui casado antes de me unir a Celinha...
Pois bem: como minha família e a dela se conheciam, seus pais gentilmente ofereceram um jantar aos recém-casados. E foi Celinha quem comprou o presente que nos foi ofertado naquele encontro social.
Soube anos mais tarde que depois da nossa saída ela foi interpelada pela mãe. É que todas as recordações daqueles seis meses de namoro estavam guardadas em uma caixa: maços do cigarro mentolado que eu gostava de fumar, passagens de ônibus, embalagens de drops, cartas e até a corrente que compunha minha fantasia de grego no carnaval de 66, entre outras bugigangas que nem dá pra listar...
Minha futura sogra queria que ela jogasse tudo aquilo fora, afinal não tinha mais sentido guardar coisas minhas já que eu era um homem casado. Mas Celinha nunca se desfez de nada daquilo e a caixa existe até hoje. Inclusive com a corrente que fazia parte da minha fantasia de grego. Ela disse pra mãe que por mais estranho que pudesse parecer, um dia ela ainda iria viver comigo. Dá pra acreditar?
Nunca comentei com ela absolutamente nada relacionado à minha vida conjugal, embora continuássemos a nos falar naquelas três ocasiões clássicas (Natal e aniversários). Nem mesmo quando o meu casamento caminhava para o fim quatro anos depois do seu início. Eu não tive filhos dessa união pelas razões que já expliquei em um post anterior. E foi aí, mais uma vez, que meus pretinhos velhos entraram na história.
Estamos em 1975. Celinha era diretora de uma escola em Poços de Caldas e foi fazer um curso de aprimoramento em Pedagogia no Rio. Viajou com um grupo de amigas. Quis me fazer uma surpresa e não me avisou da viagem. Chegou na cidade pouco depois do almoço e no final da tarde resolveu dar uma volta pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Eu era propagandista-vendedor da MSD (Merck Sharp & Dohme) e tinha sido chamado ao escritório da empresa, que fica na mesma avenida em que ela estava. Por coincidência no mesmo lado da calçada por onde ela andava.
O que vocês acham que aconteceu? Isso mesmo! Uma surpresa, um susto e estávamos olhando um pro outro e perguntando: "O que é que você está fazendo aqui?" Pra mim, não tenho dúvida, foi obra dos meus pretinhos velhos...
Conversa daqui, conversa dali, expliquei a ela o que estava acontecendo: eu aguardava a assinatura do meu desquite. Pra quem não sabe, naquela época havia um período de separação de três anos (o desquite) antes que a separação definitiva fosse consumada (o divórcio).
Deixei claro para Celinha que na fase final do meu casamento, percebendo que a separação seria inevitável, eu havia tomado a decisão de estudar por um tempo nos Estados Unidos pensando em maiores oportunidades profissionais quando voltasse falando um pouco de inglês. Aguardava apenas alguns detalhes a fim de iniciar a concretização desse projeto.
Qual foi a reação dela? Tão surpreendente quanto nosso reencontro! Disse que nunca havia se casado por não ter encontrado alguém que a interessasse pra valer. Que ao longo de todo aquele tempo nunca tinha deixado de pensar em mim e no tempo em que ficamos juntos. E mais: que estaria disposta a me esperar voltar dos Estados Unidos para que então definíssemos melhor nosso futuro. Acredite quem quiser!
Já comentei com vocês que antes de embarcar para os Estados Unidos e sem que os pais dela soubessem (mas os meus sim) ficamos noivos. O meu pensamento, imediatamente endossado pelos meus pais (que sempre gostaram de Celinha desde os tempos de namoro, importante comentar), era garantir-lhe que eu estava saindo do país mas voltaria. Voltaria para ela por causa dela...
Lógico que os pais de Celinha não entenderam muito bem essa história de noivado assim tão às pressas, sendo que eu estava até fora do país. Então meus pais foram até Poços de Caldas, conversaram com eles e oficializaram pra valer o nosso compromisso. Agora éramos noivos com a bênção das duas famílias!
Deixei o Brasil rumo à Flórida em julho de 1976, comentei isso com vocês. Era pra ficar nove meses no "college" de St. Pete. Aguentei apenas seis. Os três últimos meses antes que o visto expirasse eu os passei explorando Miami e as cidades próximas, tanto as do lado do Atlântico como as do lado do golfo do México. Voltei em abril de 1977 conforme havia prometido a Celinha quando do nosso noivado.
De lá para cá vocês já conhecem o que aconteceu: um relacionamento alicerçado numa profunda amizade, um enorme respeito e um grande sentido de companheirismo. Há uma coisa que me toca muito: Celinha não vive comigo: ela vive PARA mim. Isso faz uma grande diferença. A maior preocupação de sua vida é o meu bem estar e nesse sentido ele procura fazer tudo o que está ao seu alcance. E se não estiver, ela dá um jeito. Que outro homem poderia esperar mais?
Ao longo dos nove meses que passei nos Estados Unidos disse a Celinha, em muitas das minhas quase 100 cartas, que tinha um sonho: um dia haveria de trazê-la aos Estados Unidos para conhecer aqueles lugares que eu considerava mágicos – Busch Gardens, Orlando e Miami.
Agora meu sonho será materializado: dentro de alguns dias Celinha e eu passearemos por Miami, Saint Pete, Tampa e Orlando. Quem disse que sonhos não se transformam em realidade? Aliás, eu digo pra vocês: o homem não morre quando deixa de viver, morre quando deixa de sonhar...
É isso: hoje, 29 de outubro, completamos 35 anos ou 12.775 dias juntos!
Se ao longo desses dias já disse muita coisa SOBRE Celinha e o mês ainda não acabou, tenho muito o que dizer ainda PARA Celinha até antes do início de novembro.
Direi sempre, enquanto tiver voz: obrigado, meu Papai Oxalá, por me ter abençoado com a presença dela em minha vida e por tê-la feito ser mãe de Fernanda, minha segunda paixão!
Essa foto foi tirada na saída do almoço que marcou o início da nossa vida a dois: do meu lado os pais de Celinha, Célia e Oswaldo; ao lado de Celinha os meus pais, Lygia e Romão.
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sábado, 27 de outubro de 2012
Dicta 2.0 – Ferramenta online para fazer ditados em vários idiomas
Se você está aprendendo algum idioma específico e gostaria de poder praticar ditados, o site Dicta2.0 pode lhe ajudar com a tarefa.
Só tem que selecionar o idioma desejado e o tipo de ditado (frases, palavras, grupos com letras específicas, etc), tendo que escrever a frase ou palavra que ouvir.
Se escrever corretamente receberá uma mensagem de felicitação, em caso contrário será destacado o que escreveu errado.
Em sua apresentação comentam as características existentes em cada idioma, existindo mais de 8000 frases em português:
Espanhol: é ditado de forma aleatória todas as entradas do dicionário da Real academia espanhola, assim como mais de 30.000 frases.
Inglês: Mais de 100.000 palavras e 55.000 frases que também se carregam aleatoriamente.
Francés: 30.000 frases.
Italiano: 26.000 frases.
Alemán: 47.000 frases.
Simples e muito útil para praticar idiomas.
Link para o site da ferramenta: Link: Dicta2.0
Simples e muito útil para praticar idiomas.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
TRATAMENTO INOVADOR DO CÂNCER DA PRÓSTATA
No passado, dia 10 de julho realizou-se pela primeira vez na Clínica São João de Deus um procedimento inovador para o tratamento do carcinoma localizado da próstata.
O HIFU (do inglês High Intensity Focused Ultrasound) é uma
técnica minimamente invasiva, de alta precisão, que utiliza ultra-sons
de alta intensidade focalizados através de ecografia. No caso da
próstata, é aplicada através do recto, com uma sonda semelhante com a
que é utilizada para o diagnóstico ecográfico transrectal.
Começou a ser clinicamente utilizada há cerca de 5 anos e é já uma técnica corrente para tratar o cancro da próstata no Reino Unido, Itália, Espanha, Coreia, Japão, Rússia e China. Em Portugal começou a ser realizada há alguns meses, noutra instituição privada de Lisboa. Em alguns países está a começar a ser também usada para tratamento do cancro do cérebro, mama, fígado e osso.
O método baseia-se na capacidade das ondas ultra-sónicas se propagarem através da parede do recto e se focalizarem no tecido prostático, onde são absorvidas e convertidas em calor. A temperatura no foco atinge 65˚ a 85˚C , temperatura necessária para destruir o tecido tumoral. O tratamento é feito sob anestesia geral e dura cerca de duas horas, tempo necessário para se proceder ao “varrimento” do volume prostático, com múltiplos disparos ultrasónicos de alta intensidade. Todo o procedimento é feito com um braço robótico que justapõe os disparos segundo um protocolo pré-estabelecido pelo urologista que faz tratamento.
A equipa que realizou esta técnica foi constituída pelos urologistas da Clínica do Homem e da Mulher, Drs. Rui Sousa e Carlos Santos, orientados pelo Dr. John Calleary, do Christie Hospital de Manchester. Fizeram também parte da equipa (ver foto) a anestesista Drª Teresa Monteiro, o Engº Francisco Mendes e a Enfª. Teresa Paramés.
Segundo o Dr. Rui Sousa, o HIFU tem a vantagem de ser uma técnica minimamente invasiva, feito em regime ambulatório ou internamento muito curto, com a particularidade de provocar a destruição tecidular de modo muito preciso, sem afectar as estruturas envolventes, o que minimiza o risco de lesão do recto, incontinência urinária ou disfunção eréctil. Uma característica única – quando comparada com outras terapêuticas focais do cancro da próstata, como a braquiterapia, radioterapia externa e crioterapia – é que a passagem de energia ultra-sónica através dos tecidos não tem efeito cumulativo, isto é, não impede tratamentos complementares posteriores.
O Prof. Nuno Monteiro Pereira, director da Clínica São João de Deus e da Clínica do Homem e da Mulher, mostrou a sua satisfação pelo início da utilização desta nova técnica, considerando-a como mais uma arma para tratar o cancro localizado da próstata e que, com as suas indicações muito precisas, é um valioso complemento às já existente nas clínicas do Grupo São João de Deus.
Publicado por Clínica Médica Nova Era
Começou a ser clinicamente utilizada há cerca de 5 anos e é já uma técnica corrente para tratar o cancro da próstata no Reino Unido, Itália, Espanha, Coreia, Japão, Rússia e China. Em Portugal começou a ser realizada há alguns meses, noutra instituição privada de Lisboa. Em alguns países está a começar a ser também usada para tratamento do cancro do cérebro, mama, fígado e osso.
O método baseia-se na capacidade das ondas ultra-sónicas se propagarem através da parede do recto e se focalizarem no tecido prostático, onde são absorvidas e convertidas em calor. A temperatura no foco atinge 65˚ a 85˚C , temperatura necessária para destruir o tecido tumoral. O tratamento é feito sob anestesia geral e dura cerca de duas horas, tempo necessário para se proceder ao “varrimento” do volume prostático, com múltiplos disparos ultrasónicos de alta intensidade. Todo o procedimento é feito com um braço robótico que justapõe os disparos segundo um protocolo pré-estabelecido pelo urologista que faz tratamento.
A equipa que realizou esta técnica foi constituída pelos urologistas da Clínica do Homem e da Mulher, Drs. Rui Sousa e Carlos Santos, orientados pelo Dr. John Calleary, do Christie Hospital de Manchester. Fizeram também parte da equipa (ver foto) a anestesista Drª Teresa Monteiro, o Engº Francisco Mendes e a Enfª. Teresa Paramés.
Segundo o Dr. Rui Sousa, o HIFU tem a vantagem de ser uma técnica minimamente invasiva, feito em regime ambulatório ou internamento muito curto, com a particularidade de provocar a destruição tecidular de modo muito preciso, sem afectar as estruturas envolventes, o que minimiza o risco de lesão do recto, incontinência urinária ou disfunção eréctil. Uma característica única – quando comparada com outras terapêuticas focais do cancro da próstata, como a braquiterapia, radioterapia externa e crioterapia – é que a passagem de energia ultra-sónica através dos tecidos não tem efeito cumulativo, isto é, não impede tratamentos complementares posteriores.
O Prof. Nuno Monteiro Pereira, director da Clínica São João de Deus e da Clínica do Homem e da Mulher, mostrou a sua satisfação pelo início da utilização desta nova técnica, considerando-a como mais uma arma para tratar o cancro localizado da próstata e que, com as suas indicações muito precisas, é um valioso complemento às já existente nas clínicas do Grupo São João de Deus.
Publicado por Clínica Médica Nova Era
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PRÓSTATA
Facebook: é verdade que todo mundo pode ver as suas publicações se um amigo faz comentários sobre as mesmas?
Não! O boato que circula pelo Facebook citando a reportagem do vidente do Fantástico para falar sobre a falta de proteção do Facebook é falso.
Não é verdade que, se um dos seus contatos curtir um post, isso será publicado no Google ou que qualquer pessoa fora da sua rede poderá vê-lo. Tudo isso trata-se de mais um hoax (trote, em inglês) que virou corrente de internet.
Veja qual é a história por trás deste rumor e confira como definir quem pode ler o que é publicado no teu muro:
É verdade que, se um amigo comenta em uma foto sua, os amigos dele
poderão ver essa ação na barra lateral. Mas isso só acontece se essas
pessoas tiverem permissão para ver: ou porque você postou algo como
"público" (aberto a todos), ou porque você permitiu que os “amigos de
amigos” vejam as atividades do seu muro.
Por exemplo, imagine que você cria um álbum novo de fotos e marca
todo o álbum para que apenas os seus amigos possam ver as fotos. Deste
modo, mesmo que seus amigos comentem ou apertem o "curtir", ninguém que
não é seu amigo poderá vê-las. Fácil assim.
Para configurar melhor sua privacidade, confira nosso post de como bloquear o mural do Facebook.
Mas a verdade é que isso faz exatamente o contrário!
Este menu que aparece quando você passa o mouse no nome da pessoa
apenas controla o tipo de atualização que você quer ver do seu amigo. Ou
seja, só serve para você. Ao desmarcar a opção, você deixará de ver os posts que seu amigo curte ou comenta. Sejam eles públicos ou não.
Fonte:Softonic ON Software Blog
Não é verdade que, se um dos seus contatos curtir um post, isso será publicado no Google ou que qualquer pessoa fora da sua rede poderá vê-lo. Tudo isso trata-se de mais um hoax (trote, em inglês) que virou corrente de internet.
Veja qual é a história por trás deste rumor e confira como definir quem pode ler o que é publicado no teu muro:
O boato
Como é comum neste tipo de aviso-envie-a-todos-os-contatos-para-salvar-o-mundo, existem várias versões do mesmo texto circulando pela rede. Esta é a versão mais recente do boato, que tenta usar a matéria do Fantástico para justificar o hoax:Bom gente, quem assistiu o Fantástico ontem sabe da falta de proteção no Facebook.Na verdade, a matéria do Fantástico não tem nada a ver com isso. Ela apenas fala do cuidado que temos que ter ao publicar coisas no nosso muro. Esta é uma versão mais antiga da mesma história:
Com as mudanças do Face, agora todos ficam sabendo de coisas de gente que nem estão nos nossos contatos, só porque um contato faz um comentário ou "curte" algo de alguém.
Então peço a gentileza de: (1) Aqui mesmo, logo acima, posicione o mouse sobre a minha foto (sem clicar). (2) Espere até aparecer uma janela e posicione o mouse sobre o ícone "Amigos..." (também sem clicar), depois (3) Desça até "Configurações" e aí sim clique. Vai aparecer uma lista: (4) Clique em "Comentários e opções Curtir" desmarcar esta opção. Assim minhas atividades ficarão restritas aos meus amigos e familiares, não se tornarão domínio público. MUITO GRATO! Se quiser copiar e colar no seu mural para assegurar a sua privacidade, esteja à vontade. Como fiz copiando de um amigo. Obrigada a todos!!!
TODOS MEUS AMIGOS QUE ME FIZEREM ESSA GENTILEZA, POR FAVOR ME AVISEM, POIS ESTAREI TMB FAZENDO O MESMO EM SUA PÁGINA. AGRADEÇO DE CORAÇÃO A TODOS!!!!!!!!!!! ;)
Pessoal, o Facebook mudou: todos os comentários, os cliques sobre “curtir” serão a partir de agora públicos no Google. Gostaria que fizessem um favorzinho: – passem o cursor por cima do meu nome, esperem que a pequena janela se abra, cliquem sobre “assinado” e retirem a subscrição de “comentários e opções curtir”. Se me pedirem, farei o mesmo, e desta maneira os nossos comentários sobre amigos e família não serão tão divulgados! Obrigada e gostaria que me informassem se o fizerem! Copie esta nota em seu status se quiser que o mínimo de suas informações sejam de domínio público.
De onde surgiu este mito?
A ideia que qualquer pessoa pode ler o que é "curtido" por um amigo no Facebook provavelmente vem da nova barra lateral da rede social. Nela, é possível ver a atividade dos seus amigos em tempo real.Para configurar melhor sua privacidade, confira nosso post de como bloquear o mural do Facebook.
A falsa solução sugerida no boato
O rumor aconselha a desmarcar a opção "Comentários e opções Curtir" da pessoa que publicou o boato. A ideia é que, quando você comenta ou curte qualquer coisa no muro do seu amigo, ninguém mais veja esta atividade.Correntes e spam
Este trote termina do jeito clássico de todas as correntes e falsos boatos que circulam na internet: pedindo para você publicar o aviso no seu muro para que seus amigos vejam e “passem adiante”. Tome cuidado com qualquer mensagem ou e-mail que você receber pedindo para mandar para todos os seus contatos. É melhor confirmar se é verdade primeiro, para não "pagar mico" depois.Fonte:Softonic ON Software Blog
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
À Sombra de um Delírio Verde
Na região Sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, o povo indígena com a maior população no Brasil trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território. Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto. Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo. Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros. Tempo: 29 min Países: Argentina, Bélgica e Brasil Narração: Fabiana Cozza Direção: An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Mu
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Fantástico, Facebook e ingenuidade (?)
Não sei se é por ignorância, ingenuidade… sei lá. Sei apenas que me
irrito profundamente quando vejo certas coisas na rede. A última é uma
mensagem que circula no Facebook repercutindo uma reportagem do
Fantástico. Deixa eu reproduzir aqui:
- Toda vez que encontro esse tipo de publicação na página de algum aluno ou ex-aluno, tenho vontade de bater. Esqueceram das minhas aulas?
Vamos por partes. Primeiro, provavelmente quem compartilhou esse conteúdo não viu a reportagem do Fantástico. A matéria mostra o quanto perdemos a privacidade. Mas não é por uma mudança no Facebook. O Facebook não mudou. É o mesmo. Igualzinho. E as configurações de segurança também.
A ausência de cuidados com aquilo que publicamos é que tornam nossos dados públicos, visíveis inclusive para estranhos. E sobre isso não precisávamos assistir a reportagem do Fantástico. Trata-se de um assunto recorrente em blogs, sites e páginas especializadas em redes sociais. Aqui mesmo já publiquei vários textos a respeito do tema.
Segunda questão, não é preciso ser um especialista pra ver o quão imbecil é esta mensagem que circula na rede. Quando a pessoa pede pro outro mudar a configuração de amizade, na verdade, está entregando a sua privacidade nas mãos do “amigo”. É como se você fosse pro quarto namorar e desse a chave pra um colega pedindo: “mantém a porta fechada pra mim?”. Caríssimos, quem tem que fechar somos nós. Não o outro. E é simples demais fazer isso: basta entrar nas configurações – privacidade e segurança – e controlar o que você quer que seja visto no seu perfil. E por quem.
Pelamordedeus!!! Se não sabe configurar o seu Facebook, não sabe controlar sua privacidade na rede, feche a conta. Pelo menos, não vai ficar exposto.
Terceiro ponto. Vamos nos informar direito – antes de compartilhar e antes de usar algo. A gente repete coisas na internet sem saber o que estamos falando. Vamos checar, confirmar, entender primeiro. E não é possível admitir que façamos uso de serviços, estejamos nas redes sociais, sem saber como usá-las e as consequências disso. É um absurdo como algumas pessoas se expõem. Gente que sequer faz parte da lista de amigos tem acesso a fotos de desconhecidos na praia, na piscina, na balada… fotos de lingerie diante do espelho. Para tudo, né?
A pessoa publica o nome de familiares, endereço, os locais para onde viaja, onde almoça… com quem saiu, com quem ficou… Uma loucura! E depois se assusta com a reportagem do Fantástico. Pior, mantém-se ignorante achando que os amigos é que devem reconfigurar seu status. Socorro, viu!?
PS- Ah… aperte o botãozinho do mouse no link e veja a reportagem. Vale a pena.
Publicado por Blog do Ronaldo
Quem assistiu o Fantástico ontem (domingo, 21/10) sabe da falta de proteção no Facebook.Quando vi essa publicação no perfil de uma amiga, mandei um recado e, completei:
Com as mudanças do Face, agora todos ficam sabendo de coisas de gente que nem estão nos nossos contatos, só porque um contato faz um comentário ou “curte” algo de alguém.
Então peço a gentileza de:
(1) Aqui mesmo, logo acima, posicione o mouse sobre a minha foto (sem clicar).
(2) Espere até aparecer uma janel
a e posicione o mouse sobre o ícone “Amigos
…” (também sem clicar), depois
(3) Desça até “Configurações” e aí sim clique. Vai aparecer uma lista:
(4) Clique em “Comentários e opções Curtir” desmarcar esta opção.
Assim minhas atividades ficarão restritas aos meus amigos e familiares, não se tornarão domínio público.
- Toda vez que encontro esse tipo de publicação na página de algum aluno ou ex-aluno, tenho vontade de bater. Esqueceram das minhas aulas?
Vamos por partes. Primeiro, provavelmente quem compartilhou esse conteúdo não viu a reportagem do Fantástico. A matéria mostra o quanto perdemos a privacidade. Mas não é por uma mudança no Facebook. O Facebook não mudou. É o mesmo. Igualzinho. E as configurações de segurança também.
A ausência de cuidados com aquilo que publicamos é que tornam nossos dados públicos, visíveis inclusive para estranhos. E sobre isso não precisávamos assistir a reportagem do Fantástico. Trata-se de um assunto recorrente em blogs, sites e páginas especializadas em redes sociais. Aqui mesmo já publiquei vários textos a respeito do tema.
Segunda questão, não é preciso ser um especialista pra ver o quão imbecil é esta mensagem que circula na rede. Quando a pessoa pede pro outro mudar a configuração de amizade, na verdade, está entregando a sua privacidade nas mãos do “amigo”. É como se você fosse pro quarto namorar e desse a chave pra um colega pedindo: “mantém a porta fechada pra mim?”. Caríssimos, quem tem que fechar somos nós. Não o outro. E é simples demais fazer isso: basta entrar nas configurações – privacidade e segurança – e controlar o que você quer que seja visto no seu perfil. E por quem.
Pelamordedeus!!! Se não sabe configurar o seu Facebook, não sabe controlar sua privacidade na rede, feche a conta. Pelo menos, não vai ficar exposto.
Terceiro ponto. Vamos nos informar direito – antes de compartilhar e antes de usar algo. A gente repete coisas na internet sem saber o que estamos falando. Vamos checar, confirmar, entender primeiro. E não é possível admitir que façamos uso de serviços, estejamos nas redes sociais, sem saber como usá-las e as consequências disso. É um absurdo como algumas pessoas se expõem. Gente que sequer faz parte da lista de amigos tem acesso a fotos de desconhecidos na praia, na piscina, na balada… fotos de lingerie diante do espelho. Para tudo, né?
A pessoa publica o nome de familiares, endereço, os locais para onde viaja, onde almoça… com quem saiu, com quem ficou… Uma loucura! E depois se assusta com a reportagem do Fantástico. Pior, mantém-se ignorante achando que os amigos é que devem reconfigurar seu status. Socorro, viu!?
PS- Ah… aperte o botãozinho do mouse no link e veja a reportagem. Vale a pena.
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Um passeio pela Estrada Atlântica na Noruega
Ao ver este vídeo espetacular me perguntei o quanto deve ter sido difícil construir esta estrada.
Penso nos trabalhadores, nos técnicos, nos engenheiros.
Como conseguiram esta façanha?
E que construção fantástica para suportar as ressacas e a fúria do mar.
Simplesmente show este vídeo!
A estrada é construída em várias pequenas ilhas e recifes. É atravessada por oito pontes e vários viadutos.
Recebi de minha amiga Teresa Santos
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Saiba como evitar receber publicidade das operadoras de celular
Publicado originalmente por UOL TECNOLOGIA
Desde junho, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) iniciou
uma campanha – que terminou no sábado (20) – para que as operadoras
informem os consumidores sobre o direito deles de não receber mais
mensagens de publicidade. No entanto, mesmo quem acabou não recebendo a
notificação, poderá fazer a solicitação para não receber mais
propagandas da operadora via SMS.
O cliente, que se sentir incomodado, deve enviar uma mensagem para um número específico da operadora com a palavra Sair
Após o envio, as operadoras respondem com uma mensagem confirmando a retirada do número de campanhas publicitárias via SMS. “A partir de agora, você não receberá mais mensagens publicitárias desta Prestadora”. A operadora tem de 30 a 60 dias para não enviar mais propagandas para o cliente.
A Anatel exigiu que as operadoras notificassem os consumidores sobre o direito de não receber mais as mensagens de publicidade em 20 de junho. O prazo inicial para o término da campanha era 20 de setembro, no entanto, o órgão decidiu prorrogar para outubro.
Apesar da campanha da Anatel, o usuário poderá escolher quando quiser se deseja receber mensagens da operadora ou não. Caso ele queira voltar (a vantagem de receber propagandas é ter acesso às ofertas da operadora), é necessário ligar para a central de atendimento da operadora e solicitar.
Além de ter que enviar o SMS com a opção de não receber mensagens publicitárias, as empresas de telefonia devem manter um espaço visível nos sites oficiais para os usuários cancelarem o envio de mensagens publicitárias. Os novos contratos de telefonia também devem ter a opção de recusa das mensagens publicitárias.
Operadora | Nº para envio de mensagem de texto | ||
Claro | 888 | ||
Tim | 4112 | ||
Oi | 55555 | ||
Vivo | 457 |
Após o envio, as operadoras respondem com uma mensagem confirmando a retirada do número de campanhas publicitárias via SMS. “A partir de agora, você não receberá mais mensagens publicitárias desta Prestadora”. A operadora tem de 30 a 60 dias para não enviar mais propagandas para o cliente.
A Anatel exigiu que as operadoras notificassem os consumidores sobre o direito de não receber mais as mensagens de publicidade em 20 de junho. O prazo inicial para o término da campanha era 20 de setembro, no entanto, o órgão decidiu prorrogar para outubro.
Apesar da campanha da Anatel, o usuário poderá escolher quando quiser se deseja receber mensagens da operadora ou não. Caso ele queira voltar (a vantagem de receber propagandas é ter acesso às ofertas da operadora), é necessário ligar para a central de atendimento da operadora e solicitar.
Medida visa corrigir cláusula contratual
De acordo com a agência, a campanha visa corrigir uma cláusula contratual que obrigava todos os usuários de telefone celular a receber os SMS promocionais das operadoras. Em tese, os usuários deveriam ter a opção de não receber mensagens com teor publicitário.Além de ter que enviar o SMS com a opção de não receber mensagens publicitárias, as empresas de telefonia devem manter um espaço visível nos sites oficiais para os usuários cancelarem o envio de mensagens publicitárias. Os novos contratos de telefonia também devem ter a opção de recusa das mensagens publicitárias.
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TECNOLOGIA
domingo, 21 de outubro de 2012
Cartas do meu tempo - Irrelevâncias
Não me cabe descrever coisas que sente uma mulher em relação a seus
filhos, ao futuro deles ; em relação a seus companheiros, ao presente da
relação que mantêm com eles. A mim cabe apenas escrever, entre um dia e
outro, o que vejo e sinto. Mas meu sentir, por tantos motivos, nem é
relevante. Sou apenas uma pessoa que se escreve e se repete em seu tempo
e nas marcas que encontra e vai deixando, como pegadas: algumas
profundas, outras nem tanto.
As relações humanas têm um grau de simplicidade tamanha que coube a todos nós concebermos a necessidade de complicá-las, talvez para que tivessem um valor acima do que nos era demonstrado ou imposto. Talvez porque ao longo do tempo ter filhos era apenas uma missão, um ofício que, por mais que sagrado, representava muito mais uma obrigação que era medida pela quantidade e, principalmente, pelo sexo dos bebês. É. Os bebês, que chegavam para multiplicar a raça humana e nossos sonhos de eternidade.
Tanta areia passou pelas ampulhetas todas. Tantas mulheres tiveram tantos filhos e filhas e muitas os perderam e se consumiram por isso ou foram consumidas pelo fogo de suas perdas e até pela volúpia de alguns ganhos pessoais, que acabou restando para o hoje um conjunto de complicações – há culpas e tristezas, há mazelas e intensidades desmentidas; há negações e cada mulher sabe o quanto lhe é negado para ser
conquistado depois, à custa de uma série longa e muitas vezes enfadonha de renúncias.
A mim, não me cabe falar de tanto mais do que me foge ao sentir além do que somos - nós, as mulheres que formam um grupo imenso que nasceu para ser ímpar. Talvez porque sejamos remanescentes das que, um dia, disseram não à obrigação de se ajustarem a um modelo adaptável aos olhos de um mundo perfeito.
Não. A mim não cabe julgar isso.
São irrelevâncias de uma mulher que ainda se cobra nuances por ser mãe de outra mulher e viver entre a amizade e a maternidade na constância dos dias que se deseja fazer melhores para ambas.
Entretanto, há um sentido em tudo isso. É preciso apreciar homens e mulheres que não façam parte de um protótipo, e um padrão imposto – há pessoas que não se vendem a modismos, mas que sabem jorrar as águas do bem-querer e, principalmente, do momento crucial que estamos começando a viver: o da separação [ e me perdoem a alusão a uma expressão bíblica] entre o joio e o trigo.
Aglaé Gil, de Curitiba – com formação em revisão e produção de textos; pesquisadora de História e Literatura; aprendiz de viver; poeta;mãe; cidadã. [não necessariamente nessa ordem]
As relações humanas têm um grau de simplicidade tamanha que coube a todos nós concebermos a necessidade de complicá-las, talvez para que tivessem um valor acima do que nos era demonstrado ou imposto. Talvez porque ao longo do tempo ter filhos era apenas uma missão, um ofício que, por mais que sagrado, representava muito mais uma obrigação que era medida pela quantidade e, principalmente, pelo sexo dos bebês. É. Os bebês, que chegavam para multiplicar a raça humana e nossos sonhos de eternidade.
Tanta areia passou pelas ampulhetas todas. Tantas mulheres tiveram tantos filhos e filhas e muitas os perderam e se consumiram por isso ou foram consumidas pelo fogo de suas perdas e até pela volúpia de alguns ganhos pessoais, que acabou restando para o hoje um conjunto de complicações – há culpas e tristezas, há mazelas e intensidades desmentidas; há negações e cada mulher sabe o quanto lhe é negado para ser
conquistado depois, à custa de uma série longa e muitas vezes enfadonha de renúncias.
A mim, não me cabe falar de tanto mais do que me foge ao sentir além do que somos - nós, as mulheres que formam um grupo imenso que nasceu para ser ímpar. Talvez porque sejamos remanescentes das que, um dia, disseram não à obrigação de se ajustarem a um modelo adaptável aos olhos de um mundo perfeito.
Não. A mim não cabe julgar isso.
São irrelevâncias de uma mulher que ainda se cobra nuances por ser mãe de outra mulher e viver entre a amizade e a maternidade na constância dos dias que se deseja fazer melhores para ambas.
Entretanto, há um sentido em tudo isso. É preciso apreciar homens e mulheres que não façam parte de um protótipo, e um padrão imposto – há pessoas que não se vendem a modismos, mas que sabem jorrar as águas do bem-querer e, principalmente, do momento crucial que estamos começando a viver: o da separação [ e me perdoem a alusão a uma expressão bíblica] entre o joio e o trigo.
Aglaé Gil, de Curitiba – com formação em revisão e produção de textos; pesquisadora de História e Literatura; aprendiz de viver; poeta;mãe; cidadã. [não necessariamente nessa ordem]
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Aglaé
Conheça aplicativos para localizar dispositivos móveis
Publicado por G1
Ferramentas localizam celulares, tablets e notebooks perdidos ou roubados.Veja aplicativos para Android, iOS, Blackberry e Windows Phone.
Em caso de perda ou roubo, as informações contidas em um dispositivo móvel podem até ser mais valiosas do que o próprio aparelho. Nos Estados Unidos, por exemplo, o roubo de produtos da Apple disparou em Nova York e afetou os números do crime.
Caso não seja possível localizar e reaver o aparelho perdido é
importante evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso a seu
conteúdo. Com o uso de aplicativos é possível tentar rastrear os
dispositivos. Foi o que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, onde o
ladrão de um celular foi localizado pela polícia ao se exibir em fotos. No aparelho estava instalado um aplicativo que enviava as imagens para o computador do dono.
Conheça aplicativos para os sistemas Android, iOS e Windows Phone que permitem rastrear os aparelhos perdidos:
Disponível para: Android, iOS, PC e Mac (acesse aqui).
Preço: gratuito
Disponível para: iOS (acesse aqui)
Preço: gratuito
Ferramentas localizam celulares, tablets e notebooks perdidos ou roubados.Veja aplicativos para Android, iOS, Blackberry e Windows Phone.
Site do Prey Project reúne histórias e agradecimentos
sobre dispositivos recuperados
Smartphones e tablets, para muitos, são ferramentas indispensáveis,
seja para o trabalho, seja para entretenimento. Repletos de
funcionalidades, estes dispositivos acabam servindo como um meio de
armazenamento de informações e gerenciamento de contatos críticos para
seus usuários.sobre dispositivos recuperados
Em caso de perda ou roubo, as informações contidas em um dispositivo móvel podem até ser mais valiosas do que o próprio aparelho. Nos Estados Unidos, por exemplo, o roubo de produtos da Apple disparou em Nova York e afetou os números do crime.
Conheça aplicativos para os sistemas Android, iOS e Windows Phone que permitem rastrear os aparelhos perdidos:
Aplicativo Prey Project
Permite rastrear dispositivos móveis e computadores pessoais e acessar a
localização no próprio site do desenvolvedor, em uma página protegida
com senha. No site do desenvolvedor (veja aqui), pessoas que conseguiram resgatar seus aparelhos registram agradecimentos.Disponível para: Android, iOS, PC e Mac (acesse aqui).
Preço: gratuito
Aplicativo localiza dispositivos móveis e computadores
Buscar meu iPhone – É o recurso presente em
dispositivos móveis e computadores da Apple que permite obter a
localização, reproduzir um som, exibir uma mensagem, bloquear
remotamente seu dispositivo ou apagar todos os dados contidos nele.Disponível para: iOS (acesse aqui)
Preço: gratuito
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Clarice Lispector - a última entrevista
Clarice Lispector, desenho de Ceschiatti, Paris, Jan. 1947. |
Júlio Lerner
De minha
sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer cerca de 150 metros. Estou
tão aturdido com a possibilidade de entrevistá-la que mal consigo me organizar
naquela curta caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”... Ou quem
sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração Selvagem”... Vou recordando o
que Clarice escreveu. Será que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um
estúdio para entrevistá-la. São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas
meia hora. Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos antes
terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes mesmo de vê-la a pressão
do tempo começa a me massacrar. Não terei condições de preparar nada antes, nem
mesmo conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um clima adequado
para a entrevista. Eu odeio a TV brasileira! Só meia hora para ouvir Clarice. O
pessoal da técnica foi novamente generoso e se empenhou para conseguir essa
brecha. Olho o relógio, não consigo me organizar, estou correndo, olho
novamente o relógio. Estou desconcertado, atinjo o saguão dos estúdios e a vejo
ali, dez metros adiante, Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do
vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos e de técnicos que
falam alto, no meio de um grande alvoroço.
Paro
diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo
olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante. Ela é
frágil, ela é tímida, e eu não tenho condições para explicar que o problema do
tempo elevou meus níveis de ansiedade. Clarice me apresenta Olga Borelli,
entramos e a conduzo ao centro do pequeno estúdio. Peço para que ela sente numa
poltrona de couro de tonalidade café-com-leite. Clarice segura apenas um maço
de Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, os refletores
malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar de Clarice me interroga, só
disponho de uma única câmera, o olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa
lateral escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica encolhida e
calada, o calor está ficando insuportável e o ar-condicionado não está
ajustado, são apenas quatro e vinte, Clarice tenta me dizer alguma coisa mas
não falo com ela, preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito da
fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no estúdio uns 50 ou 60
graus, maldita TV, bendita TV do terceiro mundo que me possibilita estar agora
frente a frente com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar me
pede para que a tranqüilize.
“OK,
Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos alto-falantes. Peço a toda
equipe para sair, cabo man, iluminador, assistente de estúdio, agradeço.
Clarice percebe que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço
silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”.
Não
conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos. Estou completamente
desconcertado, fico um minuto em silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio,
não sei o que dizer. Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida. Sou o
senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave desta prisão. Ninguém
pode entrar ou sair sem meu expresso consentimento. Todos devem se submeter à
minha autoritária vontade.
Clarice Lispector, por Ramon Muniz |
Acho que
ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: “Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso
aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-se um ser diabólico
autodenominado “repórter” e que quer possuir sua intimidade. Seu corpo exprime
receios, ela me afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se
descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá se levantar e
partir.
Clarice Lispector, de onde veio esse
Lispector?
É um
nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia Lispector na
Ucrânia. Ele disse que há gerações e gerações anteriores. Eu suponho que o nome
foi rolando, rolando, rolando, perdendo algumas sílabas e foi formando outra
coisa que parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome que quando escrevi meu
primeiro livro, Sérgio Milliet (eu era completamente desconhecida, é claro) diz
assim: “Essa escritora de nome desagradável, certamente um pseudônimo...”. Não
era, era meu nome mesmo.
Você chegou a conhecer o Sérgio
Milliet pessoalmente?
Nunca.
Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me casei com
um diplomata brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que escreveram
sobre mim.
Clarice, seu pai fazia o que
profissionalmente?
Representações
de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era para coisas do
espírito.
Há alguém na família Lispector que
chegou a escrever alguma coisa?
Eu soube
ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia. Não publicava,
mas escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que escreve romances. E tenho
outra irmã, chamada Tânia Kaufman, que escreve livros técnicos.
Você chegou a ler as coisas que sua
mãe escreveu?
Não, eu
soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua mãe fazia um
diário e escrevia poesias?” Eu fiquei boba...
Nas raras entrevistas que você tem
concedido surge, quase que necessariamente, a pergunta de como você começou a
escrever e quando?
Antes de
sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma
história que não acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a escrever também.
Pequenas histórias.
Quando a jovem, praticamente
adolescente Clarice Lispector, descobre que realmente é a literatura aquele
campo de criação humana que mais a atrai, a jovem Clarice tem algum objetivo
específico ou apenas escrever, sem determinar um tipo de público?
Apenas
escrever.
Você poderia nos dar uma ideia do
que era a produção da adolescente Clarice Lispector?
Caótica.
Intensa. Inteiramente fora da realidade da vida.
Desse período você se lembra do nome
de alguma produção?
Bem,
escrevi várias coisas antes de publicar meu primeiro livro. Eu escrevia para
revistas — contos, jornais. Eu ia com uma timidez enorme, mas uma timidez
ousada. Eu sou tímida e ousada ao mesmo tempo. Chegava lá nas revistas e dizia:
“Eu tenho um conto, você não quer publicar?” Aí me lembro que uma vez foi o
Raimundo Magalhães Jr. que olhou, leu um pedaço, olhou para mim e disse: “Você
copiou isso de quem?” Eu disse: “De ninguém, é meu”. Ele disse: Você traduziu?”
Eu disse: “Não”. Ele disse: “Então eu vou publicar”. Era sim, era meu trabalho.
Você publicava onde?
Ah, não
me lembro... Jornais, revistas.
Clarice, a partir de qual momento
você efetivamente decidiu assumir a carreira de escritora?
Eu nunca
assumi.
Por quê?
Eu não
sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço
questão de continuar sendo amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação
consigo mesmo de escrever. Ou então com o outro, em relação ao outro. Agora eu
faço questão de não ser uma profissional para manter minha liberdade.
A sua produção ocorre com frequência
ou você tem períodos?
Tenho
períodos de produzir intensamente e tenho períodos-hiatos em que a vida fica
intolerável.
E esses hiatos são longos?
Depende.
Podem ser longos e eu vegeto nesse período ou então, para me salvar, me lanço
logo noutra coisa, por exemplo, eu acabei uma novela, estou meio oca, então
estou fazendo histórias para crianças.
Como você explica a Clarice
Lispector voltada para a literatura infantil?
Começou
com meu filho quando ele tinha seis anos, seis ou cinco anos, me ordenando que
escrevesse uma história para ele. E eu escrevi. Depois guardei e nunca mais
liguei. Até que me pediram um livro infantil. Eu disse que não tinha. Eu tinha
inteiramente esquecido daquilo. Era tão pouco literatura para mim, eu não
queria usar isso para publicar. Era para o meu filho. Aí lembrei: "Bom,
tenho, sim”. Então foi publicado. Foram publicados três livros de literatura
infantil e estou fazendo o quarto agora.
É mais difícil você se comunicar com
o adulto ou com a criança?
Quando
me comunico com criança é fácil porque sou muito maternal. Quando me comunico
com o adulto, na verdade, estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma.
O adulto
é triste e solitário.
E a criança?
A
criança tem a fantasia solta.
A partir de que momento, de acordo
com a escritora, o ser humano vai se transformando em triste e solitário?
Ah, isso
é segredo. Desculpe, não vou responder. A qualquer momento da vida, basta um
choque um pouco inesperado e isso acontece. Mas eu não sou solitária. Tenho
muitos amigos. E só estou triste hoje porque estou cansada. No geral sou
alegre.
Normalmente o contato do jovem
estudante com você revela que tipo de preocupação?
Revela
coisas surpreendentes, que eles estão na minha.
O que significa “estar na sua”?
É que eu
penso às vezes que eu estou isolada e quando eu vejo estou tendo
universitários, gente muito jovem, que está completamente ao meu lado e é
gratificante, não é?
Nós ouvimos com frequência que as
novas gerações pouco leem no Brasil. Você confirma isso?
Bem, os
universitários são obrigados a ler porque impõem a eles a obra. Agora não estou
a par dos outros.
De seus trabalhos qual aquele que
você acredita que mais atinja o público jovem?
Depende.
Por exemplo, o meu livro “A Paixão Segundo G.H”, um professor de português do
Pedro II veio até minha casa e disse que leu quatro vezes e ainda não sabe do
que se trata. No dia seguinte uma jovem de 17 anos, universitária, disse que
este é o livro de cabeceira dela. Quer dizer, não dá para entender.
E isso acontece em relação a outros
trabalhos seus?
Também
em relação ao outros trabalhos, ou toca ou não toca. Suponho que não entender
não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Tanto
que o professor de português e literatura, que deveria ser o mais apto a me
entender, não me entendia. E a moça de 17 anos lia e relia o livro, não é? O
que é um alívio.
Antes de
nos encontrarmos aqui no estúdio você me dizia que está começando um novo
trabalho agora, uma novela...
Não, eu
acabei a novela.
Que novela é essa, Clarice?
É a
história de uma moça que só comia cachorro-quente. A história é de uma
inocência pisada, de uma miséria anônima...
O
cenário dessa novela é...
É o Rio
de Janeiro... Mas o personagem é nordestino, é de Alagoas...
Onde você foi buscar a inspiração,
dentro de si mesma?
Eu morei
no Recife, me criei no Nordeste. E depois, no Rio de Janeiro tem uma feira de
nordestinos no Campo de São Cristóvão e uma vez eu fui lá. E peguei o ar meio
perdido do nordestino no Rio de Janeiro. Daí começou a nascer a ideia. Depois
eu fui a uma cartomante e ela disse várias coisas boas que iam acontecer e
imaginei, quando tomei o táxi de volta, que seria muito engraçado se um táxi me
atropelasse e eu morresse depois de ter ouvido todas aquelas coisas boas. Então
a partir daí foi nascendo também a trama da história.
Qual o nome da heroína da novela?
Não
quero dizer. É segredo.
E o nome da novela, você poderia
revelar?
Treze
nomes, treze títulos.
Rilke, em seu livro “Cartas a um
Jovem Poeta”, respondendo a uma das missivas, pergunta a um jovem que pretendia
se tornar escritor: se você não pudesse mais escrever, você morreria? A mesma pergunta eu transfiro a
você.
Eu acho
que, quando não escrevo estou morta.
Esse período?
É muito
duro, esse período entre um trabalho e outro, e ao mesmo tempo é necessário
para haver uma espécie de esvaziamento para poder nascer alguma outra coisa, se
nascer. É tudo tão incerto...
Clarice, mas como é que você
escreve? Existe algum horário específico?
Em geral
de manhã cedo. As minhas horas preferidas são as da manhã.
Você acorda a que horas?
Quatro e
meia, cinco horas. Fico fumando, tomando café, sozinha sem nenhuma
interferência. Quando estou escrevendo alguma coisa eu anoto a qualquer hora do
dia ou da noite, coisas que me vêm. O que se chama inspiração, não é? Agora
quando estou no ato de concatenar as inspirações, aí sou obrigada a trabalhar
diariamente.
Você se considera uma escritora popular?
Não.
Por qual razão?
Me
chamam de hermética. Como é que eu posso ser popular sendo hermética?
E como você vê esta observação
"hermética"?
Eu me
compreendo. De modo que não sou hermética para mim. Bom, tem um conto meu que
não compreendo muito bem...
Que conto?
“O ovo e
a galinha”.
Entre seus diversos trabalhos existe
um filho predileto. Qual aquele que você vê com maior carinho até hoje?
“O ovo e
a galinha”, que é um mistério para mim. Uma coisa que eu escrevi sobre um
bandido, um criminoso chamado Mineirinho, que morreu com três balas quando uma
só bastava. E que era devoto de São Jorge e que tinha uma namorada.
Sobre esse seu trabalho em torno de
Mineirinho, qual o enfoque você deu?
Eu não
me lembro muito bem, já faz bastante tempo. Há qualquer coisa assim como “o
primeiro tiro me espanta, o segundo tiro não sei o que, o terceiro tiro...” Eu
me transformei no Mineirinho, massacrado pela polícia. Qualquer que tivesse
sido o crime dele uma bala bastava, o resto era vontade de matar. Era
prepotência.
Em que
medida o trabalho de Clarice Lispector no caso específico de Mineirinho pode
alterar a ordem das coisas?
Não
altera em nada. Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere
qualquer coisa.
No seu entender, qual é o papel do
escritor brasileiro hoje?
De falar
o menos possível
Eventualmente.
Quais aqueles que você acredita
serem os mais significativos?
Eu
prefiro não citar nomes porque eu vou esquecer alguns e vai ofender, vai ferir.
Assim, eu não cito ninguém.
Você discute muito com a Clarice
Lispector escritora?
Não. Eu
me deixo ser...
E convivem em paz?
Ás vezes
não em paz, mas...
Normalmente, que tipo de problema a
Clarice Lispector escritora traz a você?
Às vezes
o fato de me considerar escritora me isola.
Por qual razão?
Me põe
um rótulo.
E você acredita que as pessoas olham
para você através desse rótulo?
Às vezes
através desse rótulo. Tudo o que eu digo, a maior bobagem, é considerada como
uma coisa linda ou uma coisa boba. É por isso que não ligo muito para essa
coisa de ser escritora e dar entrevistas e tudo.
Você acredita que uma pessoa vá a
uma livraria comprar especificamente um livro de Clarice Lispector?
Parece
que isso acontece. Eu sei porque às vezes me telefonam e me perguntam em que
livraria encontram meu livro. Então eu sei que tem pessoas que vão procurar
exatamente o meu livro. É que no fundo eu escrevo muito simples, sabe?
Será que as coisas simples hoje são
recebidas de maneira complicada?
Talvez,
talvez... Eu escrevo simples. Eu não enfeito.
Na sua formação como escritora quais
aqueles autores que você sente que realmente lhe influenciaram, que marcaram?
Eu não
sei realmente porque misturei tudo. Eu lia romance para mocinhas, livro
cor-de-rosa, misturado com Dostoiévski. Eu escolhia os livros pelos títulos e
não pelos autores. Misturei tudo. Fui ler, aos treze anos, Hermann Hesse, [o
romance] “O Lobo da Estepe”, e foi um choque. Aí comecei a escrever um conto
que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora.
Isso ainda acontece de você produzir
alguma coisa e rasgar?
Eu deixo
de lado... Não, eu rasgo sim.
É produto de reflexão ou de uma
emoção?
Raiva,
um pouco de raiva.
De quem?
De mim
mesma.
Por que, Clarice?
Sei lá,
estou meio cansada.
Do quê?
De mim
mesma.
Mas você não renasce e se renova a
cada trabalho novo?
Bom,
agora eu morri. Mas vamos ver se eu renasço de novo. Por enquanto eu estou
morta. Estou falando do meu túmulo.
Entrevista concedida
ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de fevereiro de 1977, para o programa
“Panorama”, da TV Cultura, de São Paulo.
Fonte: Jornal Opção - Clássicos Literários.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
COISA DE JAPONÊS - PROPAGANDA DE CELULAR
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Leopardo se camufla e surpreende impala
A lei dos mais fortes e mais espertos na savana africana. Um leopardo foi flagrado se camuflando na vegetação para surpreender um grupo de impalas que passava pelo local, na reserva de MalaMala (África do Sul). E deu certo. As imagens foram feitas durante safári por Martha van Rensburg.
Via Page Not Found
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
Admire o espetáculo de 14 violões tocados por um exército Arduino
A “arte sonora” às vezes não traz o melhor da música, mas esta elegante instalação do artista Ruben Dhers é gloriosamente cativante. Em Playa, 14 violões deitados sob um emaranhado de fios são dedilhados por uma orquestra de 31 motores de corrente contínua revestidos com tecido. A orquestra é regida por um processador Arduino. A iluminação dramática torna o conjunto de madeira e arame algo bonito de se ver, mas o som do conjunto mecânico, como você pode ouvir no vídeo abaixo, é o que é realmente impressiona.
Publicado por Gizmodo
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domingo, 7 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
O ANJO DE HAMBURGO - Uma certa Aracy
da real fraternidade, do amor imensurável;
alguém me disse: " precisas conhecer sobre "
ARACY MOEBIUS DE CARVALHO
ou então, de
ARACY DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA.
Paranaense, nascida em Rio Negro,
se mudou para a Alemanha;
foi morar com uma tia,
logo após sua separação conjugal.
Inteligentíssima e dominadora
do Alemão e do Francês,
conseguiu logo, logo,
sua nomeação para o Consulado
brasileiro em Hamburgo, Alemanhã.
A partir de sua dedicação, amor
e desprendimento, no trabalho,
ficou sendo encarregada,
da seção de Vistos, isto no ano de 1938.
No Brasil, nesta época
entrava em vigor a celebre
Circular 1.127, que proibia a
entrada de Judeus no Brasil.
Neste momento de aflição,
revela-se o coração humanitário
de Aracy.
Descartou por conta própria,
tomando os cuidados necessários
para ignorar a tal circular e,
a revelia do Itamaraty,
fazia os processos de Vistos
dos Judeus normalmente.
Como trabalhava com o Cônsul Geral,
ela colocava os Vistos dos Judeus,
entre a papelada para as assinaturas.
Nesta aventura real e verdadeira,
quantas vidas esta mulher
deve ter salvo, e, quantos
descendentes de Judeus andarão
pelo nosso país, e sem saberem
que devem suas vidas a essa mulher,
que é brasileira, e que seu país, a ignora.
E o interessante, que o Cônsul Adjunto
à época, veio a ser o seu marido.
Que é o escritor, João Guimarães Rosa,
ele não era o responsável pelos Vistos,
mas sabia o que ela fazia, mas ignorava o fato.
Conheceram-se em Hamburgo
as vesperas da Segunda Guerra.
Em Jerusalém, Israel,
no Museu do Holocausto
Há uma placa em homenagem
a essa maravilhosa mulher brasileira.
Fica no Bosque que tem o nome de
" JARDIM DOS JUSTOS ENTRE AS NAÇÕES ".
Esta este nome, entre os 18 Diplomatas
que ajudaram a salvar Judeus,
durante a Segunda Guerra Mundial.
ARACY DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA
é a única mulher entre eles.
Seu denodo, sua coragem
não param por ai.
Em 1985, sua última viagem ao exterior.
Em Jerusalém, em Keren Kayenet
foi homenageada com o seu nome
dado a um Bosque, que ela mesma
inaugurou com um discurso.
Em Washington, também, mais uma homenagem
no Museu do Holocausto, e no Brasil...
Nada... Nada...
Dona Aracy, salvou Judeus na Alemanha,
enfrentou leis anti-semitas do estado novo,
e ainda, recentemente, escondeu
perseguidos políticos, como intelectuais,
compositores, cantores e artistas,
e, entre eles, Geraldo Vandré durante
a ditadura militar.
Enfrentou e passou por cima
de nada menos, que três regimes
autoritários, conhecidos por suas
violências inclementes.
Aracy, enviuvou em 1967
e jamais voltou a se casar.
Recusou-se a viver da glória
de ter sido a mulher de um dos
maiores escritores de todos os tempos.
A notícia que sei, li e me causou espanto,
por esta mulher, é de 2008, quando faria
100 anos de vida, e, pouco se conheciam,
se recordava desse passado maravilhoso,
cheio de coragem, aventura, determinação,
romance, literatura e solidariedade.
Sua história, merece que vocês conheçam,
por isto, escrevo o que escrevo,
do pouco que soube desta brasileira querida,
amante, carinhosa, trabalhadora,
orgulho desta nação - que esquece -
os seus filhos baluartes de amor,
de paixão, de trabalho sério e honrado.
Esta vida, sim !
Era para ser ensinada nas escolas,
pois nossas crianças precisam conhecerem
a vida de quem deu a vida,
em troca de amor, pela vida fraterna.
Aracy, desafiou o nazismo, o estado novo
de Getúlio Vargas e a ditadura militar
dos anos 60.
Esta é a verdadeira cidadã do mundo,
e é BRASILEIRA,
e por triste realidade, o Brasil
não conhece tamanha
pessoa e personalidade.
Para concluir, quem sou eu para escrever
sobre este ser tão facinante, entretanto,
quando leio algumas coisas desta vida,
desta mulher corajosa, moderna, humanista.
Uma mulher que deveria ter seu nome como
" HEROINA ".
E para a tristeza do meu coração,
quando é lembrada, é apenas citada
como a esposa do grande escritor
Guimarães Rosa.
Ainda é tempo de se fazer justiça.
Lembrem:
ARACY MOEBIUS DE CARVALHO
ou então:
ARACY DE CARVALHO GUIMARÃES ROSA,
o meu carinho, a minha benção...
A segunda mulher do escritor João Guimarães Rosa, Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, morreu nesta quinta-feira. Ela tinha 102 anos e sofria do Mal de Alzheimer. Dona Aracy prestou serviços ao Itamaraty, ao trabalhar no Consulado Brasileiro em Hamburgo, e é conhecida por ter ajudado muitos judeus, que fugiam do Holocausto, a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. Ela tem o nome escrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel e também é homenageada no Museu do Holocausto de Washington (EUA).
ReproduçãoAracy ao lado do escritor Guimarães Rosa"Sem dúvida nenhuma ela foi um exemplo de vida para todos nós, uma mulher lutadora, que nos ensinou muito com sua história de vida", afirmou o neto Eduardo Carvalho Tess Filho. Aracy teve um único filho, fruto do primeiro casamento dela. Quando ela conheceu Rosa, na Alemanha, era desquitada.
"Ficamos em Hamburgo até 1942, quando o Brasil rompeu relações com a Alemanha, por causa da guerra. Estivemos internados em 'Baden Baden', lembra, contou Dona Aracy, com os olhos molhados, em entrevista ao Jornal da Tarde, em 1968.
Rosa quando foi para a Alemanha, deixou mulher e duas filhas no Brasil. Conheceu Aracy e se apaixonaram. Quando voltaram juntos ao Brasil, em 1942, Rosa e Aracy casaram-se por procuração, no México, já que ainda não era permitido o divórcio aqui. Eles ficaram juntos até a morte dele em 1967. Durante os quase 30 anos de romance, o escritor publicou toda a sua obra. O livro Grande Sertão: Veredas foi dedicado a Aracy, que detém os direitos integrais da obra.
Veja também:
Uma história de amor
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro José Gregori compareceram ao velório, no Hospital Albert Einstein. Aracy já foi cremada no Crematório Horto da Paz. Dona Aracy ia completar 103 anos no dia 20 de abril.
Velhas amigas
Segundo informações de uma representante da família, Dona Aracy ficou muito próxima de uma das famílias que ajudou a resgatar da Alemanha. Quando voltaram ao Brasil ela e Maria Margareth Bertel Levy, ou Dona Margarida - como era conhecida, se tornaram quase inseparáveis. A amiga alemã ficou viúva cedo e acabou sendo 'adotada' pelos Tess. "Quando uma ficava doente, a outra também ficava. Parecia que eles sentiam as mesmas coisas. Em 2003 as duas caíram, uma em casa, outra na rua, e acabaram ficando de cama até hoje", afirmou a fonte.
Dona Margarida faleceu no último dia 21 de falência múltipla dos órgãos e, três dias após o ocorrido, Dona Aracy começou a passar mal e foi internada novamente. De acordo com a representante da família, é evidente que ela não tinha conhecimento do falecimento da amiga, mas é curioso como elas passaram por muitos problemas semelhantes em períodos próximos.
Fonte: Carla Sasso Laki e Débora Nogueira, do estadao
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Operário aprende a tocar piano sozinho no Espírito Santo
Jornal Hoje e G1
Mãos que fazem cimento e quebram paredes em uma obra no centro de Vitória se transformam diante das teclas.
Mário Bonella Vitória, ES
A hora do almoço em um canteiro de obras em Vitória é momento de música. Um operário troca a enxada pelo piano, e as mãos que fazem cimento e quebram paredes em uma obra no centro da capital capixaba se transformam diante das teclas. O barulho do trabalho pesado não impedia que uma harmonia diferente invadisse o canteiro de obra. "O som parecia de piano, não sabia se era rádio ou alguém tocando. Era um som muito agradável", afirma o ajudante de pedreiro Rony Chagas. O som vinha do segundo andar, onde havia aulas de piano. Para Rony, que trabalhava no andar de baixo, na garagem, a melodia despertou um desejo. “Estava doido para tocar, mas tinha vergonha de pedir. Sabia um pouquinho”, afirma o operário. Logo a dona da casa ficou sabendo. Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook. "Um trabalhador me abordou dizendo que o Rony tocava, então falei para irmos lá em cima", afirma Alba Aguiar. Quando Rony entrou na sala e viu o instrumento, ficou muito nervoso e sua mão tremia. Aos 19 anos, era a primeira a vez na vida que chegava perto de um piano. A cada música tocada, era maior o encantamento e a surpresa. Rony nunca fez aula, nunca teve um professor de piano. Não sabe nem os nomes da maioria dos compositores e das músicas que toca. Conta que aprendeu sozinho, praticando em casa em um teclado velho que pertencia ao irmão, e, principalmente observando outros pianistas. Agora, todo dia, na hora do almoço, Rony larga a enxada e vai para o piano. Descalço, de capacete. É como se o pianista fosse mais um da platéia, que é, no caso, a turma da obra, que se ajeita ali no sofá para ver e ouvir. Como não lê partituras, tirava as músicas de ouvido. Isso até o mês passado, quando a prática do pedreiro pianista ganhou ajuda profissional. Uma apresentação na obra foi gravada e entregue na faculdade de música. A professora gostou, convidou e Rony começou a fazer aulas de piano. "Com poucas explicações, já está lendo as frases dos ritmos com muita rapidez. Significa um potencial imenso e realmente raro", diz a professora Raquel Morais. Rony vai para as aulas depois do trabalho. Na obra e no piano, vai tocando a vida.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Programa Medicina do Sono
Via Beth Guimarães
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
Perigo, gaviões
Descobri admirado que onde moro, o rei dos animais é o gavião; sim, essa belíssima ave de rapina, prima irmã das águias altaneiras.
Você imagina que semana passada, ao descongelar vários pacotes de pescoço de peru, iguaria que serviria entre outros tira-gostos a um bando de amigos após a peladinha de domingo, resolvi por causa do volume maior mergulhar esses pacotes numa bacia com água, sobre uma mesa ao Sol num recanto da cobertura.
Pois bem, eis que entretido com outros afazeres na parte de baixo do apartamento, custei a me dar conta do barulho insistentes que vinha lá de cima.
Finalmente ao subir deparei com uma cena inusitada, surpreendente mesmo.
Um casal de gaviões tentava com afinco carregar os pacotes ainda congelados, espalhados em desordem pelo piso, alguns já bicados freneticamente pelo par audacioso, que chegou a me enfrentar quando os espantei, tentando recuperar o que me era de direito.
Acompanhei-os no seu voo majestoso até uma antena de celular, distante uns 300 metros, onde construíram o seu ninho, como "sem bosque" que são na atualidade.
De lá ficaram me espiando, grasnando roucos, claramente de forma inamistosa.
O certo é que de lá pra cá não tive mais paz. Não é que as referidas aves deram pra bicar minhas vidraças, promovendo um barulho terrível, batendo-se inclusive com as garras numa luta renhida pra entrar?
- Não é isso não, explicou-me um amigo. Eles simplesmente estão se vendo
no reflexo formado pelos vidros das saletas e varandas da cobertura, lutando contra inimigos imaginários, guardiões dos pacotes das belas guloseimas que descobriram recentemente ao acaso.
Fui obrigado então a colar papelões em todos os vidros que ficam a rés do chão, na esperança de resolver o problema.
Volta e meia, porém ainda os vejo caminhando pelo parapeito em direção aos vidros mais altos, desafiadoramente.
Agora minha empregada de repente chega agitada, me trazendo outra notícia, até cômica por sinal. Não, não são as aves, disse-me ela, são os vizinhos do 4º andar, casais maravilhosos, que se recebiam mutuamente em animadas festinhas até altas horas, jovens maridos que juntos batiam uma bolinha às terças, esposas saradas que se divertiam às quintas na quadra de peteca, que foram surpreendidos aos tapas, na maior baixaria, pois descobriram-se corneados reciprocamente pelos parceiros.
Tá um falatório danado no condomínio...
É, meu amigo, decididamente onde moro, o reinado é dos gaviões.
Decidi então que tenho de me cuidar duplamente, agora por terra também.
Alertei inclusive com carinho a minha mulher sobre o ocorrido, preocupado, pois os gaviões, estão audaciosos, à solta no prédio!
Nilson Ribeiro, poeta ao acaso desde menino, fluminense de 57 anos, dos quais 42 de labuta, lidando com gente de todo quilate, fiz disso inspiração diária pra aguentar os trancos da vida.
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ORACY
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