O que me espanta e incomoda? O gosto metálico do tédio espalhado assim, em minha língua, como se eu lambesse toda a rotina mal-amada do mundo.
Mas, o que me entedia ainda mais é a teimosia tirana dos que não enxergam - só porque não querem - uma linha inteira findando e o tempo dela agonizando, enquanto estremece tudo, ao redor.
Engulo e a saliva me fere a garganta.
Experimento o medo de quem espera e não alcança e...
compreendo a dor da face oculta de qualquer lua anciã.
2 comentários:
Adoro este modo de escrever com a alma na ponta do dedos!
Muito bom Aglaé!!!
Caro Ernesto, descreveu tão bem como a gente escreve. A alma vai junto, ali, a cada letra, a cada traço. Um abraço e obrigada. Aglaé
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