quinta-feira, 31 de maio de 2012
Beso a Beso - Paloma San Basílio - Legendado em português
Paloma San Basílio, cantora espanhola, excelente voz, um ícone da Espanha. Nesta música, ela aborda o conflito entre manter um casamento que entrou na rotina e perdeu a paixão ou viver um novo amor. O final fica a cargo de cada um ! Legendado em português
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O farol da vida
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vida
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Lista dos banheiros mais esquisitos do mundo
Seria uma fonte de 'água mineral'? Seria reciclagem de xixi?
Vai que aparece aquela vontade de obrar durante a novela!
Tudo se transforma...
Ao ar livre, mas com medo de ser atingido pelo número 2 dos pombos!
Assento para sadomasôs
Alguém me explica a utilidade da cadeira?
Nojo de se sentar? Tem solução!
Para não perder tempo no trabalho quando pintar aquele piriri!
Para não perder o ritmo do xixi
Xiiii... Espero que os religiosos não se importem!
Para quem quer ter experiência "urinária" a dois
Onde você entraria?
Xiiiii... Sacrilégio!
Como deve ser um banheiro químico VIP?
Ah,
obrigado por avisar! Mas sabe que tem utilidade? Deve ter muito bebum
achando que é bebedouro... Se ela ainda conseguir ler, pode se safar!
Banheiro da NBA?
Xixi informativo
Acredite, é um banheiro. E pode fazer o 2 à vontade...
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ORACY
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CURIOSIDADE
"Baby boomers" - Ruy Castro
De repente, o mundo descobriu que a geração
"baby boom" está em idade de se aposentar. Os "baby boomers", você sabe,
foram as crianças nascidas logo a seguir à Segunda Guerra, quando
milhões de soldados voltaram para seus países e começaram a casar e a
procriar em massa. Os que tinham ficado em casa, de ouvido na BBC,
fizeram o mesmo, talvez por uma sensação de alívio diante do apocalipse
que não aconteceu, mas poderia ter acontecido -e, então, mais do que
nunca, pela súbita existência da bomba atômica.
Curioso é que, em vez de partir para a esbórnia em face do possível fim do mundo, os jovens do pós-Guerra adotaram a singela atitude de casar e "constituir família". Pode ser que, depois de anos em trincheiras, reais ou metafóricas, o lar lhes parecesse um casulo protetor. Daí tantos casamentos e, em meses, milhões de novos cidadãozinhos no mundo. Um deles, eu -porque, nascido em 1948, sou um legítimo "baby boomer".
Bem, passaram-se décadas e os "baby boomers" já podem ser avaliados. Em vários departamentos, não fizemos feio. Ativos desde os anos 60, implantamos o sexo sem culpa, a consciência ecológica, os direitos das mulheres, das minorias e dos animais, revolucionamos a tecnologia, avançamos espetacularmente a medicina e as comunicações etc.
Em compensação, tornamos as cidades impraticáveis, disseminamos as drogas, destruímos o cinema e a música popular, triplicamos a pobreza, intoxicamos o planeta com publicidade, carros e agrotóxicos, compramos e vendemos armas, políticos e tudo que pudesse ser negociado -enfim, vamos deixar também uma bela lambança.
E pensar que nossos pais, quando nos conceberam, só queriam um pouco de sossego, "Seleções", Ovomaltine, discos de Tito Schipa, uma cama quente, pijama e, para eles, sim, uma merecida aposentadoria.
Curioso é que, em vez de partir para a esbórnia em face do possível fim do mundo, os jovens do pós-Guerra adotaram a singela atitude de casar e "constituir família". Pode ser que, depois de anos em trincheiras, reais ou metafóricas, o lar lhes parecesse um casulo protetor. Daí tantos casamentos e, em meses, milhões de novos cidadãozinhos no mundo. Um deles, eu -porque, nascido em 1948, sou um legítimo "baby boomer".
Bem, passaram-se décadas e os "baby boomers" já podem ser avaliados. Em vários departamentos, não fizemos feio. Ativos desde os anos 60, implantamos o sexo sem culpa, a consciência ecológica, os direitos das mulheres, das minorias e dos animais, revolucionamos a tecnologia, avançamos espetacularmente a medicina e as comunicações etc.
Em compensação, tornamos as cidades impraticáveis, disseminamos as drogas, destruímos o cinema e a música popular, triplicamos a pobreza, intoxicamos o planeta com publicidade, carros e agrotóxicos, compramos e vendemos armas, políticos e tudo que pudesse ser negociado -enfim, vamos deixar também uma bela lambança.
E pensar que nossos pais, quando nos conceberam, só queriam um pouco de sossego, "Seleções", Ovomaltine, discos de Tito Schipa, uma cama quente, pijama e, para eles, sim, uma merecida aposentadoria.
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TEXTOS
terça-feira, 29 de maio de 2012
A família - Nadia Foes
Pela estrada afora eu vou
bem sozinha levar estes doces para a vovozinha, ela mora longe e o caminho é
deserto e o Lobo Mau passeia aqui por perto.
São as meninas brincando de roda que ela está recostada, cansada. Vovó,
vovó, vovó!!! Ela levanta-se de um salto para atender o chamado das netinhas.
Linda, meio ruivinha, de olhos claros e pele clarinha. Ao todo são quatro
meninas brincando de roda. A netinha, loirinha de olhos escuros e cabelos
cacheados, também está lá, mas quem faz a bagunça é a ruivinha. Da janela ela
acena e grita: saiam do sol, já para sombra! E ela volta para o seu descanso
sorrindo: são suas netas, sangue do seu sangue, que alegria! Vieram para
perpetuar a sua família! E pensa: como será que as duas amiguinhas moreninhas
de cabelos escorridos, um dia, não muito distante, vão encarar os fatos de que
os familiares? Ou melhor a tragédia! A mãe das meninas moreninhas de cabelos
lisos e escorridos é amiga de infância da filha dela que passou muitas
temporadas de férias na casa de praia da família como convidada da filha. Não
parece, mas já se passaram dez anos, será? A mãe da moça é uma médica muito
conceituada e o pai, um rico comerciante. Uma família muito estimada nos meios
sociais, até acontecer a tragédia familiar. Eram dois irmãos com idades
próximas, estudaram no mesmo colégio religioso. Era o tipo de família exemplar.
Quando o mais velho casou com a moça muito bonitinha, frágil, aparentemente, de
olhos escuros, e tiveram duas meninas, a sogra não viu com bons olhos o casamento
do filho. Logo em seguida casou o caçula em quem ela sempre apostou todas as
fichas. Casou com uma moça de outra cidade e o casal teve dois filhos homens. E
a vida foi seguindo... A família administrava os negócios, mas logo o pai
adoeceu e faleceu, e a velha senhora passou a ocupar o lugar que lhe coube nos
negócios de família e sempre colocando um filho contra o outro. Como gostava de
uma querela! A nora médica não se preocupava muito, pois tinha mais o que
fazer: com duas meninas pequenas, mais a casa, o consultório e as noites de
plantão no hospital, não lhe sobrou tempo sequer para notar o quanto aquela
família, por conta da velha senhora, vinha se esfacelando. E a correria era
grande. Logo as meninas estavam mocinhas e aí, não se sabe porque, o casal se
separou e a ela coube ficar com as adolescentes. Como era uma pessoa ponderada,
tratou de aproximar o pai e a avó paterna nas meninas. Aqui cabe um porem: a
avó que gostava de polemizar e vivia tramando contra a nora, que na separação
não teve partilha de bens, porque não houve uma separação formal, foi só uma
separação verbal. Pois o casal alimentava esperança de se reconciliar e a mãe
das meninas sempre teve uma conduta irrepreensível, até que, uma noite, o pai
das meninas foi visitá-las e, como de costume, ficou para o jantar. Depois do
jantar, os quatro assistiram a um filme e o pai disse que ia para casa pois
estava muito cansado. E nunca mais foi visto. A última pessoa que o viu, quando
ele saiu, foi o zelador do prédio onde a mulher e a filha moravam. Como estavam
separados, a mulher pensou: vai ver que já arranjou alguém... E assim ela ficou
durante uns três anos. Não era separada oficialmente, não era viúva, porque não
tinha corpo e até qualquer prova em contrario, perante a justiça, se não há corpo
o sujeito está vivo. Algum tempo depois a velha senhora decidiu procurar a
justiça pois deu o filho como desaparecido e ela passou a clamar aos quatro
ventos que queria saber o que acontecera com seu amado filho. Procurou todos os
órgãos competentes, pois queria provar que o filho poderia estar morto. Era de
dar muita pena: uma senhora dos seus quase 80 anos a procura do filho
desaparecido. Foi uma comoção geral. E a cidade inteira passou a viver o drama
daquela mãe na sua busca incansável do seu amado filho. O filho mais novo mudou
de cidade e a testa dos negócios ficou o advogado que era o procurador do pai,
que quando ficou doente passou uma procuração, com plenos poderes, para o
advogado gerenciar os negócios familiares. Até que um dia, pois sempre tem um
dia, apareceu na cidade uma pessoa procurando pelo jovem senhor. A mãe ligou
para ele e que se apresentasse o mais rápido possível na cidade pois estava
sendo procurado. A recomendação da velha senhora foi que pegasse o primeiro vôo
e que ela iria mandar o chofer esperá-lo no aeroporto. Chegou a aeronave e ele
não apareceu. A velha senhora ligou para a casa dele e ele não atendeu. Ligou
para um escritório onde ele raramente aparecia, ninguém respondeu e ela, no
auge do desespero, ligou para a nora que atendeu o celular e disse não saber
pois ele mandou que ela mais os filhos ficassem em casa do sogro sem data para
retornar e que, depois, ele iria dar uma explicação para ela. A velha senhora,
exasperada, ligou para uma pessoa conhecida e deu ordens expressas: que, se
preciso fosse, arrobasse a porta da casa do filho pois ela estava com maus
pressentimentos. A porta foi arrombada e o filho foi encontrado enforcado aos
42 anos. Uma carta dava conta que ele não poderia continuar vivo depois da
morte do irmão mais velho e que ele assumia parte da culpa por ter sido fraco e
ambicioso mas que a idéia foi da velha senhora que achou que estava sendo
lograda pelo primogênito e que mandou que ele contratasse uma matador de
aluguel para dar um susto no filho primogênito. Mas o matador de aluguel que
estava no exercício da sua profissão levou a coisa a sério demais e o resultado
foi a morte do irmão. Pois bem: o matador voltou à cidade e foi procurar o
contratante e a velha senhora que temia pela própria integridade física e que
amava muito o vil metal, não teve dúvidas, chamou o seu caçula para resolver a
perenga. E este, por sua vez, como todo fraco que não quer assumir sua
fraqueza, procurar na morte se justificar. O que sabemos é que a médica hoje é
viúva, o corpo não apareceu e que a velha senhora continua firme e forte
jurando que é inocente e que o filho estava era muito doente... O matador
sumiu, ninguém sabe ninguém viu. Como diria Leon Tostoi “todas as famílias
felizes se parecem, as infelizes são infelizes, cada um a sua maneira”. Como
será que as pequenas vão digerir a estória familiar tão macabra, pois quando
chegaram a idade escolar, mais cedo ou mais tarde, vão ter que carregar um
fardo familiar de ter uma bisavó louca varrida, um tio covarde e fraco e um avô
desaparecido. Sem dúvida foi um caso muito sério. Queira Deus em sua infinita
misericórdia que as meninas moreninhas de cabelos escorridos tenham a força de
sua avó e sua mamãe para enfrentar com compostura e dignidade o que virá
depois. A história ainda não acabou, pois a velha senhora continua firme e
forte agarrada a sua fortuna colossal sempre negando o que já é de domínio
público.
Restaurandora
de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi
classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros
publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais
domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura,
cinema, e a paixão de escrever.
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Nadia Foes
Arina, por Nadia Foes
Eu estava às voltas com a casa nova e sem mão de obra. Foi
um Deus nos acuda. Duas filhas e entre elas uma diferença de idade de dez anos.
Uma na faculdade e outra no colegial. A casa ainda com eletricistas para fazer
as instalações dos lustres, invadindo todos os cômodos da casa, seis cachorros,
um era epilético – esse precisava ser vigiado e medicado. Entre caixas e
caixas, eu não sabia o que fazer. Para arrematar, meu marido ficou fazendo
terrorismo doméstico, me chamando de desorganizada. Segundo ele, eu estava mais
preocupada era com a decoração da casa nova e que a Tê era de opinião que eu
deveria me concentrar na cozinha pois eu deveria dar conta das refeições
familiares. Só não entendi bem, na época, porque a Tê estava tão preocupada em
me ver na cozinha. Se estava preocupada porque não vinha ela mesma cozinhar.
Para o caso dela e sua adorável família. Tê era mulher de várias facetas, ela
se ocupava do chefe e eu era a legítima que ainda desconhecia o enredo. Foi
neste caos doméstico e no auge do desespero que recorri a uma agência de
ajudantes do lar. A primeira experiência foi frustrante, a pessoa que veio era
incapaz. A segunda, mais ou menos, não me agradou. A terceira chamava-se Arina.
Nunca soube a sua idade, penso que estava entre 45 e 50 anos. Era de cor parda,
cabelos bem tratados, sempre presos. Arina era calma, o que me ajudava muito.
Quando a casa ficou em ordem e tudo se ajeitou, eu costumava levar Arina para
fazer faxina em nossa casa de praia. Ela era muito observadora e costumava me
dizer o seguinte: casa de praia é muito bom para os filhos, mas péssimo para o
casal. Marido muito solto é comum largar suas mulheres o verão inteiro sozinhas
e ficarem até mais tarde no trabalho. Na opinião dela, a casa de praia era mais
um depósito de família para eles gozarem de liberdade e libertinagem. Bom, ela
sabia o que estava dizendo. Algumas vezes, eu separava cortinas da nossa casa
para reformar e levar para a casa de praia e Alina prontamente se oferecia para
levar para casa dela e fazer os ajustes necessários. Ela era educadíssima,
tinha um certo ar de elegância. Dos meus vestidos usados, ela aproveitava tudo
e tudo em suas mãos se transformava. Certa ocasião, ela apareceu com uma sacola
muito bonita que costurou com o tecido de uma saia que lhe dei. Algumas vezes
até me dava algumas idéias. E fui me afeiçoando a ela. Certo dia minha filha
fez uma pergunta a respeito de determinada cidade de Portugal. Eu parei para
pensar e Arina já estava respondendo a pergunta da minha filha com detalhes. E
foi nesse dia já meio folgada pois seu trabalho terminara, e ela com tempo
ocioso, entre uma xícara de café e outra, me contou que conhecia Portugal muito
bem, onde esteve várias vezes. Conhecia a Espanha e achava Barcelona uma cidade
linda. Me disse que em sua passagem pela Espanha aproveitou para comprar roupas
de cama e toalhas de mesa bordadas. Ela até me trouxe de presente umas
toalhinhas bordadas, muito delicadas. E também uns paninhos da Ilha da Madeira.
Pois Arina era de gente muito humilde, seus pais eram pessoas modestas. Ela não
pode estudar e foi trabalhar em casa dos outros, até que ela teve um estalo:
resolveu abrir uma barraca de comidinhas na praia. Era ótima cozinheira e muito
conhecida. Entre seus fregueses um senhor português, muito educado, acabou
cativando a Arina. Arina fechou sua barraca e o português abriu um restaurante
para ela. Mas, na realidade, o espaço era dele, o capital era dele e Arina era
dele. Ele era separado e sua mulher e filhos viviam em outra cidade. Arina
conta que foi muito feliz com ele. Ele lhe proporcionou luxo, conforto e a
educou. A mulher dele morreu e ele não casou com Arina porque estavam muito bem
como estavam vivendo, até que ele adoeceu. Ficou muito mal. Arina cuidou dele,
ele se recuperou e seus filhos foram chamados, conheceram Arina e aceitaram
muito bem a situação do casal. O que Arina não contava era com as complicações
de saúde dele. Novamente ele ficou mal, ela deixou a cozinha para cuidar dele e
os negócios foram se complicando e ela resolveu vender o restaurante e tratar
da saúde dele. Três anos depois ele foi hospitalizado em estado gravíssimo.
Arina foi ao banco, não pode mexer no dinheiro e aí começou a via-crucis.
Recorreu aos filhos dele que vivam em boa situação financeira. Os filhos
chegaram, no dia seguinte o pai morreu no hospital. Na confusão de transferir o
corpo para a capela mortuária, Arina foi solicitada a ir em casa apanhar roupas
para vestir o morto. Ela conta que foi em casa, apanhou as roupas e voltou
algumas horas depois. Ao chegar no hospital foi impedida de ver o morto. Ela
passou pela tesouraria para ver como ia pagar as despesas, mas as despesas já
estavam pagas. A conselho da mulher de um dos filhos do finado, Arina foi até
em casa se arrumar, descansar um pouco para o velório. A moça ficou de avisar a
hora que o corpo seria liberado para ser velado. Só que ninguém ligou. Arina
ficou angustiada e voltou ao hospital e constatou, horrorizada, que os filhos
levaram o corpo do pai para lugar ignorado. Arina tinha duas saídas, ou procurava
os seus direitos ou juntava suas coisas e partia. Ela juntou tudo que era de
uso pessoal, vendeu as jóias que tinha, mudou de Estado, veio morar no sul. Com
o dinheiro arrecadado com a venda de suas jóias ela comprou uma casinha
modesta, modestíssima e foi viver de sua aposentadoria de cozinheira. E para
engordar o porquinho, fazendo frente às despesas, ela trabalhava como ajudante
do lar, pois suas pernas já não agüentavam mais pilotar um fogão. Lhe
perguntei: porque você não foi atrás de seus direitos? Ela me respondeu, até
consultei um advogado que foi falar com os herdeiros, porém eles alegaram que
eu era apenas uma cozinheira do pai dele e para provar o contrário ela teria
que passar por mais humilhações como apresentar testemunhas, provar que ela viajava
com ele como marido e mulher e etc, etc. Ela chegou à seguinte conclusão: nem o
portuga desejou fazer algo por ela, porque não legalizou a situação do casal.
Único desejo da Arina era descobrir onde ele estava sepultado para ir até ao
seu túmulo e dizer algumas verdades para o homem que se disse apaixonado um
dia.
Nota do autor: Nunca vi roubarem o defunto. Arina foi
espoliada. Um certo senso de decência fundamental é concedido ao homem na hora
de nascer.
Restaurandora
de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi
classificada em concurso internacional em contos e crônicas, Três livros
publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais
domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura,
cinema, e a paixão de escrever.
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Nadia Foes
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Educação dos filhos
(Este texto tem origem portuguesa e foi mantido tal qual o original, pelo valor que ele possui)
Um jovem de nível académico excelente, candidatou-se à
posição de gerente de uma grande empresa.Passou a primeira entrevista e o
diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão.
O director descobriu através do currículo que as suas realizações
academicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à
pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado
com nota máxima.
O director perguntou, “Tiveste alguma bolsa na escola?” o jovem respondeu, “nenhuma”.
O diretor perguntou, “Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?” o jovem respondeu, “O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades.”
O diretor perguntou, “Onde trabalha a tua mãe?” e o jovem respondeu, “A minha mãe lava roupa.”
O diretor pediu que o j ovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.
O diretor perguntou, “Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?”, o jovem respondeu, “Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu.”
O diretor disse, “Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã.”
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.
O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.
Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência academica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.
Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, “Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?”
O jovem respondeu, “Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram.”
O diretor pediu, “Por favor diz-me o que sentiste.”
O jovem disse “Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar.”
O diretor disse, “Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado.”
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipa. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.
O director perguntou, “Tiveste alguma bolsa na escola?” o jovem respondeu, “nenhuma”.
O diretor perguntou, “Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?” o jovem respondeu, “O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades.”
O diretor perguntou, “Onde trabalha a tua mãe?” e o jovem respondeu, “A minha mãe lava roupa.”
O diretor pediu que o j ovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.
O diretor perguntou, “Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?”, o jovem respondeu, “Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu.”
O diretor disse, “Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã.”
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.
O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.
Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência academica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.
Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, “Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?”
O jovem respondeu, “Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram.”
O diretor pediu, “Por favor diz-me o que sentiste.”
O jovem disse “Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar.”
O diretor disse, “Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado.”
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipa. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.
Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo
o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em
primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a
trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar
gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre
culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas
academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente
não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar
cheios de ódio e lutar por mais. Se somos este tipo de pais, estamos
realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?
Pode deixar o seu
filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver
televisão num grande plasma. Mas quando cortar a relva, por favor
deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato
juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem
dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve
de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais
são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa
mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço
e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar
com os outros para fazer as coisas.
Quais são as pessoas com mãos enrugadas por mim?
Quais são as pessoas com mãos enrugadas por mim?
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EDUCAÇÃO
domingo, 27 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
Paródia com Marcelo Adnet da canção Roda Viva, de Chico Buarque
"Comédia MTV faz paródia da canção Roda Viva apresentada por Chico Buarque e MPB-4 na era dos festivais."
Tata Werneck, Paulinho Serra, Bento Ribeiro, Dani Calabresa e Marcelo Adnet.
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HUMOR
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Verbos novos e horríveis - Ricardo Freire
Não,
por favor, nem tente me disponibilizar alguma coisa, que eu não quero.
Não aceito nada que pessoas, empresas ou organizações me disponibilizem.
É uma questão de princípios. Se você me oferecer, me der, me vender, me
emprestar, talvez eu venha a topar. Até mesmo se você tornar
disponível, quem sabe, eu aceite. Mas, se você insistir em
disponibilizar, nada feito.
Caso você esteja contando comigo para
operacionalizar algo, vou dizendo desde já: pode ir tirando seu
cavalinho da chuva. Eu não operacionalizo nada para ninguém e nem
compactuo com quem operacionalize. Se você quiser, eu monto, eu realizo,
eu aplico, eu ponho em operação. Se você pedir com jeitinho, eu até implemento, mas operacionalizar, jamais.
O
quê? Você quer que eu agilize isso para você? Lamento, mas eu não sei
agilizar nada. Nunca agilizei. Está lá no meu currículo: faço tudo,
menos agilizar. Precisando, eu apresso, eu priorizo, eu ponho na frente,
eu dou um gás. Mas agilizar, desculpe, não posso, acho que matei essa
aula.
Outro dia mesmo queriam reinicializar meu computador. Só por
cima do meu cadáver virtual. Prefiro comprar um computador novo a
reinicializar o antigo. Até porque eu desconfio que o problema não seja
assim tão grave.
Em vez de reinicializar, talvez seja o caso de simplesmente reiniciar, e pronto.
Por
falar nisso, é bom que você saiba que eu parei de utilizar. Assim, sem
mais nem menos. Eu sei, é uma atitude um tanto radical da minha parte,
mas eu não utilizo mais nada. Tenho consciência de que a cada dia que
passa mais e mais pessoas estão utilizando, mas eu parei. Não utilizo
mais.
Agora só uso. E recomendo. Se você soubesse como é mais elegante, também deixaria de utilizar e passaria a usar.
Sim,
estou me associando à campanha nacional contra os verbos que acabam em
"ilizar". Se nada for feito, daqui a pouco eles serão mais numerosos do
que os terminados simplesmente em "ar". Todos os dias, os maus
tradutores de livros de marketing e administração disponibilizam mais e
mais termos infelizes, que imediatamente são operacionalizados pela
mídia, reinicializando palavras que já existiam e eram perfeitamente
claras e eufônicas.
A doença está tão disseminada que muitos verbos
honestos, com currículo de ótimos serviços prestados, estão a ponto de
cair em desgraça entre pessoas de ouvidos sensíveis. Depois que você
fica alérgico a disponibilizar, como vai admitir, digamos, "viabilizar"?
É
triste demorar tanto tempo para a gente se dar conta de que
"desincompatibilizar" sempre foi um palavrão. Precisamos reparabilizar
essas palavras que o pessoal inventabiliza só para complicabilizar. Caso
contrário daqui a pouco nossos filhos vão pensabilizar que o certo é
ficar se expressabilizando dessa maneira. Já posso até ouvir as
reclamações:
"Você não vai me impedibilizar de falabilizar do jeito que eu bem quilibiliser".
Problema seu. Me inclua fora dessa.
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terça-feira, 22 de maio de 2012
"Mãos à Obra" - por Aglaé Gil
Hoje, nós, aqui,em família, fomos mal atendidos em um restaurante, aqui
em Curitiba, por conta da pressa dos funcionários, de irem para casa.
Lamentável. Mas, e aí?Nenhuma novidade, não é mesmo?
Assunto recorrente, porque atitudes recorrentes. Acontece que muitas pessoas, infelizmente uma maioria, creio eu, não gosta, em absoluto, de trabalhar aos finais de semana e sentem-se mesmo diminuídas por conta disso, como se trabalho em sábados e domingos e feriados fosse algo vergonhoso, humilhante, até. Não é. Nenhum trabalho é humilhante; pelo contrário, garante a dignidade humana, torna qualquer pessoa partícipe de uma engrenagem que existe para levar o mundo e a vida adiante. Para construir uma sociedade, uma cidade, um país.
É preciso dizer e repetir: o brasileiro precisa espanar essa cultura rançosa que estabelece o trabalho como algo próximo à escravidão, algo incômodo que impede as pessoas de se divertirem como bem querem. É preciso que se crie, desde em casa, em família, o conceito de que o trabalho, tanto quanto o estudo, representa o crescimento moral, emocional e cívico do ser humano.
Porque, e é tão básico isso, as pessoas estudam para, mais tarde, trabalharem na profissão para a qual se preparam. Não é isso? O objetivo não é o trabalho? Ou é apenas um título a ser ostentado? Ah bom...então, aí...meus amigos...já não sei de mais nada.
E há, sim consequências práticas. A indolência de nossos políticos, por exemplo, nada mais é do que uma representação do que vive e reina por aqui.
Eles trabalham no Congresso até quinta à tarde? Pois a maioria dos brasileiros "briga" por qualquer "emenda" de feriado e, não raro, alguns pedem até demissão quando da proximidade das 'férias de verão'.
Trabalhar e fazê-lo com boa vontade torna tudo muito, mas muito mais fácil e bom.
Trabalhador não é escravo, não. É independente. É cidadão. Pode andar de cabeça erguida e ditar seus direitos com todos os pontos e as vírgulas.
Escravo é quem não sabe de seu lugar no mundo e acha que está aqui a passeio.
É isso.
Aglaé Gil, de Curitiba – com formação em revisão e produção de textos; pesquisadora de História e Literatura; aprendiz de viver; poeta;mãe; cidadã. [não necessariamente nessa ordem]
Lamentável. Mas, e aí?Nenhuma novidade, não é mesmo?
Assunto recorrente, porque atitudes recorrentes. Acontece que muitas pessoas, infelizmente uma maioria, creio eu, não gosta, em absoluto, de trabalhar aos finais de semana e sentem-se mesmo diminuídas por conta disso, como se trabalho em sábados e domingos e feriados fosse algo vergonhoso, humilhante, até. Não é. Nenhum trabalho é humilhante; pelo contrário, garante a dignidade humana, torna qualquer pessoa partícipe de uma engrenagem que existe para levar o mundo e a vida adiante. Para construir uma sociedade, uma cidade, um país.
É preciso dizer e repetir: o brasileiro precisa espanar essa cultura rançosa que estabelece o trabalho como algo próximo à escravidão, algo incômodo que impede as pessoas de se divertirem como bem querem. É preciso que se crie, desde em casa, em família, o conceito de que o trabalho, tanto quanto o estudo, representa o crescimento moral, emocional e cívico do ser humano.
Porque, e é tão básico isso, as pessoas estudam para, mais tarde, trabalharem na profissão para a qual se preparam. Não é isso? O objetivo não é o trabalho? Ou é apenas um título a ser ostentado? Ah bom...então, aí...meus amigos...já não sei de mais nada.
E há, sim consequências práticas. A indolência de nossos políticos, por exemplo, nada mais é do que uma representação do que vive e reina por aqui.
Eles trabalham no Congresso até quinta à tarde? Pois a maioria dos brasileiros "briga" por qualquer "emenda" de feriado e, não raro, alguns pedem até demissão quando da proximidade das 'férias de verão'.
Trabalhar e fazê-lo com boa vontade torna tudo muito, mas muito mais fácil e bom.
Trabalhador não é escravo, não. É independente. É cidadão. Pode andar de cabeça erguida e ditar seus direitos com todos os pontos e as vírgulas.
Escravo é quem não sabe de seu lugar no mundo e acha que está aqui a passeio.
É isso.
Aglaé Gil, de Curitiba – com formação em revisão e produção de textos; pesquisadora de História e Literatura; aprendiz de viver; poeta;mãe; cidadã. [não necessariamente nessa ordem]
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Aglaé
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Quando ele disser que vai viajar, não peça o telefone do hotel e não pergunte que dia ele vai voltar, Danusa Leão
Ah, ser mãe é difícil; não existe filho que não tenha dito um dia – ou pelo menos pensado – “ai, não aguento minha mãe”, e o pior: com toda razão.
Como todas elas gostariam de ser adoradas por seus filhos queridos, existem coisas a serem evitadas. Estou falando de filhos já adultos, claro, pois cabeça de criança é diferente.
Toda mãe tem vontade de telefonar para o filho – e para os dez, se eles forem dez – várias vezes por dia. A primeira de manhã, para saber se está tudo bem e como vai ser o dia dele, isto é, onde vai almoçar, com quem, a que horas etc. E assim como quem não quer nada, se vai sair à noite -para onde, com quem etc.
Primeiro conselho: não telefonar de manhã.
Resista também à vontade de telefonar na hora em que você sabe que ele está chegando do trabalho. Coração de mãe é um relógio: sabe sempre. Deixe seu filho em paz, mas esteja sempre à disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, para ouvi-lo reclamar do trabalho, da mulher, do filho, e coisas do gênero.
Quando ele disser que vai viajar, não peça, jamais, o telefone do hotel, e não pergunte jamais, mas jamais, que dia ele vai voltar; se não resistiu e perguntou, se segure, corte o fio do telefone, ateie fogo às vestes, faça qualquer coisa, mas não telefone para ele na manhã desse dia. Faça assim: quando ele ligar, finja surpresa e pergunte, como quem não quer nada: “mas você não ia chegar na semana que vem?” Vai ser um alívio ele saber que você não passa a vida só pensando nele.
Mãe, acalme-se; já que você adora tanto seus filhos, seja boa mãe, e não dê palpite sobre nada, a não ser quando consultada, e mesmo assim, cuidado com o que vai dizer. Se ele se queixar da mulher, não aproveite a chance para dizer tudo o que está atravessado na sua garganta. Fique quieta, calada, porque eles vão fazer as pazes -que é o que você deveria almejar- e vai acabar sobrando pra você.
Tem hora pra tudo, inclusive – e principalmente – pra mãe.
É claro que ele te adora, se não fosse você, ele não existiria etc., mas dê um tempo: ninguém suporta ser tão fundamental à felicidade do outro, como as mães costumam deixar sempre tão claro. É verdade, mas nem todas as verdades precisam ser ditas.
Quer saber o que é uma mãe confortável? É aquela que tem vida própria; ou porque joga pôquer e ninguém vai tirá-la da rodinha de sábado, ou porque tem um namorado e por isso não vai poder cuidar dos netos, ou porque é viciada em shoppings, qualquer coisa. É aquela que não diz, jamais, “eu avisei”.
É claro que eles vão reclamar que não contam com você para nada, que você é egoísta e imprestável, mas se pudessem escolher entre uma mãe que sufoca de tanto amor, e a outra, que vive e deixa viver, sabe qual ele ia preferir?
Goste dele mais que tudo neste mundo, mas não diga nada -nem com palavras, e muito menos com o olhar. E não fique triste ao constatar que ele se importa muito mais com seus próprios filhos do que com você: a vida é assim mesmo, e o amor de cima para baixo -de mãe para filho- é muito maior do que aquele de baixo para cima – de filho para mãe.
Ele também vai ficar triste quando, já avô, perceber que seus filhos gostam muito mais de seus próprios filhos do que dele, e vai entender que isso é natural.
Nem bom nem ruim, nem justo nem injusto: apenas é.
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domingo, 20 de maio de 2012
NAQUELA MESA - Zélia Duncan, Hamilton de Holanda e Nilze Carvalho
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre, o que é viver melhor.
Naquela mesa ele contava histórias,
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor.
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã.
E nos seus olhos era tanto brilho,
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã.
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim.
Se eu soubesse o quanto doi a vida,
Essa dor tão doída não doía assim.
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguem mais fala no seu bandolim.
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim.
Autor: Sérgio Bittencourt
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MÚSICAS
Identidade via boné - Ruy Castro
Não sei como anda a situação alhures, mas, pelo
que observo nas ruas do Rio, uma importante mudança nos costumes está se
processando: os rapazes estão deixando de usar bonés com a aba para
trás. De repente, voltaram a usá-los com a aba para frente, que é o
"normal".
Parece o fim de uma tendência que, importada dos EUA, implantou-se maciçamente nos últimos dez anos e que nunca entendi. Não sou de usar bonés, mas, no passado, examinei alguns e concluí que a função da aba é a de proteger do sol que incide sobre a testa, o nariz e os olhos. Se se usa a aba para trás, ela só protege a nuca ou o colarinho, e não me consta que nucas ou colarinhos precisem disso.
Você dirá que o assunto é irrelevante e que este espaço deveria estar sendo ocupado por temas mais momentosos, como as eleições na Europa, a queda de braço pelos juros no Brasil ou o respingo geral das denúncias sobre o Cachoeira. Pois eu responderia que, ao contrário dos temas citados, cuja importância é inegável, mas passageira, o uso de bonés com a aba para trás ou para frente define a condição humana, a nossa identidade e até o nosso senso de ridículo, ou a falta de.
Nesses dez anos, vi não apenas milhões de skatistas, cantores de pagode e malabaristas de sinal com o boné para trás, mas também homens maduros, opacos, caretas e alguns, com nome a zelar, zanzando pelos calçadões com o boné enfiado sobre as orelhas e a aba apontando no sentido contrário ao de seus narizes. Eu me perguntava que mensagens eles queriam passar com seus bonés.
Pois, assim como chegou, surgindo do azul, a moda parece ir embora, sem aviso ou explicação, e vamos todos atrás dela, em fila, como soldadinhos de corda. Na nossa pungente fragilidade, tememos tomar decisões isoladas. Precisamos do respaldo da maioria, até no jeito de usar o boné.
Parece o fim de uma tendência que, importada dos EUA, implantou-se maciçamente nos últimos dez anos e que nunca entendi. Não sou de usar bonés, mas, no passado, examinei alguns e concluí que a função da aba é a de proteger do sol que incide sobre a testa, o nariz e os olhos. Se se usa a aba para trás, ela só protege a nuca ou o colarinho, e não me consta que nucas ou colarinhos precisem disso.
Você dirá que o assunto é irrelevante e que este espaço deveria estar sendo ocupado por temas mais momentosos, como as eleições na Europa, a queda de braço pelos juros no Brasil ou o respingo geral das denúncias sobre o Cachoeira. Pois eu responderia que, ao contrário dos temas citados, cuja importância é inegável, mas passageira, o uso de bonés com a aba para trás ou para frente define a condição humana, a nossa identidade e até o nosso senso de ridículo, ou a falta de.
Nesses dez anos, vi não apenas milhões de skatistas, cantores de pagode e malabaristas de sinal com o boné para trás, mas também homens maduros, opacos, caretas e alguns, com nome a zelar, zanzando pelos calçadões com o boné enfiado sobre as orelhas e a aba apontando no sentido contrário ao de seus narizes. Eu me perguntava que mensagens eles queriam passar com seus bonés.
Pois, assim como chegou, surgindo do azul, a moda parece ir embora, sem aviso ou explicação, e vamos todos atrás dela, em fila, como soldadinhos de corda. Na nossa pungente fragilidade, tememos tomar decisões isoladas. Precisamos do respaldo da maioria, até no jeito de usar o boné.
Folha de S.Paulo
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sexta-feira, 18 de maio de 2012
Sol, mar e a chuva - Nadia Foes
Sol, mar e a chuva, este é o tema norteador do
texo que Julia deve entregar ainda esta semana. O seu editor não quer saber de
esticar o prazo, ela assinou um contrato que deve ser cumprido à risca, porém,
Julia está tentando trabalhar e nada acontece. Ninguém quer saber de nascer. É!
Os contos de Julia são paridos a duras penas. Julia pensa que dever a aura da
casa nova que está a mexer com seus neurônios. Ela está morando em local privilegiado,
defronte a um bosque onde corre um igarapé, a rua é muito bonita, não tem
trânsito, só os moradores trafegam. Na rua Tanajura a casa de Julia é a de
número 4110. A
rua tem onze casas e seis já foram assaltadas. Assalto a mar armada. E em cada
esquina tem uma guarita, O guarda fecha a janela da guarita para assistir
televisão. O marido de Julia já reclamou, pois ele paga a vigilância, porem o
guarda disse que vê através da persiana. Pois é. As guaritas do bairro de Julia
não tem vidros, tem persiana. É aí que mora o perigo. O marido de Julia tentou
argumentar, Julia ficou com medo dos guardas, Penso que é isso que está
embaralhando os seus pensamentos. Julia chegou à seguinte conclusão: este vai
ser um parto de elefante! Julia está casada a dez anos e nesses dez anos ela
vem sonhando com a venda de uma de suas histórias para o cinema, ou TV, mas...
até agora... Julia também anda preocupada com o andar de seu casamento. Anda
tudo muito morno. Zazu se não está na frente do computador, está assistindo TV.
Se não é TV são os fones de ouvido que Zazu usa e Julia fala com as paredes.
Julia está planejando uma viagem à Terra Santa e vai sozinha. Segundo ela vai
tentar aprender a falar com as paredes. Zazu acha graça. Julia já perdeu as contas de quanto está gastando
com esteticista, colorista, curso de auto maquiagem, corte de cabelo, e o
figurino nem se fala. Pelas contas de Julia se ela não vender logo suas
histórias, a sua vaquinha vai para o brejo. Ou pior, seu brejo particular pode
aumentar de tantos sapos que anda engolindo. E tudo por conta dos fones de ouvido
de Zazu e do celular que ele anda atendendo no banheiro. Na casa nova eles não
tem telefone fixo, só usam celular. Segundo Zazu para que telefone fixo, estão
incomunicáveis. Zazu usa o computador do escritório e aproveita e faz um
rastreamento nas páginas favoritas de Julia. O que ele pensa que deve
interessar para a mulher, ele imprime e entrega a ela. Ele é o dono da
situação, as amigas de Julia dizem não dar notícias porque é super chato saber
que Zazu está entre elas e sem liberdade, sem notícias. Porem o celular de Zazu
este ele atende, longe da mulher; se ela pergunta quem era ele diz que são
besteiras da companhia de propagandas. Julia finge que acredita porem pensa:
Ah! Se eu encontro o João Ubaldo no meu caminho, você vai ver o sorriso do lagarto,
porem enquanto não acontece, ela que deu para andar pelas esquinas à espreita,
pois nunca se sabe! Vai que o João Ubaldo apareça para dar uma palestra e
descobre que a Julia existe e que anda a perigo? Pois aí é que o babaca do Zazu
vai ver o que é bom para a dengue. Enquanto isso não acontece, Julia vai
levando a vida em fogo brando. Julia gosta de mar. Nossa! O mar é um tema
vastíssimo. Ela até já imaginou o encontro com o João Ubaldo em uma praia
deserta esperando pelos dois. Julia gosta de sol, porém de chapéu e muito
filtro solar. E o cheiro da chuva que delícia! O cheiro da terra molhada! Porém
ela está pensando é no João Ubaldo e cantarolando sol e mar, sol e mar. A gente
brincando e se amando! Chove chuva, chove sem parar. O João Ubaldo você o sol
da minha vida! Nossa! Que cafonice!
Julia sente o abraço do amado em torno do seu corpo. O abraço vai se tornando
mais urgente e ela se aconchega e sente desejo. Ela deseja ser amada, pensa
hoje vou fazer amor, deixo para escrever amanhã. Sente a boca do amado no seu
pescoço ela sabe que ele está usando Kenzo. Ela sente-se desejável, estende o
braço para acender a luz e olhar para o rosto amado e desejado. O abajur caiu
de seus dedos trêmulos. Na queda a lâmpada explode e o clarão ilumina o
travesseiro ao lado. Os cabelos não são escuros como do João Ubaldo e nem
castanhos como os de Zazu. São ruivos e ondulados, como? É o kocker de Julia
que entrou no quarto e deitou ao seu lado. Julia pensa, acorda Alice! Julia
levanta e vai tomar um banho frio e de cabeça molhada vai até a cozinha e toma
um café forte. Sem Zazu. Sem João Ubaldo. Pensa: ô mulher você está me saindo
uma safada, toma vergonha! Que o dia já se vai pela metade e você não escreveu
nada até agora! E se o seu editor se cansa de esperar, você está frita. Julia
senta e começa escrever, recorda a Riviera Francesa, lembra dos dias que passou
em Cannes, Nice. Lembra do festival de cinema, da praia linda próxima do
Palácio dos Festivais. Tudo tão belo para receber os convidados e os candidatos
à Palma de Ouro. Lembra do restaurante onde jantou e do coquetel super
produzido, azul, que até parecia uma alegoria de escola de samba, porém muito
saboroso e da piramidal
sobremesa. Das caminhadas pela praia pisando nos seixos (não era areia eram pedras), A sola do pé doía a cada passo. Lembra da corrida de formula 1 em Monte Carlo. Lembrou que pisou no tapete vermelho, graças a prima do seu marido que é do ramo. A família é dona de salas de cinema e distribuidores de filmes. Foi lá que Julia se envolveu na arte da perfumaria. Julia sentiu todos os aromas e a mágica. Ela e Zazu estavam tão felizes. Julia estava bela e ainda não sonhava com o João Ubaldo e Zazu ainda não atendia o celular no banheiro. Foram outros tempos. Julia não mais voltou à Riviera Francesa, passou a caminhar à beira da praia dos Ingleses, que também é muito bonito e hoje toma sol no norte do país, onde também chove na época da friagem, e também tem seus encantos, neste Brasil de muitas faces. Para Julia ser feliz só falta o mar. Finalmente Julia encontrou a formula mágica e deu conta do primeiro parágrafo. E viva o povo brasileiro! João Ubaldo.
sobremesa. Das caminhadas pela praia pisando nos seixos (não era areia eram pedras), A sola do pé doía a cada passo. Lembra da corrida de formula 1 em Monte Carlo. Lembrou que pisou no tapete vermelho, graças a prima do seu marido que é do ramo. A família é dona de salas de cinema e distribuidores de filmes. Foi lá que Julia se envolveu na arte da perfumaria. Julia sentiu todos os aromas e a mágica. Ela e Zazu estavam tão felizes. Julia estava bela e ainda não sonhava com o João Ubaldo e Zazu ainda não atendia o celular no banheiro. Foram outros tempos. Julia não mais voltou à Riviera Francesa, passou a caminhar à beira da praia dos Ingleses, que também é muito bonito e hoje toma sol no norte do país, onde também chove na época da friagem, e também tem seus encantos, neste Brasil de muitas faces. Para Julia ser feliz só falta o mar. Finalmente Julia encontrou a formula mágica e deu conta do primeiro parágrafo. E viva o povo brasileiro! João Ubaldo.
Restaurandora
de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi
classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros
publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais
domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura,
cinema, e a paixão de escrever.
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Nadia Foes
quinta-feira, 17 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
Naná Nike, a primeira das chamadas marias-chuteiras - José Roberto Torero
"A garota que não se aprimorar vai acabar com caras de segunda categoria. Ou seja, da Série B"
Naná Nike foi a primeira das chamadas marias-chuteiras. "Epa! Maria-chuteira, não. Caçadora de talentos ludopédicos-financeiros", explica a veterana senhora.
Hoje em dia, já de cabelos brancos (totalmente pintados de loiro, é claro), Naná Nike dá aulas para senhoritas que pretendem se casar, ou ter conta conjunta, com jogadores de futebol.
"O amadorismo ficou para trás. Acabou-se o tempo do chuteirismo-arte. Hoje a coisa tem que ser tratada como ciência. É o chuteirismo de resultados."
Seu curso inclui as cadeiras de Estratégias Futebolísticas Modernas ("É sempre útil para puxar conversa"), Contabilidade, Kama Sutra (básico, avançado e contorcionista), Direito Familiar (com enfoque em pensão alimentícia e herança), Maquiagem, Silicone (1, 2 e 3), e, quem quiser fazer pós-graduação, pode optar entre Sociologia das Churrascadas e Psicologia dos Centroavantes.
Aliás, Naná Nike ensina que a verdadeira chuteirista tem que escapar das festinhas dos jogadores, sempre repletas de atrizes pornôs, garotas de programa e demais senhoritas generosas.
Ela afirma que o melhor mesmo é se encontrar a sós com o futuro provedor. Tanto que suas meninas aprendem a se disfarçar de arrumadeiras de hotel, a fim de entrar nas concentrações, e de enfermeiras, para penetrar nos hospitais e pegar os atletas no frágil período de recuperação. Houve ainda uma que chegou a usar bigode para se passar por motorista particular de um famoso meia. O caso só não foi em frente porque o jogador preferia que o bigode fosse verdadeiro.
Entre as sabedorias distribuídas por Naná Nike está a de escolher o alvo certo: "Goleiros? Nunca. Ganham pouco e, se levarem um gol numa final, caem em desgraça. O melhor são os atacantes.
Mas os meias também são muito bons. Para longo prazo, volantes e zagueiros. Eles são o DI e o RF do futebol."
Outro ensinamento importante do chuteirismo é "Pegar os jovens. Nada de ir para cima de jogador que já teve vários casamentos. Fatiar o passe, tudo bem. A pensão, jamais!"
A sábia senhora avisa que é fundamental resistir à tentação de sair com os empresários dos jogadores. "Nem pensar! Esses são melhores que a gente. Acabam levando o do jogador e o nosso."
Naná Nike só dá o curso pelo prazer de passar sua vasta cultura acumulada, pois não precisa mais de dinheiro. "Cheguei ao ápice da profissão. Casei com um dirigente. O bom não é ser maria-chuteira, é ser maria-cartola."
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domingo, 13 de maio de 2012
Saudade de minha mãe - Teresa Santos
Hoje enquanto para muitos é dia de comemoração
para nós é saudade.
O nós, a quem me refiro, são todos aqueles que
não têm mais o privilégio de ter a Mãe ao seu lado.
Hoje é o dia da Saudade.
Saudade de uma abraço carinhoso, de um beijo na
testa, da comida preferida feita com carinho, daquele conselho que tanto me
fazia bem e calhava direitinho com o meu problema, saudade do sorriso, do
assobio, das viagens feitas juntas. De seu deslumbramento diante da Natureza.
Saudade, principalmente de sua voz quando me
ligava ao celular e dizia:
- Terê, onde você está filha? Já é tarde. Não
trabalhe tanto. Você quer que eu prepare algo para você comer quando
chegar?
Saudade doída que aperta mais nas datas de seu
aniversário e na de hoje.
Seu perfume preferido, Anaïs, Anaïs, o último
presente que lhe dei em maio de 2005, está intacto. Não ouso abri-lo. Era a sua
marca.
.Ás vezes eu o sinto perto de mim e sei que é
ela quem está por perto. Porque mãe, não morre. Ela se eterniza em nós seus
filhos.
É quando a saudade ameniza e sei que ela
está melhor do que eu. É quando percebo o quanto fui privilegiada por desfrutar
de sua presença e de seu amor por 55 anos.
Hoje é dia de Saudade.
Saudade de Dona Egydia.
Teresa Santos, 60 anos, paulistana. Aposentada, mas na ativa. Formada em Letras pela Universidade São Paulo. Gosta de estudar idiomas, de viajar, de ler e de observar o mundo. Considera o ser humano a melhor personagem para seus escritos. É grata à vida e se considera uma pessoa feliz.
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TERESA SANTOS
Mãe é mãe - Leticia Wierzchowski
Estava numa loja de roupas infantis dia desses e, na fila do caixa, duas
mulheres conversavam. A loira disse para a morena: “Com a chegada do
frio, não tenho dormido bem”. A morena estranhou (quem não gosta de
dormir no inverno?) e perguntou para a amiga o motivo do seu mau sono.
“É que levanto várias vezes por noite para cobrir as minhas filhas. Elas
vivem se descobrindo durante a madrugada...”.
Fiquei ali, quieta no meu canto, mas não segurei um sorriso. Eu
também, no frio da noite gaúcha, saio da cama várias vezes por noite.
Não tem split que me segure sob as cobertas sem dar uma espiada nos meus
meninos. Amor de mãe é isto: levantar durante a noite para conferir se o
sono do filho vai bem.
Está tudo na santa paz de Deus, a casa paira no silêncio da
madrugada – mas a mãe não deixa escapar a possibilidade do edredom
jogado ao pé da cama, das mãozinhas frias, do corpinho encolhido num
canto do colchão, do resfriado rondando o filhote. E sai do próprio
aconchego só para conferir. Com mãos de fada, puxa as cobertas, ajeita o
filho e volta para seu próprio sono sem fazer qualquer ruído.
Todos nós, grandes ou pequenos, cruzamos com vários tipos de amor ao
longo da vida. Amores estão sempre surgindo (devem estar sempre
surgindo em vidas saudáveis e dignas). Amigos, parentes, amantes,
esposos, filhos. O afeto, em maior ou menor medida, nos cerca e nos
acalenta ao longo da existência. Mas, de todos os amores de uma vida,
entre todas as pessoas que hão de nos querer bem, a mãe da gente é a
única que vai sair da cama – uma, duas, várias vezes por noite – apenas
para vigiar nosso sono, protegendo-nos do frio.
A mãe, a mãe sem nacionalidade, sem idade, sem profissão; a mãe –
essa entidade quase celestial – sai do aconchego da própria cama
quentinha e cobre (ou cobriu, ou cobrirá) seu filho no meio da noite,
saindo do quarto tão silenciosamente quanto entrou. Amor de mãe é assim:
invisível, incansável. Amor de mãe é... amor de mãe.
Zero Hora
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MÃES DA TRANSIÇÃO - Ana Maria Campos
Após o café da manhã, horário
este adorável em meu dia-a-dia, já que ainda não ouço o barulho dos
carros na rua e nem a fala de pessoas ao meu redor, é realmente o meu
momento de meditação, de reflexão sobre a vida e também de rir sozinha
ou chorar....
Ana Maria Campos
Natural de Uberaba - MG, reside em Ituiutaba - MG. Professora; Formada em Licenciatura e Letras pela UEMG;Pós Graduação em Filosofia.
Nesse momento, meu pensamento viaja longe, surge a figura de minha
mãe e começo a comparar o seu tempo com o meu atual. Como tudo ficou
para trás em um abrir e fechar de olhos! Como o tempo é o seu chefe
maior e ele urge se não corrermos e percorrermos com ele as mudanças e
inovações. E nesse pensar lembrei-me de uma pergunta de meu caçula: "
Mãe, como voce se sentiu com o advento do celular e do computador em sua
vida e como conseguiu manuseá-los? Respondi tal qual é o tempo, nosso
amigo apressado e como fosse algo normal: " Filho, achei que fosse mais
uma entre tantas aprendizagens que surgiram em minha vida". Mas, na
verdade, tudo que nós mulheres, " Mães da Transição", passamos e
vivenciamos, não foi fácil.
Quanto ao celular, eu achava incrível, ficava com medo de apertar
as teclas erradas, mas isso era uma constante por uns tempos e , na
brincadeira, ria e levava na farra. Quando dei por mim, já manuseava a
tecnologia tranquilamente, assim como foi aprender a dirigir carro,
fazer faculdade junto com os filhos , ser mulher ativista na política,
ser mãe, trabalhar fora e chefiar a família, ser professora e ainda
fazer pós-graduação.... Que sufoco!
Creio qua a maioria das " Mães da Transição" já está se acostumando
com as mudanças e as inovações e não as tratam mais como bicho de sete
cabeças.Aliás , nós mulheres, "Mães da Transição", encaramos a vida e os
obstáculos com muita resignação e doação.
Uma das maravilhosas aprendizagens é a de não reclamar da vida,
pois tudo se torna mais fácil e leve. E na minha reflexão, deparei com
Jesus Cristo, pois ele sempre foi e é o mais solicitado e é capaz de nos
ajudar . Não tínhamos nossas mães por perto pra pedir socorro e
me lembrei de umas das frases de minha mãe que me marcou muito e da
qual não me esqueço: " Todas as mulheres do mundo um dia serão mães e
terão que dar conta do recado e por que você não conseguirá?" ...
Assim, conseguimos vencer aos trancos e barrancos e nem sei como...
Hoje, somos mães pela segunda vez, avós , no sentido correto. Somos as
"Mães da Transição", com celular, computador, trabalhos fora de casa,
assumindo cargos com competência, ajudando a cuidar dos netos,
conselheira e amiga de muitos jovens em qualquer assunto da vida.
E continuei com minhas reflexões... As " Mães da Transição" se
encontram felizes, sentadas em seu computador, pesquisando, aprendendo a
aprender, conversando com amigos, rindo da vida, pois ela é única ,
bela e passageira. Em todas as experiências vividas, décadas tão
diferentes, posso hoje, dizer que sinto-me jovem, realizada, curto
com felicidade todos os momentos de meu descanso outonal, do meu mundo
gostoso de se viver e ainda sinto com mais intensidade as emoções,
compartilhando as façanhas das "Mães da Transição", pelo computador,
pelo celular, aguardando sempre por novas apredizagens e novos saberes.
Mulher, mãe , amiga, somos nós " Mulheres da Transição". Parabéns pelo nosso dia e que ele seja eterno enquanto dure!! Ana Maria Campos
Natural de Uberaba - MG, reside em Ituiutaba - MG. Professora; Formada em Licenciatura e Letras pela UEMG;Pós Graduação em Filosofia.
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sexta-feira, 11 de maio de 2012
Dia de cão ! - Nilson Ribeiro
Tem dia que tudo dá errado.
Pra começar, amanheceu chovendo.Detesto chuva, mesmo quando fininha, renitente, deixando o trânsito ruim, semáforos defeituosos e confusão de gente molhada pra todo lado.
Na loja, clientes mal humorados vão entrando com guarda-chuvas e sombrinhas gotejantes, alagando o piso aqui e ali, formando poças escorregadias como quiabo ensopado. Haja pano de chão seco, e tudo isso trabalhando com funcionário a menos, que faltou simplesmente sem avisar, provavelmente em decorrência da chuva. Desculpa que alegará depois, sem dúvida alguma.
Dizem os entendidos que necessidade satisfeita não motiva ninguém. Deve
ser isso mesmo. Pago bem, premiando sempre meus colaboradores...Mas de nada tem adiantado ser bom e viver agradando essa turma. Não há reconhecimento algum quando se mais precisa. Vivemos assim, reféns do empregado.
De minha parte neste dia tinha logo cedo uma consulta marcada , e o médico, normalmente atrasado, e com uma sutileza de elefante, me adiantou que provavelmente todos nós, os homens, se vivermos muito, morreremos com câncer na próstata, e isso assim, depois de olhar de soslaio para o meu exame de PSA, um tanto alterado dessa vez, disse-me ele.
Fazer o que ? Morrer velho tem lá suas consequências.
Não se pode querer ganhar sempre...
Há algum tempo aprendi que nem sempre vencer é o mais importante.
De que adianta ganhar uma discussão com a mulher da gente e vê-la depois de cara amarrada, pondo dificuldade nas menores coisas ? Por vezes é melhor calar, abrindo mão da própria opinião e deixar o amor incondicional levar a melhor.
Melhor que ter de andar por aí sozinho, com aquela eterna sensação de vazio de quem se perdeu de sua alma gêmea nessa vida e vê o tempo passar célere e em vão, sem chance alguma de um recomeço feliz.
De que vale também provar ao filho amado que Administração de Empresas seria o canal pra perpetuar a empresa familiar, se ele, narizinho empinado, ambiciona ser Designer de Moda ? Brigar pra que, se a consequência será vê-lo triste, com um comportamento cada vez mais arredio ?
Obter uma vitória a curto prazo num negócio certamente poderá significar a perda de um cliente potencial mais adiante.
E foi o que aconteceu hoje, com um fornecedor derrotado e insatisfeito,
numa disputa por centavos. Caiu fora !
Ah ! A eterna dicotomia presente no perde e ganha.
Pra continuar o dia, meu Contador ligou acusando a falta do Informe de Rendimentos Financeiros para Declaração do Imposto de Renda, que este ano não foi entregue pelos Correios.
Resultado, uma verdadeira peregrinação de última hora por 5 bancos diferentes, cada qual com sua política de atendimento mais austera e impessoal que se pode imaginar. Foi barra !
Ao fechar o caixa, no final do expediente, logicamente o resultado negativo não foi de espantar, nesse dia de chuva e poucas vendas.
Voltando pra casa depois de um dia assim ainda guardava uma vaga esperança de um merecido descanso, rezando pra não furar um pneu ou coisa parecida. Diga-se de passagem, sempre fui otimista nato, pelo menos essa vantagem tenho.
Mas estava esquecendo; sou o síndico do prédio e hoje é o dia da cobrança do condomínio, dia de aturar desculpas de inadimplentes, caras de pau com sorrisos amarelos... E mais, quarta-feira, lembrei logo depois, é dia de jogo pela Libertadores e Copa do Brasil, com meus dois times atuando nos gramados. Adeus descanso, certamente dormirei tarde, pensei agora, a latinha de cerveja como companhia certa.
E pra finalizar, ambos os times, um no Rio, outro em B.H., entraram pelo cano, perdendo pênalty e tudo, nas suas respectivas competições.
Decididamente não era o meu dia.
Fui dormir de pijama, sem chance de um diálogo com a "patrôa", e pior, com a cabeça quente.
Nilson Ribeiro, poeta ao acaso desde menino, fluminense de 57 anos, dos quais 42 de labuta, lidando com gente de todo quilate, fiz disso inspiração diária pra aguentar os trancos da vida.
Pra começar, amanheceu chovendo.Detesto chuva, mesmo quando fininha, renitente, deixando o trânsito ruim, semáforos defeituosos e confusão de gente molhada pra todo lado.
Na loja, clientes mal humorados vão entrando com guarda-chuvas e sombrinhas gotejantes, alagando o piso aqui e ali, formando poças escorregadias como quiabo ensopado. Haja pano de chão seco, e tudo isso trabalhando com funcionário a menos, que faltou simplesmente sem avisar, provavelmente em decorrência da chuva. Desculpa que alegará depois, sem dúvida alguma.
Dizem os entendidos que necessidade satisfeita não motiva ninguém. Deve
ser isso mesmo. Pago bem, premiando sempre meus colaboradores...Mas de nada tem adiantado ser bom e viver agradando essa turma. Não há reconhecimento algum quando se mais precisa. Vivemos assim, reféns do empregado.
De minha parte neste dia tinha logo cedo uma consulta marcada , e o médico, normalmente atrasado, e com uma sutileza de elefante, me adiantou que provavelmente todos nós, os homens, se vivermos muito, morreremos com câncer na próstata, e isso assim, depois de olhar de soslaio para o meu exame de PSA, um tanto alterado dessa vez, disse-me ele.
Fazer o que ? Morrer velho tem lá suas consequências.
Não se pode querer ganhar sempre...
Há algum tempo aprendi que nem sempre vencer é o mais importante.
De que adianta ganhar uma discussão com a mulher da gente e vê-la depois de cara amarrada, pondo dificuldade nas menores coisas ? Por vezes é melhor calar, abrindo mão da própria opinião e deixar o amor incondicional levar a melhor.
Melhor que ter de andar por aí sozinho, com aquela eterna sensação de vazio de quem se perdeu de sua alma gêmea nessa vida e vê o tempo passar célere e em vão, sem chance alguma de um recomeço feliz.
De que vale também provar ao filho amado que Administração de Empresas seria o canal pra perpetuar a empresa familiar, se ele, narizinho empinado, ambiciona ser Designer de Moda ? Brigar pra que, se a consequência será vê-lo triste, com um comportamento cada vez mais arredio ?
Obter uma vitória a curto prazo num negócio certamente poderá significar a perda de um cliente potencial mais adiante.
E foi o que aconteceu hoje, com um fornecedor derrotado e insatisfeito,
numa disputa por centavos. Caiu fora !
Ah ! A eterna dicotomia presente no perde e ganha.
Pra continuar o dia, meu Contador ligou acusando a falta do Informe de Rendimentos Financeiros para Declaração do Imposto de Renda, que este ano não foi entregue pelos Correios.
Resultado, uma verdadeira peregrinação de última hora por 5 bancos diferentes, cada qual com sua política de atendimento mais austera e impessoal que se pode imaginar. Foi barra !
Ao fechar o caixa, no final do expediente, logicamente o resultado negativo não foi de espantar, nesse dia de chuva e poucas vendas.
Voltando pra casa depois de um dia assim ainda guardava uma vaga esperança de um merecido descanso, rezando pra não furar um pneu ou coisa parecida. Diga-se de passagem, sempre fui otimista nato, pelo menos essa vantagem tenho.
Mas estava esquecendo; sou o síndico do prédio e hoje é o dia da cobrança do condomínio, dia de aturar desculpas de inadimplentes, caras de pau com sorrisos amarelos... E mais, quarta-feira, lembrei logo depois, é dia de jogo pela Libertadores e Copa do Brasil, com meus dois times atuando nos gramados. Adeus descanso, certamente dormirei tarde, pensei agora, a latinha de cerveja como companhia certa.
E pra finalizar, ambos os times, um no Rio, outro em B.H., entraram pelo cano, perdendo pênalty e tudo, nas suas respectivas competições.
Decididamente não era o meu dia.
Fui dormir de pijama, sem chance de um diálogo com a "patrôa", e pior, com a cabeça quente.
Nilson Ribeiro, poeta ao acaso desde menino, fluminense de 57 anos, dos quais 42 de labuta, lidando com gente de todo quilate, fiz disso inspiração diária pra aguentar os trancos da vida.
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quarta-feira, 9 de maio de 2012
Cachorro se confunde ao ver seu amigo gato em vídeo do Youtube
Ele não entende como seu parceiro felino faz para estar dentro daquela caixa estranha
Um cachorro fica todo confuso ao ver
um vídeo no Youtube.
Tudo porque o gatinho que mora com ele aparece nas imagens.
Esquisitos fizeram tattoos na testa
O cão fica completamente desconfiado do que vê e decide investigar.
Ele vai então até a casinha do gato e confere que o felino está realmente lá.
O problema é que isso só deixa o cachorro ainda mais confuso.
Ele faz uma como se dissesse "como o gato está em dois lugares ao mesmo tempo?".
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terça-feira, 8 de maio de 2012
Perversão Sexual - Doris Ritter de Abreu
Casos de Pedofilia, por ser um transtorno sexual gravíssimo (pelos danos causados às vítimas), chamam mais atenção, principalmente da imprensa, quando a circunstância envolve um vizinho, cliente, fornecedor, colega ou um semelhante.
Enquanto são vistos em filmes, livros, telejornais de cidades grandes, notícias internacionais, parecem que nunca vão chegar até nós.
Mas, quando a coisa acontece na casa do vizinho de classe, parece que um filme de terror invadiu a sala e pulou dali em 3D, como um animal, uma besta fera capaz de fazer crueldades com criancinhas, podendo ser os nossos entes, parentes, amigos. De repente, pode estar atendendo o seu filho numa loja? E agora?
Mas, pra quem já passou por essa realidade ao vivo e em cores, trabalhando em vilas, postos de saúde, hospitais, presídios e, que dirão os agentes de saúde, que sabem mais sobre o que acontece na cidade do que muitos profissionais... Eles sabem que esse tipo de crime é mais comum do que se imagina, sem que sejam mencionados nos jornais. Não é privilégio de cidade pequena. Essa é a realidade! Só chama atenção, se alguém da mesma classe social for o contraventor.
Geralmente os abusadores, são pessoas próximas, de confiança da família, ou são provedores do grupo e por esse motivo, muitas famílias optam por não denunciar. A exceção se dá quando o abusador procura um trabalho ou atividade que lhe dê acesso às vítimas ou as vítimas recebem alguma recompensa pelo ‘favor’. Caberia à policia prestar mais atenção nestes casos, pois as vítimas, geralmente são de baixíssima renda e pouca formação intelectual.
Afirmar que o pedófilo é uma pessoa inteligente, bem-sucedido, como li recentemente na mídia, é um tanto quanto “perigoso”, já que a inteligência não está associada às doenças, e sim, a hereditariedade e a estimulação precoce. Existe perverso, pedófilo e outros tantos tipos de doentes que são inteligentes, acima do esperado como normal (de 90 a 120 de QI) e tem os que se mantém na média. Além daqueles que apresentem inteligência abaixo do esperado para o normal. Portanto é um mito afirmar que um perverso ou um portador de doença mental, é em geral, uma pessoa superdotada intelectualmente.
Quanto às VÍTIMAS, a ciência começa a fornecer a comprovação da influência do trauma na configuração do aparato neuroendócrino, da arquitetura cerebral, da estrutura permanente da personalidade e dos padrões de relacionamento posteriores (Perry, 1995). O estudo da transmissão transgeracional adicionou ainda mais preocupação, pois sabe-se que as experiências ficam marcadas na herança genética e nos padrões de vínculo, sendo, portanto, repassadas de uma forma ou de outra" (Azambuja, Ferreira & Cols). Pág 20, Livro ‘Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes’
Doris Ritter de Abreu Valença
Psicóloga CRP 07/10353
Especialista em Neuropsicologia
Enquanto são vistos em filmes, livros, telejornais de cidades grandes, notícias internacionais, parecem que nunca vão chegar até nós.
Mas, quando a coisa acontece na casa do vizinho de classe, parece que um filme de terror invadiu a sala e pulou dali em 3D, como um animal, uma besta fera capaz de fazer crueldades com criancinhas, podendo ser os nossos entes, parentes, amigos. De repente, pode estar atendendo o seu filho numa loja? E agora?
Mas, pra quem já passou por essa realidade ao vivo e em cores, trabalhando em vilas, postos de saúde, hospitais, presídios e, que dirão os agentes de saúde, que sabem mais sobre o que acontece na cidade do que muitos profissionais... Eles sabem que esse tipo de crime é mais comum do que se imagina, sem que sejam mencionados nos jornais. Não é privilégio de cidade pequena. Essa é a realidade! Só chama atenção, se alguém da mesma classe social for o contraventor.
Geralmente os abusadores, são pessoas próximas, de confiança da família, ou são provedores do grupo e por esse motivo, muitas famílias optam por não denunciar. A exceção se dá quando o abusador procura um trabalho ou atividade que lhe dê acesso às vítimas ou as vítimas recebem alguma recompensa pelo ‘favor’. Caberia à policia prestar mais atenção nestes casos, pois as vítimas, geralmente são de baixíssima renda e pouca formação intelectual.
Afirmar que o pedófilo é uma pessoa inteligente, bem-sucedido, como li recentemente na mídia, é um tanto quanto “perigoso”, já que a inteligência não está associada às doenças, e sim, a hereditariedade e a estimulação precoce. Existe perverso, pedófilo e outros tantos tipos de doentes que são inteligentes, acima do esperado como normal (de 90 a 120 de QI) e tem os que se mantém na média. Além daqueles que apresentem inteligência abaixo do esperado para o normal. Portanto é um mito afirmar que um perverso ou um portador de doença mental, é em geral, uma pessoa superdotada intelectualmente.
Quanto às VÍTIMAS, a ciência começa a fornecer a comprovação da influência do trauma na configuração do aparato neuroendócrino, da arquitetura cerebral, da estrutura permanente da personalidade e dos padrões de relacionamento posteriores (Perry, 1995). O estudo da transmissão transgeracional adicionou ainda mais preocupação, pois sabe-se que as experiências ficam marcadas na herança genética e nos padrões de vínculo, sendo, portanto, repassadas de uma forma ou de outra" (Azambuja, Ferreira & Cols). Pág 20, Livro ‘Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes’
Doris Ritter de Abreu Valença
Psicóloga CRP 07/10353
Especialista em Neuropsicologia
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Doris
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Adolescência interminável - José Roberto de Toledo
O mundo nunca foi tão adolescente. A cada quatro terráqueos, um tem
entre 10 e 24 anos. São 1,8 bilhão de pessoas nessa idade especial. Mas
desde quando um marmanjo de 24 anos é adolescente? Num passado recente
não era, mas passou a ser -ou melhor, não deixou de ser. E isso pode
virar um problema. Segundo a revista científica “The Lancet”, a
adolescência vem espichando a cada geração, nas duas pontas: a puberdade
chega mais cedo, e a maturação do papel social dos jovens ocorre cada
vez mais tarde.
Basta observar como tem avançado a idade média dos jovens ao terminar os estudos, com que conseguem seu primeiro emprego fixo, quando se casam, e com que as mulheres se tornam mães. Todos esses marcos do fim da adolescência foram adiados nas últimas gerações. As repercussões sociais dessa mudança são maiores do que nos damos conta. Daí o dossiê da “The Lancet”.
A palavra “adolescente” deriva do latim “adolescere”, que significa “crescer”, “desenvolver-se”. Adolescente é quem está crescendo, e adulto, quem já cresceu, já se desenvolveu. Mas o crescimento não se mede pelo número do sapato nem pelo comprimento da barra da calça ou da saia. É uma questão de amadurecimento, de andar com as próprias pernas sem a muleta dos pais.
A adolescência começa quando os hormônios da puberdade mudam a fisiologia e a fisionomia das crianças. É uma revolução que transforma todo o corpo, com repercussões do comportamento à capacidade cognitiva do cérebro. Jovens púberes, por exemplo, tendem a questionar regras, buscar novas experiências e tomar atitudes de risco com mais frequência que os impúberes.
O coquetel hormonal em ebulição tem impactos diretos sobre a mortalidade. O gosto por arriscar-se faz com que os adolescentes estejam entre as principais vítimas das mortes violentas. Se a adolescência se prolonga, a chance de sucumbir aos seus efeitos também. Nas últimas décadas, o mundo conseguiu reduzir drasticamente a morte na infância. Mas os avanços na redução da mortalidade de adolescentes foram bem menos impressionantes. O Brasil não é exceção.
De 1996 a 2010, as mortes de crianças brasileiras com menos de cinco anos caíram praticamente à metade, de 88 mil para 47 mil por ano. A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes dessa faixa etária regrediu quase na mesma proporção. Já as mortes e a mortalidade de adolescentes de 10 a 24 anos permaneceram estáveis. Em 2008, pela primeira vez na história do Brasil, morreram mais adolescentes do que crianças. E a tendência só se acentuou desde então.
Nesses 15 anos, as mortes por causas naturais diminuíram, e as violentas aumentaram. Morreram mais adolescentes brasileiros por tiro e acidentes de carro e moto, e menos por doenças infecciosas como Aids, ou por problemas cardíacos. Foram e continuam sendo vítimas de causas de morte evitáveis, que podem ser amainadas por políticas públicas. Esse não é o único impacto sobre a longevidade. É na adolescência que se formam os hábitos alimentares que vão influenciar a saúde pelo resto da vida.
A adolescência tardia também tem consequências positivas, principalmente econômicas. A extensão do período sob o mesmo teto dos pais permite aos adolescentes permanecerem mais tempo na escola. Por isso as novas gerações têm potencial para formarem a força de trabalho mais qualificada que o Brasil já teve, com impactos positivos sobre a produtividade e a renda. Mas para esse potencial se concretizar é preciso que haja oportunidades de emprego compatíveis com essa escolaridade mais alta.
O ano de 2011 foi rico em exemplos de como a adolescência estendida tem impactos profundos sobre áreas improváveis, como a política. Os levantes árabes foram impulsionados por essa população adolescente, gente tão jovem quanto os indignados espanhóis, os saqueadores de Londres e os ocupadores de Wall Street. Todos eles buscando seu lugar na sociedade e topando com obstáculos maiores do que seus pais para encontrá-lo. E enquanto não encontram, sua adolescência é interminável.
Fonte: Estadão
Basta observar como tem avançado a idade média dos jovens ao terminar os estudos, com que conseguem seu primeiro emprego fixo, quando se casam, e com que as mulheres se tornam mães. Todos esses marcos do fim da adolescência foram adiados nas últimas gerações. As repercussões sociais dessa mudança são maiores do que nos damos conta. Daí o dossiê da “The Lancet”.
A palavra “adolescente” deriva do latim “adolescere”, que significa “crescer”, “desenvolver-se”. Adolescente é quem está crescendo, e adulto, quem já cresceu, já se desenvolveu. Mas o crescimento não se mede pelo número do sapato nem pelo comprimento da barra da calça ou da saia. É uma questão de amadurecimento, de andar com as próprias pernas sem a muleta dos pais.
A adolescência começa quando os hormônios da puberdade mudam a fisiologia e a fisionomia das crianças. É uma revolução que transforma todo o corpo, com repercussões do comportamento à capacidade cognitiva do cérebro. Jovens púberes, por exemplo, tendem a questionar regras, buscar novas experiências e tomar atitudes de risco com mais frequência que os impúberes.
O coquetel hormonal em ebulição tem impactos diretos sobre a mortalidade. O gosto por arriscar-se faz com que os adolescentes estejam entre as principais vítimas das mortes violentas. Se a adolescência se prolonga, a chance de sucumbir aos seus efeitos também. Nas últimas décadas, o mundo conseguiu reduzir drasticamente a morte na infância. Mas os avanços na redução da mortalidade de adolescentes foram bem menos impressionantes. O Brasil não é exceção.
De 1996 a 2010, as mortes de crianças brasileiras com menos de cinco anos caíram praticamente à metade, de 88 mil para 47 mil por ano. A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes dessa faixa etária regrediu quase na mesma proporção. Já as mortes e a mortalidade de adolescentes de 10 a 24 anos permaneceram estáveis. Em 2008, pela primeira vez na história do Brasil, morreram mais adolescentes do que crianças. E a tendência só se acentuou desde então.
Nesses 15 anos, as mortes por causas naturais diminuíram, e as violentas aumentaram. Morreram mais adolescentes brasileiros por tiro e acidentes de carro e moto, e menos por doenças infecciosas como Aids, ou por problemas cardíacos. Foram e continuam sendo vítimas de causas de morte evitáveis, que podem ser amainadas por políticas públicas. Esse não é o único impacto sobre a longevidade. É na adolescência que se formam os hábitos alimentares que vão influenciar a saúde pelo resto da vida.
A adolescência tardia também tem consequências positivas, principalmente econômicas. A extensão do período sob o mesmo teto dos pais permite aos adolescentes permanecerem mais tempo na escola. Por isso as novas gerações têm potencial para formarem a força de trabalho mais qualificada que o Brasil já teve, com impactos positivos sobre a produtividade e a renda. Mas para esse potencial se concretizar é preciso que haja oportunidades de emprego compatíveis com essa escolaridade mais alta.
O ano de 2011 foi rico em exemplos de como a adolescência estendida tem impactos profundos sobre áreas improváveis, como a política. Os levantes árabes foram impulsionados por essa população adolescente, gente tão jovem quanto os indignados espanhóis, os saqueadores de Londres e os ocupadores de Wall Street. Todos eles buscando seu lugar na sociedade e topando com obstáculos maiores do que seus pais para encontrá-lo. E enquanto não encontram, sua adolescência é interminável.
Fonte: Estadão
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SAÚDE
Eva Maria - Nadia Foes
Eva Maria sempre teve uma personalidade forte. Nasceu
sabendo o que não desejava da vida; filha de mãe prepotente e pai submisso. Eva
Maria era uma mocinha bonita, culta e educada. Casou com o primeiro namorado,
mas não foi o único. Foi pedida em casamento três vezes, mas aos quinze anos
ela chegou para a futura sogra, pessoa que acabara de conhecer, e vaticinou: eu
vou me casar com seu filho. A senhora em questão, como não era boba, e era
muito ligada ao filho caçula, que é bem provável que tenha sido conseqüência do
último canto do cisne, respondeu: com esse não, case com o irmão dele. Que era
mais velho e traste. Eva Maria estava decidida; namoraram sete anos. Eva
esperou o moço estudar e começar a trabalhar. O casamento foi tão lindo que até
hoje se comenta a suntuosidade da igreja e o vestido na noiva em estilo
medieval. Eva Maria se manteve virgem como convinha a uma moça da época. A avó
comentava, menina deve merecer o véu. Pois ela mereceu, só não mereceu o que
veio depois, mas isso é outra história. O começo do casamento foi igual a
todos, muita luta, juntaram miséria com miséria. O noivo não era rico. Eva
Maria era rica, mas era tudo emprestado. Quando casou não levou nem suas jóias
pessoais. Sua mãe ficou com tudo e como não era muito, Eva Maria não deu bola.
Até o enxoval de Eva Maria acabou voltando, aos poucos, para a casa de sua mãe,
principalmente as toalhas de banho que ficavam esquecidas na casa da mãe e
nunca mais voltaram. Aliás, a mãe de Eva Maria sempre foi fascinada por toalhas
de banho que não eram dela. Deve ser algum fetiche da distinta senhora. Eva
Maria, por conta das dificuldades, logo começou a costurar seus próprios
vestidos e sempre com muito bom gosto. Ela sempre gostou de andar na moda, o
corpinho ajudava e as medidas de miss. Tudo lhe caia bem. Eva Maria teve roupas
que ficaram na história, não digo as roupas de festas que eram fabulosas, mas o
dia a dia também. Nos anos 70 foi moda macacão, pois Eva Maria mandou confeccionar
um macacão de malha preto, estilo segunda pele, e duas saias que sendo uma
verde de bolas pretas e Eva Maria arrasou. Quando chegaram os filhos, Eva Maria
passou a costurar para a família, foram anos de lutas e por conta de Eva Maria
ganhar dinheiro na hora do aperto, pois Eva Maria pintava peças de gesso e
vendia. Pintava como ninguém máscaras venezianas e os presépios, então...
Pareciam verdadeiras obras de arte. Ela não saía vendendo, ela largava na mãos
das manicures que se encarregavam das vendas e ainda faturavam um dinheirinho
extra. Fabricou tantas flores para vestidos que certa ocasião admirando sua
pinacoteca ficou maravilhada pois a maioria de suas telas foram fruto do seu
rico dinheirinho. Depois Eva Maria passou a ganhar muito dinheiro. Com os
filhos já crescidos dava festas de arromba. Da decoração aos comes e bebes tudo
por sua conta. Enfeitou a casa e a vida. Abriu um canil e passou a vender cães
de raça rara, pois seus canil era muito conhecido e conceituado. Montou fábrica
de vestuário e foi um sucesso. Com o dinheiro ganho bancou baile de debutante,
festa de 15 anos, a vida social intensa dos filhos, colégio dos filhos, e
passou anos sem depender de um tostão do marido. O que é curioso é que o marido
de Eva Maria tinha uma teoria muito própria a respeito do dinheiro. Tudo que
era dele era dele e o que era de Eva Maria também era dele, mas Eva Maria nunca
se preocupou muito, sabia que se bastava. Enfeitou a casa, a vida, filhos e fez
deles gente. E o marido, cansado de uma mulher tão eficiente, partiu para o
território alheio e arranjou uma amante com nome de santa que logo foi trocada
por outra com nome de filha da outra. Resultado, a santa revoltada ligou para
Eva Maria e contou tudo, tudinho. Eva Maria chorou, esperneou, e pensou até em
arranjar uma galharia de alce para ele. Até já se imaginava dando assunto para
a cidade. E a cidade inteira se dirigindo a ele, como vai dr. Alce? Dona Eva
Maria já trocou a porta para o senhor passar? Imagine o tamanho da galharia.
Mas como ela tem muita personalidade, achou que essa vingança seria muita
baixaria com os seus filhos e deixou o dito pelo não dito. Ela suportou com
muita elegância a sua galharia. É a dignidade das mulheres traídas. E não foram
mais felizes para sempre.
Restaurandora
de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi
classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros
publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais
domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura,
cinema, e a paixão de escrever.
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Nadia Foes
sábado, 5 de maio de 2012
Cuidados que devem ser tomados com as baterias de Notebook
" Para colocar a bateria ou remove-la, o notebook deve estar desligado, inclusive a fonte deverá estar desconectada do notebook.
Após efetuar a troca, reconectar a fonte e ligar normalmente o notebook." "O primeiro passo ao receber a bateria, será colocá-la no notebook, mesmo que apareça a informação de que a bateria já esta carregada. Deve deixar carregando por 8h a 12hrs.
Cuidados que devem ser tomados com as baterias de Notebook
A
vida útil das baterias recarregáveis é medida através de ciclos de
cargas, que variam em torno de 500 a 800 ciclos, dependendo do modelo da
bateria.
Todas
as vezes que ligamos o notebook sem o conversor AC/DC à energia
elétrica, com a bateria instalada, é gasto um ciclo de vida útil da
bateria, não importando o tempo ao qual o equipamento ficou ligado, um
ciclo de vida útil da bateria já foi consumido.
Para
evitarmos o desgaste prematuro das baterias, devemos sempre utilizar a
bateria do equipamento até o final da carga, e quando o equipamento
sentir que a carga da bateria está baixa, ele irá avisar emitindo sons
característicos, acendendo luzes, ou de alguma outra forma
característica de acordo com cada marca e modelo de Notebook. Devemos
atentar para a carga da bateria, esta deve ser feita de uma forma
contínua, sem interrupções, ou seja, se a bateria gasta duas horas para
ser carregada, ela deve ficar conectada à rede elétrica por duas horas,
consecutivas e ininterruptas. Estas informações devem ser verificadas no
manual do usuário do equipamento ( notebook ).
Antes
de utilizar as baterias novas, devemos fazer a carga inicial, para que
elas tenham longa duração e grande autonomia. Este procedimento é feito
da seguinte forma: coloca-se a bateria nova no equipamento, liga-se o
equipamento na rede elétrica, deixe-o carregar a bateria por 8h, não
importando ai o comunicado do equipamento de que a bateria já esta
carregada, após este período de carga, devemos desconectar o equipamento
da rede elétrica, e utilizar o Notebook até que a carga da bateria
chegue ao final, neste caso não há necessidade de ser contínuo, pode
haver interrupções. Quando a carga da bateria chegar ao final, devemos
carregá-lo por mais outro período de 8h. Este procedimento deverá ser
repetido por cinco vezes, e após isto, podemos utilizar o equipamento
normalmente.
Obs:
lembramos que é recomendado utilizar o notebook utilizando a energia da
bateria, pelo menos, uma vez por semana, se a bateria ficar por um
longo período sem utilização, as células podem ficar danificadas.
Recicle, seja conciente
"As
pilhas e baterias, quando descartadas em lixões ou aterros sanitários,
liberam componetes tóxicos que contaminam o solo, os cursos d'água e os
lençóis freáticos, afetando a flora e fauna das regiões circunvizinhas e
o homem, pela cadeia alimentar."
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
Pai filma a filha todos os dias por 12 anos e faz vídeo curioso
Ele filmou a filha todos os dias por 12 anos. Depois, compilou as imagens para fazer um vídeo bem curioso.
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Postado por
ORACY
às
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vida
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Dependência das amizades virtuais
Muitos especialistas vêm debatendo os casos das pessoas que preferem se
relacionar virtualmente, esquecendo o mundo real. Essa discussão está
avançando em diversas frentes no segmento acadêmico e na área da saúde.
Os números preocupam porque as estimativas apontam que 10% da população
brasileira tem esse tipo de dependência.
Para o psicólogo Cristiano
Nabuco de Abreu, essa preferência faz parte de um quadro ainda maior,
que é a dependência da internet. “Os indivíduos que apresentam uma
dificuldade ou deficiência, classificada como um transtorno (depressão,
fobia social ou transtorno bipolar do humor), têm uma predisposição a se
refugiar no mundo virtual. Utilizam esse ambiente como uma forma
alternativa de vida. Nisso se desenvolvem algumas consequências como,
por exemplo, a preferência por relacionamentos virtuais. Dependendo de
cada pessoa, o quadro pode ser grave ou simples de ser revertido, sem
maiores problemas”, esclarece.
Nabuco, que também coordena projetos
do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Amiti), do
Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), revela que
essa dependência é mais preocupante entre os jovens. “Quando analisamos
os adolescentes ou indivíduos até 21 anos, verificamos que a região do
lobo frontal no cérebro, que inclui o córtex pré-frontal, responsável
pelo controle dos impulsos, onde se dá a decisão de fazer ou não fazer
alguma coisa, não está completamente desenvolvida. Por isso,
naturalmente são mais vulneráveis e propícios a apresentar quadros mais
graves de dependência”, declara.
O perfil desse indivíduo se encaixa
naquele tipo que prefere ficar conectado na grande rede, em jogos ou
sites de relacionamento. “Agora é bom esclarecer que não existe problema
em acessar a internet. Ela é a ponta do iceberg. Um agente que facilita
no diagnóstico de um quadro. Quando o indivíduo se refugia na grande
rede, ele já apresenta um problema psiquiátrico, conforme descrevemos
acima, ou um problema psicológico”, revela Cristiano.
Outra personalidade
Mesmo aquelas pessoas que têm uma vida normal no mundo físico podem
procurar o mundo virtual (a internet) para manifestar outro lado da sua
personalidade. A psicanalista e teóloga Daysi Rezende diz que existem
indivíduos que não mostram exatamente aquilo que são. “Quando a pessoa
se relaciona no mundo físico – em casa, na escola, no trabalho, ou até
mesmo na igreja – ela é obrigada a se enquadrar e respeitar esses
ambientes, sendo até obrigada a revelar o que ela é. No mundo virtual,
isso não é necessário.”
A especialista lembra que o ser humano é
muito complexo. “Na verdade, nós somos três pessoas: aquela que
realmente somos, aquela que nós queremos que os outros vejam em nós, e
aquela que nós imaginamos ser. Num ambiente familiar, os outros percebem
muito facilmente quem nós realmente somos. No contato virtual, o
indivíduo pode criar para ele o personagem que desejar”, acrescenta
Daysi.
Especialistas e educadores são unânimes ao afirmar que os
pais precisam acompanhar todas as reações das crianças. Qualquer
alteração ou resposta que fuja de um padrão, principalmente de forma
repetida, merece ser verificada atentamente. Dependendo da situação, é
aconselhável até buscar ajuda de um profissional.
Outro procedimento
muito recomendado agora na chamada “Era Digital” é monitorar o que os
filhos estão acessando na internet. “A grande rede, ao mesmo tempo em
que oferece cultura, abre os horizontes do conhecimento humano e encurta
distâncias, entre outras vantagens, despeja dentro dos lares muitas
informações desnecessárias, que não acrescentam nada na formação de uma
criança ou jovem. É importante para a família manter um diálogo com os
menores sobre o que é construtivo e positivo na web”, conclui a
psicanalista Daysi Rezende.
Via Teresa Santos
Postado por
ORACY
às
09:30
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