Há 2 ilhas nas águas territoriais de Moçambique, localizadas no lago Malawi (se não me engano a fronteira entre os 2 países é no meio do lago), foram colonizadas pelos missionários anglicanos vindos do Malawi. Uma missão chamada Universities Mission foi fundada no século 19 na maior das 2 ilhas, chamada Likoma. Portanto a ilha Likoma pertence ao Malawi e não a Moçambique e o lago mudou de nome, mas vejam as fotos – é mesmo espetacular.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Um voo espetacular pelos lugares mais bonitos dos Estados Unidos
Via Teresa Santos
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domingo, 26 de agosto de 2012
Minha História - Nádia Fóes
Meu nome é Gardênia. Explica-se, minha mãe quando se separou
do meu pai vendeu tudo o que possuíamos em casa, menos os seus livros. Ela
amava ler. Adorava romances. Sua biblioteca era respeitável. Ela chegava
algumas vezes a encarnar os personagens. Algumas vezes ela era Rebeca, outras
Margarite Goutier, a dama das camélias, e no final de seu casamento foi Ana
Karenina. Ela era trágica. Venho de uma família que tem o dom da tragédia e
alguns membros tem o dom da comédia. Eu herdei os dois lados. O nosso brasão
devia ser o do teatro, a tragédia e a comédia. Até tenho um par de brincos e um
anel representando o símbolo do teatro, a tragédia e a comédia. Vejo que me
estendi um pouco, pois eu quero falar é do meu nome. Quando nasci, minha mãe me
achou com cara de Rebeca, depois pensou um pouco e resolveu que eu receberia o
nome de Katucha, porém alguém de bom senso achou que o nome seria muito pesado
para uma criança tão pequena e que existia a possibilidade de na primeira
infância eu ser chamada de Kartucha. Pois minha mãe plantou gardênia. Nunca me
contaram quais foram as minhas primeiras palavras, nem como eu pronunciava o
meu nome. Eu não consigo imaginar, n a escola deve ter sido um fiasco. Lá pelos
dez anos me perguntavam qual origem de meu nome e eu respondia, a flora. Isso
me dava um ar de superioridade e a meninada não entendia mas ficava embaraçada.
A medida que fui crescendo devo ter ficando cara de gardênia e hoje eu gosto de
ser gardênia, até plantei um pé de gardênia no meu jardim. Pois foi na época de
aprender a gostar e me fazer respeitar meu nome que a minha mãe acentuou sua
mania de encarnar os personagens de romance. Minha dificuldade em saber se
naquele momento ela estava incorporada por Margarite ou Rebeca. O duro era
quando ela resolvia ser a Ana Karenina! Pois aí eu pensava, ela é tão
perfeccionista e se ela resolve se atirar nos trilhos do trem, como vamos
ficar? Três órfãs de pai e mãe? Com o passar dos anos fui perdendo este medo,
pois quando ela teve que enfrentar a menopausa precoce, como ela sempre disse.
Ela teve a última filha com 38 anos, ela desmaiava. Era terrível, pois ela
encostava na parede e deslizava para o chão, ou caia deitada no sofá. Nunca
caiu em qualquer lugar, só em lugares adequados. Aí ela já estava casada
novamente, a filha foi do último casamento dela. Como deve dar para ver a minha
infância e adolescência foram sem dúvidas atribuladas. Aos doze anos, minha mãe
mandava confeccionar uns corpetes de tecido branco duro coberto de renda de
algodão. Segundo ela era para deixar o corpo bonito, porém a coisa não
funcionou e meus seios ficaram com formato de ovo frito. Eu até gostava daquela
armadura. É que eu sou resiliente. Só fui descobrir isso na meia idade. Penso
que na época eu era “resistente mesmo”. Pois a vida foi seguindo o seu curso e
eu fui acumulando cicatrizes que a vida fez. Não sei se hoje posso me comparar
a uma colcha de retalhos de tão emendada. Algumas vezes penso que devo ser uma
porcelana quebrada e solada, meio craquelet. Como fui muito mal resolvida com
meu pai, eu me tornei mal resolvida com os homens. Sabe aquele tipo que atrai
tudo o que ruim e pode se machucar emocionalmente? Casei com um homem
prepotente e egoísta, não saí do casamento porque sou preguiçosa. Certas
atitudes exigem muito empenho e não tenho selo de garantia. Casamento não tem
seguro de vida!É tudo muito complicado, pois fui ficando por acomodação, pois
agora que eu estava pensando “ora, tanto faz como tanto fez”, eu acordei dando
uma guinada na minha vida. Estou cheia de planos e sonhos, e sei que vou me
realizar, é só estar no local certo na hora certa. Sonhar certa altura da vida
é salutar, tenho nas mãos um leque de opções, vou ter muitas histórias para
contar. Logo eu que era considerada a ovelha má da família, eu era, ou melhor,
eu sou isso sim! Uma ovelha desgarrada de seu rebanho, porém isso é outra
história. Nem sempre uma ovelha perdida é infeliz, minhas cicatrizes são minhas
vivências. Por hora estou fazendo um retiro espiritual para iniciar a minha empreitada.
Vou precisar estar bem espiritualmente carrego uma caixa de boas surpresas,
sonhos e certamente muitas realizações. Seguir o atalho não é a melhor saída. É
só saber onde vai dar a estrada e haverá sempre alguém disposto a nos ensinar.
Gardênia sabe o que deseja, a espera foi longo, mas valeu a pena. Como disse
Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não é pequena!
Restaurandora
de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi
classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros
publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais
domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura,
cinema, e a paixão de escrever.
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O Quadrado Mágico de Albrecht Dürer
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sábado, 25 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Simples assim - Silvana Duboc
"Tenho cabelos loiros, pintados,
para esconder os fios brancos.
Não me lembro exatamente em que
ano eles começaram a branquear...
Tenho algumas rugas em volta dos olhos,
também não me recordo quando
para esconder os fios brancos.
Não me lembro exatamente em que
ano eles começaram a branquear...
Tenho algumas rugas em volta dos olhos,
também não me recordo quando
elas começaram a aparecer.
Tento disfarçá-las, tantas novidades
no campo da dermatologia,
achei por bem aproveitá-las.
Do corpo não cuido quase,
só recentemente penso em entrar para uma
academia.
Todos me dizem que na minha
idade preciso de exercícios.
Mais nunca que vou,
não gosto de fazer ginástica.
Das minhas unhas cuido semanalmente,
penso que elas são uma porta de visita.
Unhas maltratadas causam
uma péssima impressão.
De uns dois anos pra cá descobri os
cremes e aí compro um aqui,
outro ali e só agora uso todos,
mas sempre comprei, só de olhá-los na prateleira
já percebia que as rugas se retraiam.
Sou assim, vaidosa,
mas não sou em excesso,
penso que sou na medida certa,
na medida correta para uma mulher.
Enfim os anos passam e as
marcas que eles deixam em nós,
não temos como conter.
Nem pretendo isso.
Acho que cada marca que meu corpo
carrega tem uma linda história.
Às vezes me pego na frente do espelho
descobrindo uma nova ruguinha
e já me coloco a pensar o que a causou.
Depois reencontro com outra que já está lá
vincada há anos e me recordo que ela
apareceu quando perdi um grande amor.
Poderia enumerar também a história
de cada fio de cabelo branco.
Foram filhos, marido,
amigos que colocaram eles ali.
Não quero me desfazer
de nenhuma dessas marcas,
apenas amenizá-las,
acho que mereço isso.
A vida me deve isso.
Atualmente a parte que merece mais
atenção minha tem sido a cabeça.
Tento todos os dias colocá-la no lugar,
equilibrá-la, alimentá-la
com sonhos e alegrias.
Corpo e mente caminham juntos,
se um estiver em estado lastimável o
outro provavelmente vai se deteriorar.
Não escondo minha idade,
não adiantaria falar
que tenho quarenta e cinco
e apresentar uma
filha de trinta e quatro.
Portanto eu confesso,
tenho cinquenta e seis
Metade deles, bem vividos,
a outra metade muito sofridos.
Mas é exatamente aí que está
o encanto da minha idade.
Conheci de tudo um pouco,
das lágrimas aos sorrisos e ambos me
fizeram ser essa pessoa que sou hoje.
Ficaram as rugas no rosto e na alma,
mas também ficaram sorrisos em ambos.
Minhas rugas mais bonitas são aquelas
marcas de expressão que eu
adquiri por tanto sorrir,
muitas vezes,
quando o coração chorava. "
Tento disfarçá-las, tantas novidades
no campo da dermatologia,
achei por bem aproveitá-las.
Do corpo não cuido quase,
só recentemente penso em entrar para uma
academia.
Todos me dizem que na minha
idade preciso de exercícios.
Mais nunca que vou,
não gosto de fazer ginástica.
Das minhas unhas cuido semanalmente,
penso que elas são uma porta de visita.
Unhas maltratadas causam
uma péssima impressão.
De uns dois anos pra cá descobri os
cremes e aí compro um aqui,
outro ali e só agora uso todos,
mas sempre comprei, só de olhá-los na prateleira
já percebia que as rugas se retraiam.
Sou assim, vaidosa,
mas não sou em excesso,
penso que sou na medida certa,
na medida correta para uma mulher.
Enfim os anos passam e as
marcas que eles deixam em nós,
não temos como conter.
Nem pretendo isso.
Acho que cada marca que meu corpo
carrega tem uma linda história.
Às vezes me pego na frente do espelho
descobrindo uma nova ruguinha
e já me coloco a pensar o que a causou.
Depois reencontro com outra que já está lá
vincada há anos e me recordo que ela
apareceu quando perdi um grande amor.
Poderia enumerar também a história
de cada fio de cabelo branco.
Foram filhos, marido,
amigos que colocaram eles ali.
Não quero me desfazer
de nenhuma dessas marcas,
apenas amenizá-las,
acho que mereço isso.
A vida me deve isso.
Atualmente a parte que merece mais
atenção minha tem sido a cabeça.
Tento todos os dias colocá-la no lugar,
equilibrá-la, alimentá-la
com sonhos e alegrias.
Corpo e mente caminham juntos,
se um estiver em estado lastimável o
outro provavelmente vai se deteriorar.
Não escondo minha idade,
não adiantaria falar
que tenho quarenta e cinco
e apresentar uma
filha de trinta e quatro.
Portanto eu confesso,
tenho cinquenta e seis
Metade deles, bem vividos,
a outra metade muito sofridos.
Mas é exatamente aí que está
o encanto da minha idade.
Conheci de tudo um pouco,
das lágrimas aos sorrisos e ambos me
fizeram ser essa pessoa que sou hoje.
Ficaram as rugas no rosto e na alma,
mas também ficaram sorrisos em ambos.
Minhas rugas mais bonitas são aquelas
marcas de expressão que eu
adquiri por tanto sorrir,
muitas vezes,
quando o coração chorava. "
Via Ana Boson
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Maldita inclusão digital?
O “maldita inclusão digital” já virou
uma expressão com vida própria. Ela é uma maneira rápida de mostrar
desagrado diante de um texto mal escrito, uma montagem brega no youtube
ou qualquer outra coisa que denuncie um gosto ou origem mais popular.
Quem usa acha que disse tudo numa tacada só: reconhece algo mais popular
quando o vê, sabe do recente aumento da capacidade de
consumo, se declara como parte de uma classe que estava aqui muito
antes e que lamenta a entrada de novos membros. O que ele consegue, na
verdade, é ser preconceituoso.
Essa inclusão é maldita, é algo a se lamentar? Lamentar a inclusão digital é desejar que as distâncias sociais continuem tão profundas como eram antigamente; que os de origem diferente (inferior?) nem de longe possa frequentar os mesmos lugares dos de origem igual (superior?), nem ao menos os espaços virtuais. Qualquer coisa diferente do que seria a maneira correta de escrever e gostar é punida, é motivo de chacota. Pelo jeito, a igualdade social é admirada apenas quando praticada nos outros países.
Eu também me incomodo quando leio um “quizer” por aí. Mas se eu tivesse que eleger o maior problema da vida virtual, nem pensaria em citar esses erros. Aqui há tanta oferta de qualidade que só lê coisa ruim quem quer. O que realmente me incomoda aqui é a agressividade – cada dia maior e mais gratuita. E não adianta dizer que a culpa é “deles”. Qualquer um que escreva errado por aqui é massacrado, nem que seja apenas por um erro de digitação. A agressividade que eu vejo é justamente daqueles que se acham mais cultos, mais escolarizados e, por isso, superiores aos outros.
Eu vejo no lamento pela inclusão digital um ranço escravocrata, um desprezo íntimo que todos nós aprendemos a ter por aqueles que ganham a vida com o trabalho braçal. Ele vem de uma classe média que sempre se sentiu muito mais rica do que realmente era, e agora se sente empobrecida ao encarar a realidade. Se existe uma diferença cultural tão marcante é porque nunca houve interesse em diminuir as distâncias sociais, apenas em aumentá-las. Isso não passa apenas pela esfera política, ela diz respeito à maneira de falar, de se vestir, de tratar o outro.
Existe sim uma maneira correta de escrever “quizer” e todas as outras regras gramaticais. Fora isso, quase tudo o que torna a inclusão social “maldita” é a dificuldade de lidar com as diferenças.
Postado por Caminhante Diurno
Essa inclusão é maldita, é algo a se lamentar? Lamentar a inclusão digital é desejar que as distâncias sociais continuem tão profundas como eram antigamente; que os de origem diferente (inferior?) nem de longe possa frequentar os mesmos lugares dos de origem igual (superior?), nem ao menos os espaços virtuais. Qualquer coisa diferente do que seria a maneira correta de escrever e gostar é punida, é motivo de chacota. Pelo jeito, a igualdade social é admirada apenas quando praticada nos outros países.
Eu também me incomodo quando leio um “quizer” por aí. Mas se eu tivesse que eleger o maior problema da vida virtual, nem pensaria em citar esses erros. Aqui há tanta oferta de qualidade que só lê coisa ruim quem quer. O que realmente me incomoda aqui é a agressividade – cada dia maior e mais gratuita. E não adianta dizer que a culpa é “deles”. Qualquer um que escreva errado por aqui é massacrado, nem que seja apenas por um erro de digitação. A agressividade que eu vejo é justamente daqueles que se acham mais cultos, mais escolarizados e, por isso, superiores aos outros.
Eu vejo no lamento pela inclusão digital um ranço escravocrata, um desprezo íntimo que todos nós aprendemos a ter por aqueles que ganham a vida com o trabalho braçal. Ele vem de uma classe média que sempre se sentiu muito mais rica do que realmente era, e agora se sente empobrecida ao encarar a realidade. Se existe uma diferença cultural tão marcante é porque nunca houve interesse em diminuir as distâncias sociais, apenas em aumentá-las. Isso não passa apenas pela esfera política, ela diz respeito à maneira de falar, de se vestir, de tratar o outro.
Existe sim uma maneira correta de escrever “quizer” e todas as outras regras gramaticais. Fora isso, quase tudo o que torna a inclusão social “maldita” é a dificuldade de lidar com as diferenças.
Postado por Caminhante Diurno
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quinta-feira, 23 de agosto de 2012
A idade e a mudança, por Lia Luft
(Por Lya Luft)
"Mês
passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo
contemporâneo. Era um bate-papo com uma plateia composta de umas
duzentas e cinquenta mulheres de todas as raças, credos e idades.
E
por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e,
como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível...
A
plateia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: 'pô,
estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a
única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de
eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?
Onde,
não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado
'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho
ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas
cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há
um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de
senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se
'mudança'.
De
fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes
da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a
novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos cento e vinte anos.
Mudança,
o que vem a ser tal coisa? Minha mãe recentemente mudou do apartamento
enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e
doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e,
mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais
compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma
amiga, casada há trinta e oito anos, cansou das galinhagens do marido e
o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos sessenta e cinco anos.
Rejuvenesceu.
Uma
outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não
tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem
sol. Rejuvenesceu.
Toda
mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão
difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são
inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa
feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças
fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal
juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um
cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque
não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Olhe-se no espelho..."
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Amor e Ódio - Nadia Fóes
Não tinham a mesma origem social, nem o mesmo caráter, eram
de natureza distinta, tiveram uma relação intensa. Quando romperam a violência
foi proporcional ao grande afeto que tinham um pelo outro. Um era generoso e
outro continua dando demonstrações de mesquinharia e insolência, parecendo
acreditar que tudo lhe é permitido e devido. Eles se amaram e eram notáveis.
Ela foi perfeita em tudo, se encontraram no ginasial e seguiram grandes amigos.
A turma de amigos era a mesma, os locais que freqüentavam eram os mesmos.
Naquela relação tudo foi perfeito demais, seguiram a mesma profissão, foram
para a Itália onde se aperfeiçoaram na arte dos molhos e das pastas, depois
seguiram para Paris onde se dedicaram aos sabores da culinária francesa.
Voltaram para a Toscana onde se aprimoraram nos temperos. Da Toscana voltaram
para a França, o destino foi a região de Provence onde foram trabalhar com
renomado chef. Na volta já eram notórios e abriram na antiga mansão familiar o
mais luxuoso restaurante do país. As coisas correram bem até eles notarem que
um era a continuação do outro. Não se sabe ao certo quando se instalou a
rivalidade entre eles,e o casal perfeito desfez a sociedade. Ele era filho
único e único herdeiro. O palacete fora de seus avós. Na partilha ele sugeriu
que tudo fosse dividido de forma de ninguém se sentir prejudicado. Ela não
concordou, queria comprar a parte dele e ficar com o nome fantasia da empresa e
o palacete. Teve mais um impasse, o palacete por hora era de sua mãe. Ele
lembrou, ela não concordou e continuaram trabalhando juntos até que certo dia
começou tudo com mais intensidade a briga pelo palacete e pelo nome da empresa.
Os dois foram inflexíveis, ele deixou o restaurante, por ora, com a mulher e
foi viajar pela Amazônia. Seu advogado cuidava de tudo. No início ele dava e
pedia notícias. Ela manteve o livro caixa sem qualquer rasgo de desonestidade.
Nos primeiros dois anos eles se comunicaram até parar de chegar notícias. Suas
contas bancarias não estavam sendo movimentadas, ele não deu mais notícias e a
situação foi ficando intolerável. Ela já estava se achando espoliada, pois só
ela trabalhava e o dinheiro era dividido. Aquilo não estava certo. Perderam o
contato e a mãe dele não estava bem. Não sabiam por onde iniciar as buscas. Ele
se encontrava na Amazônia, mas onde? Quando ela descobriu o palacete fora doado
em vida pela sua herdeira direta. Foi aí que o advogado explicou, por ocasião
da morte do marido da referida senhora foi feito o inventário dos bens e a
divisão. E foi este dinheiro que proporcionou todos os cursos e mordomias no
exterior e a montagem do luxuoso restaurante, restauração do prédio, etc, etc.
Porém o palacete foi a parte que a mãe do desaparecido reivindicou para si,
entre outros bens. E o palacete foi doado para o Estado onde seria a fundação
que levaria o nome do patriarca. Assim sendo, eles tinha direito a herança que
era grande, porém não o palacete que foi o motivo da ida do desaparecido para a
Amazônia e toda a confusão que fora armada. E mais, ele sabia e concordava com
a vontade de sua mãe, tanto que deixou procuração com o seu advogado e
procurador. Ele foi dado como desaparecido a partir do momento em que não se
teve mais qualquer notícia dele. Sem corpo, a situação tornou-se delicadíssima.
Ela vendeu o restaurante, o procurador dele ajustou tudo. Um curador passou a
administrar a fundação que leva o nome do patriarca e cinco anos após, seu
monomotor foi encontrado no meio da selva. A notícia foi que ele foi encontrado
com vida, porém perdeu a memória. Teve uma amnésia profunda e estava morando
com uma tribo onde foi tratado e adotado como um deles. Foi localizado e
reconhecido. Um taxi aéreo foi apanhá-lo e trouxe direto para o hospital onde
ficou em observação. Três meses após o ocorrido ele recebeu alta e voltou a
vida normal, porém já não era mais a mesma pessoa. O sofrimento, a convivência
com outra cultura, tudo de certa forma mexeu com o outro lado dele, porém o
ódio por ela foi proporcional ao amor que sentira. Tudo aquilo aconteceu por
causa de uma casa velha! Era demais! Ele proporcionou os cursos, as viagens,
todo conforto e muito luxo para a mulher de seus sonhos. Sua dúvida foi a
seguinte: ela casou com ele ou com o restaurante luxuoso e o palacete. Ele
ainda possuía muitos bens e o seu casamento dói em regime de separação de bens.
Eles casaram quando o restaurante ficou pronto e ela estava esperando um bebê,
que segundo ela, perdeu. Foi aborto espontâneo. Ela não desejou mais ter
filhos. Durante a ausência dele, ela não procurou se aproximar. Quem deu pela
ausência dele foi o seu procurador, quem pagou todas as buscas foi seu
procurador, e quem abriu as portas do apartamento quando ele saiu do hospital
foi a sua amiga de infância, afilhada de sua mãe e que foi criada como se fosse
da família. A moça herdou de sua madrinha um belo apartamento onde montou uma
suíte para ele, esperando o seu retorno. Sua mulher queria apenas ter seu
estado civil definido, pois a sua leal amiga acompanhou todo o tratamento
posterior. Tirou a sua licença prêmio para poder servir de enfermeira,
motorista e companheira. Na separação oficial a mulher ficou com parte dos
bens, coisa que o advogado não concordou, porém ele fez questão para não
prolongar mais tantas desavenças. Ele abriu um novo restaurante que é a mania dos
estrelados no momento. Casou com sua fiel amiga. Apaixonado, porque até então
ela não fora vista como mulher por ele. Ele nunca imaginou que o amor estava
tão próximo e ele foi buscar tão distante. Eles casaram e estão felizes e sua
ex parece ter esquecido que eles hoje já não tem qualquer vinculo. Se ela
acorda espirrando é para ele que ela liga, se falta a empregada é para o seu
restaurante que ela apela. Se vai viajar é para o agente de viagem dele que ela
liga, e quando encontra ele e sua mulher ela ignora a sua acompanhante e fica
pendurada no braço dele. Nunca usou o sobrenome famoso no tempo em que foi
casada com ele, pois hoje ela faz questão de usar – diz que isso facilita a
vida dela. Agora ele acabou de receber um presente de aniversário maravilhoso.
Sua mulher vai ser mãe de gêmeos, um casal. Estão felicíssimos e a boa notícia
é que eles vão morar na Costa Azul por uma longa temporada. Toda a família dele
por ora se resume na mulher e dois filhos. Eles se amam, segundo ele para a
vida inteira.
Restaurandora
de bens culturais, pintora, escultora, ourives, Em 2010 foi
classificada em concurso internacional em contos e cronicas, Três livros
publicados e uma coletânea do concurso Edições AG. Mora em Florianópolis, na ilha, casada, três filhos, gosta de animais
domésticos, de cultivar plantas, reunir os amigos, viajar, leitura,
cinema, e a paixão de escrever.
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Nadia Foes
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Camisinha, até quando?
'O casal deveria era experimentar tirar a camisinha do coração', diz Leo Jaime
Você conhece alguém que lhe desperta desejo e curiosidade. Na primeira
vez que vão rolar intimidades, um dos dois propõe o uso de camisinha.
Soa elegante, cuidadoso, gentil até. Passa-se um mês e o que era uma
promessa vira um tórrido romance, daqueles em que conta-se as horas até o
próximo encontro. Um mês e 23 transas depois, em uma noite intensa, as
camisinhas acabam e o desejo está lá, presente e quase sufocante. Dizer
neste momento: “Deixa a camisinha pra lá e vamos nessa”, é quase que
uma declaração de amor. No fundo o que está sendo dito é: eu corro esse
risco com você, em nome do que eu sinto. E daí em diante, camisinha é
passado. Sem exame, nem nada. É um risco mas é, também, uma historinha
comum, não é? Você já a ouviu antes.
Algumas mulheres casadas
escolhem a camisinha como contraceptivo porque acham que os maridos
podem lhes trair e, ao traírem, não usarão camisinha. São casadas com
esta hipótese. Há casais que acham que como já se conhecem bem, e se
gostam muito, não precisam dela. Outros usam a camisinha porque se
iniciaram na vida sexual com ela e a acham muito natural. Faz parte.
Outros não usam a camisinha porque querem sentir o corpo do outro,
querem a troca de fluidos, querem a sensação completa de preenchimento e
união que o gozo despreocupado e interno pode proporcionar. E há,
claro, quem queira filhos.
O aparecimento da Aids trouxe dois
grandes males para a humanidade. O primeiro é óbvio: a doença que matou
milhões e ainda incomoda muita gente. Embora seja atualmente tratável,
ainda não há cura ou vacina. O segundo grande mal foi a paranoia
associada ao sexo. De uma hora para a outra as palavras sexo, camisinha
e morte começaram a aparecer com muita frequência na mesma sentença.
Como bem anunciou Cazuza, uma das vítimas deste mal: “Meu sex and drugs
não tem nenhum rock’n’roll”. Sinal dos tempos. A doença matou milhões
de pessoas; a paranoia continua matando milhões de desejos, levando para
as camas de todos o espectro da morte, assombrando relações e
apavorando-as com culpa. E isto é uma doença que, ao meu ver, tem cura.
Acho que seria igualmente elegante e cortês se, no primeiro dia, na
primeira transa, logo após a proposição de usar a camisinha, um dos
dois, deste nosso hipotético casal, dissesse: Até quando? Até a quinta
vez? Até o final do primeiro mês? Não importa a data, que se
estabelecesse um dia para cessar o medo. Os casais, ou parceiros
sexuais, deveriam oferecer, um ao outro, seus exames de saúde eliminando
do ambiente erótico toda e qualquer dúvida sobre doenças. Isto é
saudável.
A camisinha, perpetuada na relação, acaba por ser a
permanência da dúvida. Em um determinado momento pedir ou usar camisinha
é dizer: não sei do seu passado, não sei se você pode me passar uma
doença mortal e não confio em você; confio na camisinha. Pode-se dar a
isso o nome de sexo seguro. Mas o amor é inseguro! Ao invés de colocar
camisinha no sexo, ou filme plástico na mulher que vai receber sexo
oral, o casal deveria era experimentar tirar a camisinha do coração.
Até porque camisinha serve para casais onde um é doente e o outro não. E
eles existem e devem poder existir! Serve também para casais onde os
dois são soropositivos. E a possibilidade de alguém soropositivo ser
amado tem que existir. E de fazer sexo, com camisinha, claro, idem. O
amor não é só para os que têm a saúde perfeita. Gente que tem
deficiências físicas das mais diversas devem procurar o máximo de
satisfação afetiva e sexual. E todos nós devemos nos preparar para o
amor, como anunciam os votos no casamento: na saúde e na doença!
Sexo é vida. Sexo é bom. Sexo não mata. O que mata é a ignorância. Sexo
é o que dá a vida. Para se gerar vida tem que haver sexo. Sem
camisinha, claro. Na dúvida, use camisinha. Para acabar com a dúvida:
exames.
Fonte: http://gnt.globo.com/comportamento/leo-jaime/Camisinha--ate-quando-.shtml
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
DEUS SEGUNDO SPINOZA ( Deus falando com você )
As palavras abaixo são de Baruch Espinoza, nascido em Amsterdã em 1632
e falecido em Haia, a 21 de fevereiro de 1677 (também conhecido como Bento Spinoza)
Foi um dos grandes Racionalistas do século XVII dentro da chamada
Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz.
Acredite, estas palavras foram ditas em pleno Século XVII .
DEUS SEGUNDO SPINOZA ( Deus falando com você )
“Pára de ficar rezando e batendo no peito!
O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que
Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo
construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.
Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável:
Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que
tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu
amor, teu êxtase, tua alegria.
Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.
Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus
amigos, nos olhos de teu filhinho...
Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me
irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar.
Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de
sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos
que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são
artimanhas para te manipular, para te controlar,
que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu
estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem
um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos.
Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.
Viva como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.
Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais
gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar.
Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas
tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no
mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas
relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o
jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te
ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo
está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro de ti... aí é
que estou."
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REFLEXÃO
domingo, 19 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
A ditadura do mau-humor - Aglaé Gil
Cada vez mais frequente, o mau-humor virou sinônimo de
intelectualidade na mentalidade rasa de muitas pessoas, principalmente
entre aquelas que utilizam as redes sociais. Como se não bastasse verem a
si mesmas como o supra-sumo da inteligência, algumas pessoas [na
verdade são muitas] fazem pouco caso de outras, minimizando o que elas
dizem, a forma como se expressam e demonstram suas ideias ali. Não se
coloca em questão aqui o nível cultural de ninguém, muito menos tem-se a
pretensão de julgar conceitos, ideias, valores, concepções religiosas
etc. Eu me refiro à intolerância de perceber e aceitar no outro as
diferenças, por mais sutis que sejam. Já não me refiro a preconceitos
contra orientação sexual, raça. A coisa toda já foi além. Porque há uma
arrogância exacerbada dos que veem a si como pessoas mais cultas, de
mais bom gosto e aí por diante.
O alarme é real. Há cada vez menos tolerância entre as pessoas, na mesma proporção em que há cada vez mais pessoas – no tempo em que a internet veio favorecer o surgimento de ‘formadores de opinião’ em grande escala, posto que ela nos aproxima, a todos. Por isso, alguns dos tais ‘formadores de opinião’ passam a ‘sapatear’ sobre os demais e suas ideias, seus gostos, com aquele seu mau-humor, coisa rançosa e chata.
E agora, eu me pergunto: de que vale tanta suposta inteligência se ela não tiver uso prático em algo [pelo menos!] absolutamente natural como é a educação,a civilidade e a prática das boas maneiras?
Então, agora, quem ri demais é chato, não tem boa cabeça, não se aprofunda nas coisas? Cheguei a ler em uma rede social o seguinte: “não gosto de quem sorri.Para mim, quem sorri está escondendo toda a sua podridão.”
Sim. Eu li isso. Nesses termo.
A pessoa em questão dá altos brados contra o “sistema”, tem tom acusatório contra pessoas que demonstram carinho e sorriem. Acredita que tudo está muito podre e ruindo.
Pode mesmo ser. As coisas não andam azuis com bolinhas brancas mesmo.
No entanto, tudo ficará muito, muito pior, se um desfizer do outro se considerando melhor, mais culto, mais ‘importante’.
A máxima, tão antiga, de que ninguém é tão burro que não tenha nada para ensinar e ninguém é tão sabichão que não tenha o que aprender é muito e cada vez mais, válida, sim!
Mau-humor não é indicativo de inteligência. Na minha [modesta] opinião, indica apenas um QE [quociente emocional] bastante preocupante. Ou, no mínimo, prisão de ventre.
O alarme é real. Há cada vez menos tolerância entre as pessoas, na mesma proporção em que há cada vez mais pessoas – no tempo em que a internet veio favorecer o surgimento de ‘formadores de opinião’ em grande escala, posto que ela nos aproxima, a todos. Por isso, alguns dos tais ‘formadores de opinião’ passam a ‘sapatear’ sobre os demais e suas ideias, seus gostos, com aquele seu mau-humor, coisa rançosa e chata.
E agora, eu me pergunto: de que vale tanta suposta inteligência se ela não tiver uso prático em algo [pelo menos!] absolutamente natural como é a educação,a civilidade e a prática das boas maneiras?
Então, agora, quem ri demais é chato, não tem boa cabeça, não se aprofunda nas coisas? Cheguei a ler em uma rede social o seguinte: “não gosto de quem sorri.Para mim, quem sorri está escondendo toda a sua podridão.”
Sim. Eu li isso. Nesses termo.
A pessoa em questão dá altos brados contra o “sistema”, tem tom acusatório contra pessoas que demonstram carinho e sorriem. Acredita que tudo está muito podre e ruindo.
Pode mesmo ser. As coisas não andam azuis com bolinhas brancas mesmo.
No entanto, tudo ficará muito, muito pior, se um desfizer do outro se considerando melhor, mais culto, mais ‘importante’.
A máxima, tão antiga, de que ninguém é tão burro que não tenha nada para ensinar e ninguém é tão sabichão que não tenha o que aprender é muito e cada vez mais, válida, sim!
Mau-humor não é indicativo de inteligência. Na minha [modesta] opinião, indica apenas um QE [quociente emocional] bastante preocupante. Ou, no mínimo, prisão de ventre.
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Aglaé
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
As melhores fotografias de 2010
Para ver em tela cheia, clique em Menu e View Fullscreen
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FOTOGRAFIAS
terça-feira, 14 de agosto de 2012
A primeira máquina de escrever a ser produzida em série
Essa é uma imagem da primeira máquina de escrever a ser produzida em série. Foi fabricada na Dinamarca em 1870 e ficou conhecida como "Skrivekugle" ou "Malling Hansen"
Em 1865 foi produzido o primeiro modelo por Ramus Malling Hansen, e se destacava por uma semi-esfera, onde as barras de tipo eram colocadas de forma radial, a tecla em uma ponta e o tipo na outra, todos convergindo para um único ponto onde ocorria a impressão.
A ação de imprimir era direta e livre, sem nenhuma das ligações e conexões que tanto atrapalharam as máquinas rivais.
Após diversos aprimoramentos, chegou-se ao modelo da ilustração acima; é uma máquina maravilhosa, precisa e infinitamente superior a muitas das máquinas que a sucederam.
Já naquela época apresentava uma série de características que só viriam surgir muito depois nas outras máquinas: retorno do carro automático, avanço de linha automático, barra de espaço e índice para parágrafos, campainha para sinalizar fim da linha, reversão da fita e escrita semi-visível, bastando levantar-se o carro.
Os tipos e símbolos eram esculpidos individualmente na extremidade das barras pelos artesãos da época.
Algumas centenas dessas fascinantes máquinas foram produzidas, e conhece-se aproximadamente 30 exemplares que sobreviveram, a maioria em museus. Estima-se que aproximadamente 6 ou 7 estejam em coleções particulares.
Fonte: Eu Amo Ler (Facebook)
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Invenções
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Meu Quixote - Humberto Werneck
Eu estava lá quando a mãe dele morreu, estava naquele quarto, naquela
madrugada, mas não a vi morrer - só tinha olhos para meu pai, que no
outro lado da cama me pareceu tomado por um descontrole emocional para
mim inédito. Bateu em mim uma pena sem tamanho daquele homem, já tão
velho, coitado, e agora integralmente órfão. Nos meus 18, era
velhíssimo, digno de dó, alguém que tivesse, como meu pai naquele
instante, 44 anos de idade.
Eu não estava lá, 45 anos mais tarde, no momento em que ele morreu, deixando-me, também a mim, integralmente órfão, e já iam bem longe os meus próprios 44. A sua voz se havia transformado em sussurros cada vez menos audíveis, ele que gostava tanto de falar, e pouco antes de calar-se em definitivo fez saber, no que talvez tenham sido suas últimas palavras: "Estou no mato sem cachorro".
Posso imaginar o quanto deve ter custado àquele fazedor saber que estava num beco sem saída. Pois não era homem de entregar os pontos. Me lembro dele, por exemplo, a pelejar por uma causa que na minha adolescência me soava quixotesca, ao ponto de sentir constrangimento ao ver meu velho naquele papel. As mineradoras - insistia ele ao menor pretexto, ou sem pretexto algum, no papo, nas palestras, em escritos e entrevistas que ia oferecer aos jornais - estavam aniquilando as matas que, no outro lado da Serra do Curral, o paredão que emoldura a capital mineira, garantiam a sobrevivência dos mananciais de água da cidade.
A certa altura me mandei, e foram anos sem botar os pés na minha cidade. Ao revisitá-la, topei com um onipresente adesivo nos automóveis: "Olhe bem para as montanhas". Mas já era tarde. Olhar para as montanhas, agora, era constatar o desastre: não só as matas como o próprio perfil da Serra do Curral haviam sido roídos pela glutonaria férrea das mineradoras.
Ambientalista quando ainda não se usava a palavra, meu pai dedicou boa parte de seu tempo a outra empreitada quixotesca, tema de uma crônica em que o chamei de O Espalhador de Passarinhos: sem alarde, capturava aves onde fossem abundantes, para soltá-las onde houvessem escasseado ou desaparecido. Vivia às turras com o Ibama, que burramente via nele um mercador de pássaros. O mesmo Ibama que anos mais tarde criaria um Prêmio Hugo Werneck para estimular o repovoamento de aves.
Em nossas longas décadas de convívio, nem sempre nos entendemos, e muitas vezes francamente nos desentendemos. Inalcançável, aquele ex-campeão de basquete que nunca fumou nem bebeu, que acordava cedo e tomava banho frio, que se casou com a primeira namorada e com ela viveu por mais de meio século. Jovem, ele era duro, era brusco, felizmente sem violência física. Não se inventou assim, por certo: vinha de troncos ásperos a que faltavam os musgos do carinho. Mas o tempo lhe foi trazendo doçura e flexibilidade. Num percurso bem pouco encontradiço, meu pai envelheceu para a esquerda, se me faço entender, pois não falo aqui de política: nos machos, sobretudo, a ferrugem da velhice costuma acentuar a intolerância e o conservadorismo, mas com papai foi diferente. Ele ganhou veludos.
Com minha própria quota de intolerância juvenil, eu não podia vê-lo assim - até o dia em que, por encomenda de uma revista, escrevi aquele texto, O Espalhador de Passarinhos, para em seguida me dar conta de algo inesperado: embora não tivessem sido esquecidos, nossos contenciosos se haviam desarmado; ainda bem que não cheguei a derramar sobre meu pai um picles verbal que por anos deixara acidular.
Não houve o tribunal que eu programara, nem aquele texto não premeditado operou algum milagre. Minha surpresa foi a de quem não percebera que também havia caminhado para a compreensão. E não deveria me espantar: não é assim, escrevendo, que um escritor, mesmo sem o saber, pode encarar e resolver suas mais fundas questões?
Me faz uma falta danada, aquele camarada.
Postado originalmente pelo Estadão
Eu não estava lá, 45 anos mais tarde, no momento em que ele morreu, deixando-me, também a mim, integralmente órfão, e já iam bem longe os meus próprios 44. A sua voz se havia transformado em sussurros cada vez menos audíveis, ele que gostava tanto de falar, e pouco antes de calar-se em definitivo fez saber, no que talvez tenham sido suas últimas palavras: "Estou no mato sem cachorro".
Posso imaginar o quanto deve ter custado àquele fazedor saber que estava num beco sem saída. Pois não era homem de entregar os pontos. Me lembro dele, por exemplo, a pelejar por uma causa que na minha adolescência me soava quixotesca, ao ponto de sentir constrangimento ao ver meu velho naquele papel. As mineradoras - insistia ele ao menor pretexto, ou sem pretexto algum, no papo, nas palestras, em escritos e entrevistas que ia oferecer aos jornais - estavam aniquilando as matas que, no outro lado da Serra do Curral, o paredão que emoldura a capital mineira, garantiam a sobrevivência dos mananciais de água da cidade.
A certa altura me mandei, e foram anos sem botar os pés na minha cidade. Ao revisitá-la, topei com um onipresente adesivo nos automóveis: "Olhe bem para as montanhas". Mas já era tarde. Olhar para as montanhas, agora, era constatar o desastre: não só as matas como o próprio perfil da Serra do Curral haviam sido roídos pela glutonaria férrea das mineradoras.
Ambientalista quando ainda não se usava a palavra, meu pai dedicou boa parte de seu tempo a outra empreitada quixotesca, tema de uma crônica em que o chamei de O Espalhador de Passarinhos: sem alarde, capturava aves onde fossem abundantes, para soltá-las onde houvessem escasseado ou desaparecido. Vivia às turras com o Ibama, que burramente via nele um mercador de pássaros. O mesmo Ibama que anos mais tarde criaria um Prêmio Hugo Werneck para estimular o repovoamento de aves.
Em nossas longas décadas de convívio, nem sempre nos entendemos, e muitas vezes francamente nos desentendemos. Inalcançável, aquele ex-campeão de basquete que nunca fumou nem bebeu, que acordava cedo e tomava banho frio, que se casou com a primeira namorada e com ela viveu por mais de meio século. Jovem, ele era duro, era brusco, felizmente sem violência física. Não se inventou assim, por certo: vinha de troncos ásperos a que faltavam os musgos do carinho. Mas o tempo lhe foi trazendo doçura e flexibilidade. Num percurso bem pouco encontradiço, meu pai envelheceu para a esquerda, se me faço entender, pois não falo aqui de política: nos machos, sobretudo, a ferrugem da velhice costuma acentuar a intolerância e o conservadorismo, mas com papai foi diferente. Ele ganhou veludos.
Com minha própria quota de intolerância juvenil, eu não podia vê-lo assim - até o dia em que, por encomenda de uma revista, escrevi aquele texto, O Espalhador de Passarinhos, para em seguida me dar conta de algo inesperado: embora não tivessem sido esquecidos, nossos contenciosos se haviam desarmado; ainda bem que não cheguei a derramar sobre meu pai um picles verbal que por anos deixara acidular.
Não houve o tribunal que eu programara, nem aquele texto não premeditado operou algum milagre. Minha surpresa foi a de quem não percebera que também havia caminhado para a compreensão. E não deveria me espantar: não é assim, escrevendo, que um escritor, mesmo sem o saber, pode encarar e resolver suas mais fundas questões?
Me faz uma falta danada, aquele camarada.
Postado originalmente pelo Estadão
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TEXTOS
sábado, 11 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Hino Nacional Brasileiro, e um detalhe que poucos sabem sobre o mesmo
A Professora Ana Arcanjo, nascida em Santos, nos ensina a cantarmos o Hino Nacional Brasileiro corretamente, e ainda nos dá uma aula de Cidadania e amor à Pátria. O vídeo é um Show! Principalmente pela participação brilhante da professora!
Via esaumendes.blogspot.com e Romão Leal Jr
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CURIOSIDADE
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Saiba mitos e verdades sobre cartuchos remanufaturados para impressoras
Publicado por Uol Tecnologia
O sonho de quem tem uma impressora, seja em casa ou no trabalho, é que existisse um cartucho que durasse eternamente. Tão logo surge o aviso na tela de que a tinta acabou, você lembra que a tecnologia ainda não evolui a esse ponto. Então, na ânsia de “economizar”, usuários acabam recorrendo ao uso de cartuchos remanufaturados ou reabastecidos. Mas, como diz a sabedoria popular, “o barato sai caro”.
Na propaganda dos cartuchos remanufaturados – feitos a partir de cartuchos originais “reciclados industrialmente” e abastecidos com tinta – é comum você encontrar em negrito, grifado e com letras garrafais o aviso de que ele não oferece risco para sua impressora. Mas não é bem assim, alerta Jorge Moreira Ferreira, diretor da DComp, empresa que comercializa e conserta impressoras Epson, Canon, Oki e Roland. “De cada dez impressoras que dão entrada aqui para conserto, duas foram danificadas por uso de cartuchos não-originais”, revela.
Segundo Ferreira, tanto cartuchos remanufaturados como os reabastecidos (aquele que acaba e o próprio usuário leva a alguma empresa para ter a tinta recarregada) tem a tendência de soltar mais tinta dentro do conjunto mecânico da impressora. O líquido pode acabar pulverizada no interior do equipamento e até mesmo vazar por completo, inutilizando a impressora. “Isso porque eles utilizam engenharia reversa para reutilizar aquele cartucho original, mas ele não foi criado para funcionar dessa maneira”, explica.
Se o equipamento estava dentro do prazo de garantia, mas foi danificado
pelo uso da peça não recomendada pelo fabricante, a empresa pode não
cobrir o conserto alegando "uso inadequado". Além disso, caso ainda seja
possível “salvar” a máquina após o vazamento da tinta, Ferreira diz que
o consumidor gastaria em média R$ 110 no conserto, quase o preço de uma
impressora nova.
Se o que o usuário procura é uma impressão de qualidade, diz Sabrina, é
preciso ficar longe dos cartuchos não-originais, com maior
probabilidade de produzir materiais borrados, que não duram e com
aparência pouco “profissional”. Resultado: é preciso imprimir de novo e
várias vezes o mesmo trabalho, gastando mais tinta e energia.
Um estudo feito pela Quality Logic para a HP mostrou que quatro em cada dez cartuchos alternativos apresentaram problemas variados durante o uso, contra nenhuma ocorrência no caso do produto original. No item qualidade de impressão, apenas seis em cada dez materiais impressos tinham qualidade aceitável no caso dos alternativos, contra nove em dez dos cartuchos originais.
“Um em cada três cartuchos de tinta ‘alternativos’ falham. No caso de toner para impressora a laser, até 70% apresentam problemas durante sua vida útil”, menciona a representante da HP. “Você não vai querer imprimir um currículo, uma foto ou até proposta para uma empresa nessas condições.”
Outro fator que estimularia a compra de cartuchos originais é a queda do seu preço nos últimos tempos – alguns chegam a custar R$ 20, cerca de metade do valor de um produto similar há cinco anos. “Com a evolução da tecnologia, os preços estão cada vez mais acessíveis. Fora isso, há maior oferta de equipamentos para cada perfil de consumidor”, destaca Sabrina.
Por fim, se o consumidor estiver preocupado em reutilizar o cartucho como forma de “agredir menos” o meio ambiente, grande parte das fabricantes de impressoras possui programas próprios de reciclagem da peça -- caso da Epson, Lexmark, Xerox, Ricoh e Samsung. O descarte dos cartuchos usados em geral é feito nos próprios pontos de venda. A HP, por sua vez, mantém um serviço de retirada do produto usado para uma quantidade acima de cinco unidades.
O sonho de quem tem uma impressora, seja em casa ou no trabalho, é que existisse um cartucho que durasse eternamente. Tão logo surge o aviso na tela de que a tinta acabou, você lembra que a tecnologia ainda não evolui a esse ponto. Então, na ânsia de “economizar”, usuários acabam recorrendo ao uso de cartuchos remanufaturados ou reabastecidos. Mas, como diz a sabedoria popular, “o barato sai caro”.
Na propaganda dos cartuchos remanufaturados – feitos a partir de cartuchos originais “reciclados industrialmente” e abastecidos com tinta – é comum você encontrar em negrito, grifado e com letras garrafais o aviso de que ele não oferece risco para sua impressora. Mas não é bem assim, alerta Jorge Moreira Ferreira, diretor da DComp, empresa que comercializa e conserta impressoras Epson, Canon, Oki e Roland. “De cada dez impressoras que dão entrada aqui para conserto, duas foram danificadas por uso de cartuchos não-originais”, revela.
Segundo Ferreira, tanto cartuchos remanufaturados como os reabastecidos (aquele que acaba e o próprio usuário leva a alguma empresa para ter a tinta recarregada) tem a tendência de soltar mais tinta dentro do conjunto mecânico da impressora. O líquido pode acabar pulverizada no interior do equipamento e até mesmo vazar por completo, inutilizando a impressora. “Isso porque eles utilizam engenharia reversa para reutilizar aquele cartucho original, mas ele não foi criado para funcionar dessa maneira”, explica.
Qualidade
Outro problema, aponta Sabrina Lacerda, gerente da categoria de impressoras e suprimentos da HP, é que as pessoas tendem a pensar que toda a tecnologia se concentra na máquina, e não no cartucho. “Grande parte da qualidade de uma impressão está no cartucho ou no toner. Eles são desenvolvidos tecnologicamente para trabalhar em conjunto à impressora. Sem levar isso em consideração, o consumidor acaba comprando cartuchos não-originais, pensando que não haverá diferença alguma.”Um estudo feito pela Quality Logic para a HP mostrou que quatro em cada dez cartuchos alternativos apresentaram problemas variados durante o uso, contra nenhuma ocorrência no caso do produto original. No item qualidade de impressão, apenas seis em cada dez materiais impressos tinham qualidade aceitável no caso dos alternativos, contra nove em dez dos cartuchos originais.
“Um em cada três cartuchos de tinta ‘alternativos’ falham. No caso de toner para impressora a laser, até 70% apresentam problemas durante sua vida útil”, menciona a representante da HP. “Você não vai querer imprimir um currículo, uma foto ou até proposta para uma empresa nessas condições.”
Outro fator que estimularia a compra de cartuchos originais é a queda do seu preço nos últimos tempos – alguns chegam a custar R$ 20, cerca de metade do valor de um produto similar há cinco anos. “Com a evolução da tecnologia, os preços estão cada vez mais acessíveis. Fora isso, há maior oferta de equipamentos para cada perfil de consumidor”, destaca Sabrina.
Por fim, se o consumidor estiver preocupado em reutilizar o cartucho como forma de “agredir menos” o meio ambiente, grande parte das fabricantes de impressoras possui programas próprios de reciclagem da peça -- caso da Epson, Lexmark, Xerox, Ricoh e Samsung. O descarte dos cartuchos usados em geral é feito nos próprios pontos de venda. A HP, por sua vez, mantém um serviço de retirada do produto usado para uma quantidade acima de cinco unidades.
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DICAS,
INFORMÁTICA
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Rio de Janeiro visto de cima
As fotos foram feitas do alto do Cristo Redentor.
Prédio do Hospital da Lagoa
Campos da Sociedade Hípica
Conjunto Minhocão
Igreja de Santa Margarida Maria, na Fonte da Saudade
Clube Caiçaras, na Lagoa, ao lado do Jardim de Alah
Enseada da Glória, ao lado do Aeroporto Santos Dumont
Favela Santa Marta, em Botafogo
Morro da Viúva, entre os prédios, e parte da Enseada de Botafogo
Praia do Leme, ao lado da pedra
Vista panorâmica da Lagoa Rodrigo de Freitas
Blog do Ancelmo Gois
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RIO DE JANEIRO
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Pinturas de Rob Gonsalves
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ARTE
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Passou de 60... - Ruy Castro
Foi em 1970. Meu colega Alvaro Cotrim, Alvarus,
caricaturista, colaborador da histórica "Careta" e amigo de J. Carlos,
entrou tiririca na Redação da revista em que trabalhávamos, na avenida
Presidente Vargas. Acabara de ler a manchete de um jornal pendurado na
banca: "Ancião é mordido no nariz por seu papagaio". Seguia-se a
notícia: "Fulano de Tal, português, 65 anos...".
Em plena era beatle, Alvarus era um egresso da belle époque. Tinha bastos bigodes retorcidos, como os do barão do Rio Branco, usava gravata-borboleta e cheirava a talco francês. Mas sua indignação era justa. O homem tinha 65 anos, sua exata idade, e fora chamado de ancião. "Quer dizer que, apesar de nunca ter sido mordido por um papagaio, também sou ancião?", esbravejou Alvarus. Logo ele, que só pensava em mulher.
Hoje, o politicamente correto impediria que se usasse essa palavra. Mas a que a substituiu não ajuda muito: idoso. E está o tempo todo na mídia. "Idoso assaltado sobrevive quatro dias, nu, em matagal no entorno de Brasília", saiu outro dia. O idoso tinha 61 anos. Significa que, se eu próprio, aos 64, for encontrado nu num matagal em Brás de Pina, subúrbio carioca, também entrarei na categoria de idoso?
Ou: "PF prende idoso com fitas e vídeos de pedofilia no Paraná". O gajo tinha 60 anos. Ou: "Idoso engasga com asa de frango na Bahia e morre" -62. Ou: "Bombeiros resgatam idoso que subiu em árvore no Rio e não conseguiu descer" -63. Enfim, tanto quanto os jovens e os homens de meia-idade, os chamados idosos vivem se metendo em encrencas pelo Brasil. Mas não se veem manchetes como "Homem de meia-idade é flagrado assaltando pipoqueiro em SP".
Segundo o IBGE, passou de 60 já é idoso. Com direito a andar de graça em ônibus, pagar meia-entrada no teatro e o dobro do preço no plano de saúde.
Em plena era beatle, Alvarus era um egresso da belle époque. Tinha bastos bigodes retorcidos, como os do barão do Rio Branco, usava gravata-borboleta e cheirava a talco francês. Mas sua indignação era justa. O homem tinha 65 anos, sua exata idade, e fora chamado de ancião. "Quer dizer que, apesar de nunca ter sido mordido por um papagaio, também sou ancião?", esbravejou Alvarus. Logo ele, que só pensava em mulher.
Hoje, o politicamente correto impediria que se usasse essa palavra. Mas a que a substituiu não ajuda muito: idoso. E está o tempo todo na mídia. "Idoso assaltado sobrevive quatro dias, nu, em matagal no entorno de Brasília", saiu outro dia. O idoso tinha 61 anos. Significa que, se eu próprio, aos 64, for encontrado nu num matagal em Brás de Pina, subúrbio carioca, também entrarei na categoria de idoso?
Ou: "PF prende idoso com fitas e vídeos de pedofilia no Paraná". O gajo tinha 60 anos. Ou: "Idoso engasga com asa de frango na Bahia e morre" -62. Ou: "Bombeiros resgatam idoso que subiu em árvore no Rio e não conseguiu descer" -63. Enfim, tanto quanto os jovens e os homens de meia-idade, os chamados idosos vivem se metendo em encrencas pelo Brasil. Mas não se veem manchetes como "Homem de meia-idade é flagrado assaltando pipoqueiro em SP".
Segundo o IBGE, passou de 60 já é idoso. Com direito a andar de graça em ônibus, pagar meia-entrada no teatro e o dobro do preço no plano de saúde.
Folha de S.Paulo
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TEXTOS
Maluquices de mãe! - Lilian Kirzner
Às vezes me perco nos meus pensamentos. Deve ser praga de
mãe. Ela me dizia, menina, você ainda vai ficar com Alzheimer, porque nunca vi
uma criatura que não presta atenção em nada!
Ohhhhhhhhhh que nada? O vaso da entrada da casa da fulana...
vc não viu que lindo? Eu não! E nem reparou que tinha sal grosso nele... Era
pra vc ver e me dizer se era macumba... Que macumba mãe... se tem macumba os
santos me avisam dormindo eu lá vou ficar reparando na decoração da casa dos
outros pra depois dizerem que eu não tenho “compostura”, como vc sempre gostou
de dizer?
Saudades da minha mãe... saudades de tirar uns bons tragos
do cigarro dela (grande merda na vida da gente), mas eu adorava falar pra ela
assim, me dá um trago aí beição? (olhem bem o apelido que dei a uma pessoa
linda que tinha lábios finos)...
Um dia ela fez uma promessa e não me falou nada. Aí a gente
viajou pra longe, pra morar noutra cidade.
Viagem longa, cansativa, foi
primeira vez na vida que descobri que na coxa da gente (no começo da
bunda até o joelho), mora um nervo que se chama ciático. Uma semana de viagem
no banco de trás de um carro que agora o Alzheimer não me permite lembrar, mas
eu lembro depois. Sem contar que além de
estar viajando eu ainda fiz questão de levar além do marido é claro, meus
bichinhos de estimação que
compartilhavam o espaço dos meus pés.
Nada mais nada menos do que 4 peixinhos... (que sobreviveram
bravamente)!!! Eu juro que não sou louca, eu só tinha 20 anos e mesmo hj com os muitos que adquiri grazadeus,
faria tudo de novo.
Mas foi trash...
Desviei do assunto.
A promessa tava feita e eu não sabia. Passaram-se uns
dias, e a gente já instalados em casa,
eu vou dormir na boa e tive um sonho sinistro.
Eu tava num lugar que parecia uma
bilheteria ou um caixa de alguma loja dessas que vendem cigarros. O sujeito era
bem bravo (eu nem sei o que eu tava fazendo na frente dele, mas eu estava lá),
e ele virava pra mim e falava: - Bonito né? Na hora de pedir vc pede,e na hora
de pagar cadê vc? E eu fiquei gelada,
porque primeiro eu não tinha pedido nada e depois o que era que eu tinha
prometido??? E Ele foi enfático, Disse me dá o eu vc me prometeu.
O sonho acabou e eu dormi o resto da noite e de manhã o
sonho voltou passado a limpo com a melhor de todas as caligrafias. Letras
bordadas. Eu encafifei geral e arquibancada. Fui tomar café com todo mundo e
comentei... Não entendi nada do que eu sonhei e relatei o sonho com riqueza de
detalhes, porque fizeram questão de me
lembrar.
Mamãe virou pra mim e
disse... Foi messsssssssssssssmo??? Eu disse foi! Aí ela disse... fui eu que
pedi e eu que prometi... Eu arrepiei
igual gato e falei perguntei: A
queeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmm????
Ao Exu das Estradas!!!
Eu disse levanta da mesa agora, que a gente vai sair... e avisa
pros seus prometidos que te cobrem e não a mim!!! Eu lá sou mensageira de mensagens do além?
Paga sua promessa que eu não fui fiadora... agora vem nego no meio do meio
sonho me cobrar???
Dura a vida de uma médium...
E eu mal sabia que isso só era 1/3 do caminho, já tinha acontecido antes
váaaaaaaarias vezes...
No resumo da Ópera meus peixinhos se salvaram todos e
reproduziram tanto que de 2 aquários viraram 6....
Bom dia bruxaiada! Esse foi o causo da madrugada! Eu só tava
com saudades da minha mãe!
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Lilian Kirzner
Zé Carioca e Pato Donald, criação original, década de 1950
Mesmo com poucos recursos a perfeição é incontestável neste filme de 1950, onde o Pato Donald é apresentado ao recém criado Zé Carioca e às atrações do Rio de Janeiro.
Veja que esta raridade foi criada na década de 50 e na munheca, sem uso de computadores.
É uma obra prima.
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ORACY
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PERFORMANCE
Voyeurs, por Teresa Santos
Eles não estão em uma cadeira de rodas e com uma perna
quebrada igual ao James Stewart, no filme Janela
Indiscreta.
Também não usam binóculos ou lunetas
possantes.
No entanto, semelhante à personagem do
filme, gostam de assumir o papel de voyeurs..
Os olhos são a sua câmera fotográfica.Gostam de ficar
na surdina. Na sombra.
Pacientemente visitam sites, alguns não muito
recomendáveis, e se deliciam com o que vêem.
Solitários, adoram vasculhar a intimidade das pessoas
e com a vinda do Facebook foi a "salvação da lavoura", conforme costumo
dizer.
Às vezes curtem uma coisinha aqui ou acolá. Outras
soltam um comentário sempre carregado de uma certa arrogância, descaso
ou inconviência. Dificilmente são engraçados. E muitas vezes são
amargos e tristes.
Quando estão, no entanto, diante da telinha é como se
o mundo lhes pertencesse. Creio que sintam até um certo e
bom tesão.
Criam páginas fictícias, por exemplo, somente para
sentir a onipotência em acompanhar quem não os quer.
Não passam pela suas cabeças que algumas pessoas
percebam suas atitudes.Talvez porque subestimem a inteligência alheia.
E nós que percebemos - e que gostamos de mostrar a
cara - indagamos por que as pessoas fazem isso. Por que se escondem?
Por que criam algo que não existe? Por que adultos se prestam a um papel
destes?
Não saberia responder. Embora tente.
.
A palavra vem do francês que significa
"ver" e em português o "voyeurismo" seria escopofilia aquele que presencia a
distancia e secretamente.
Muitos "voyeurs" canalizam
sua parafilia através da Internet, onde são numerosos os sites em que se
colocam câmeras supostamente indiscretas. Os "voyeurs" saciam assim suas
fantasias e desejos, "sem infringir" a lei.
Olhar e fantasiar é saudável e natural,
mas quando existe um comportamento doentio e sofrimento emocional envolvido
ou seja, o voyeur sofre por se sentir escravo desse prazer, é preciso
procurar ajuda de psicólogos.
Teresa Santos, 61 anos,
paulistana. Aposentada, mas na ativa. Formada em Letras pela Universidade
São Paulo. Gosta de estudar idiomas, de viajar, de ler e de
observar o mundo. Considera o ser humano a melhor personagem para seus
escritos. É grata à vida e se considera uma pessoa
feliz.
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TERESA SANTOS
domingo, 5 de agosto de 2012
Cartas do meu tempo - Um parto - dando à luz liberdade
“Durou pouco mais de dez dias as resoluções do Conselho Regional de
Medicina do Rio de Janeiro(Cremerj), que proibiam médicos de fazerem
parto em casa e vetava a participação de parteiras e doulas
(acompanhantes de gestantes) nos procedimentos em hospitais. Nesta
segunda-feira, a 2ª Vara Federal do Rio de Janeiro suspendeu ambas as
determinações, acatando a ação civil pública ajuizada na sexta-feira
pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ).”
[texto de Pollyanne Lima e Silva, para a Veja on line, Rio de Janeiro]
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as resoluções eram válidas apenas no âmbito do Rio de Janeiro, como se pode confirmar no trecho da reportagem, acima. Apesar disso, o tema foi discutido amplamente, principalmente em redes sociais e muito mais naqueles perfis e páginas que se configuram em defesa da liberdade feminina com relação ao próprio corpo. Até porque, hoje, poucas coisas acabam ficando ‘localizadas’, tendo em vista a abrangência da mídia e a forma como a internet nos torna rapidamente tão próximos de tudo e de todos. De qualquer forma, é um assunto que merece mesmo um olhar mais demorado, atento. E por que não? Fala-se sobre tudo e todos e há coisas que devem sair do corriqueiro para tomar seu lugar em nossas mentes, como se pudéssemos agora
nos sentar em uma mesa e conversarmos a respeito, refletindo juntos. Principalmente as mulheres.
É bem verdade que existem, sim, riscos rondando um parto natural [eles sempre existiram, veja-se, lembre-se, o grande número de mulheres que já pereceram ao dar à luz]. Há também que se considerarem os riscos que rondam os nossos hospitais, sejam da rede pública ou mesmo privada. Além de tudo isso, e eu diria até principalmente, há a questão cultural, a base de formação de cada um e, um ponto essencial, crucial mesmo: a vontade soberana da mulher em relação ao que ela vivencia durante todo o período em que está engendrando em seu corpo, o filho.
A vontade da mãe é soberana, sim. É preciso que se respeite muito isso, porque aliena a possibilidade de uma pessoa saber o que é melhor para si e para seu filho – logicamente com o acompanhamento necessário durante todo o pré-natal, isso não se discute.
O momento maternidade de uma mulher lhe é sagrado [salvo raras exceções, porque sei bem que elas existem, claro] e deve acontecer em um processo de máxima paz possível, em um estado de alma repleto de positividade. Portanto, que ela escolha seu modo de entregar seu rebento ao mundo com o auxílio daqueles que lhes são próximos e jamais sofra pressões que correspondam ao que é de interesse de um grupo.
O que mexe muito comigo, e cada vez mais, é a desfaçatez com que se tem tratado “coisas de mulher”, no que me parece ser um retrocesso imenso do ponto de vista social. Tanto já foi obtido e, de repente, parecem ruir algumas boas e [acreditava-se] firmes construções. No
assunto em questão, mais uma vez reflete-se uma preocupação com o lucro fácil de cirurgias muitas vezes desnecessárias para que venha alguém ao mundo – o que, é sabido, levou, nas últimas décadas, milhões de mulheres a optarem pelas cesarianas, prática bastante comum em nosso país. Porque sempre há algum interesse obscuro [ou nem tanto] por trás de tudo o que se tenta instituir por aqui. O bom é que, hoje, essas coisas funcionam como aquele antigo jogo dos palitos: alguém mexe em um e...quando não faz direito...mexe com todos!
Foto: Veja.abril online
Aglaé Gil, de Curitiba – com formação em revisão e produção de textos; pesquisadora de História e Literatura; aprendiz de viver; poeta;mãe; cidadã. [não necessariamente nessa ordem]
[texto de Pollyanne Lima e Silva, para a Veja on line, Rio de Janeiro]
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as resoluções eram válidas apenas no âmbito do Rio de Janeiro, como se pode confirmar no trecho da reportagem, acima. Apesar disso, o tema foi discutido amplamente, principalmente em redes sociais e muito mais naqueles perfis e páginas que se configuram em defesa da liberdade feminina com relação ao próprio corpo. Até porque, hoje, poucas coisas acabam ficando ‘localizadas’, tendo em vista a abrangência da mídia e a forma como a internet nos torna rapidamente tão próximos de tudo e de todos. De qualquer forma, é um assunto que merece mesmo um olhar mais demorado, atento. E por que não? Fala-se sobre tudo e todos e há coisas que devem sair do corriqueiro para tomar seu lugar em nossas mentes, como se pudéssemos agora
nos sentar em uma mesa e conversarmos a respeito, refletindo juntos. Principalmente as mulheres.
É bem verdade que existem, sim, riscos rondando um parto natural [eles sempre existiram, veja-se, lembre-se, o grande número de mulheres que já pereceram ao dar à luz]. Há também que se considerarem os riscos que rondam os nossos hospitais, sejam da rede pública ou mesmo privada. Além de tudo isso, e eu diria até principalmente, há a questão cultural, a base de formação de cada um e, um ponto essencial, crucial mesmo: a vontade soberana da mulher em relação ao que ela vivencia durante todo o período em que está engendrando em seu corpo, o filho.
A vontade da mãe é soberana, sim. É preciso que se respeite muito isso, porque aliena a possibilidade de uma pessoa saber o que é melhor para si e para seu filho – logicamente com o acompanhamento necessário durante todo o pré-natal, isso não se discute.
O momento maternidade de uma mulher lhe é sagrado [salvo raras exceções, porque sei bem que elas existem, claro] e deve acontecer em um processo de máxima paz possível, em um estado de alma repleto de positividade. Portanto, que ela escolha seu modo de entregar seu rebento ao mundo com o auxílio daqueles que lhes são próximos e jamais sofra pressões que correspondam ao que é de interesse de um grupo.
O que mexe muito comigo, e cada vez mais, é a desfaçatez com que se tem tratado “coisas de mulher”, no que me parece ser um retrocesso imenso do ponto de vista social. Tanto já foi obtido e, de repente, parecem ruir algumas boas e [acreditava-se] firmes construções. No
assunto em questão, mais uma vez reflete-se uma preocupação com o lucro fácil de cirurgias muitas vezes desnecessárias para que venha alguém ao mundo – o que, é sabido, levou, nas últimas décadas, milhões de mulheres a optarem pelas cesarianas, prática bastante comum em nosso país. Porque sempre há algum interesse obscuro [ou nem tanto] por trás de tudo o que se tenta instituir por aqui. O bom é que, hoje, essas coisas funcionam como aquele antigo jogo dos palitos: alguém mexe em um e...quando não faz direito...mexe com todos!
Foto: Veja.abril online
Aglaé Gil, de Curitiba – com formação em revisão e produção de textos; pesquisadora de História e Literatura; aprendiz de viver; poeta;mãe; cidadã. [não necessariamente nessa ordem]
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Aglaé
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Carros antigos
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quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Ataque de águias derruba russo que voava de paraglider no Himalaia
Voar há 600m de altura guiado por aves de rapina pela paisagem do Himalaia é uma experiência única. Parahawking é uma combinação entre falcoaria (arte de treinar falcões) e paragliding, onde os pássaros são treinados para guiar os piloto até as correntes de vento termais e melhores condições de vôo. Assim como os pássaros, os pilotos usam as termais, correntes de vento quente que impulsionam o paraglider para cima e permitem que o piloto fique horas voando. Como recompensa por achar as as termais, o piloto assopra um apito para chamar o pássaro que pousa na luva e é alimentado há 600m de altura. O Parahawking foi inventado pelo treinador de falcões inglês Scott Mason em 2001 e existe exclusivamente em Pokara, no Nepal. Existem três categories de vôo: solo, para pilotos que querem ter o gostinho de voar através dos olhos dos pássaros; duplo, para amadores acompanhados por um piloto experiênte; e duplo infantil, para crianças maiores de 5 anos.
Os pássaros treinados para o Parahawking (urubu egípcio, águias e kites), são filhotes órfãos ou pássaros machucados resgatados, todos incapazes de sobreviver na natureza. Essas aves ficam abrigadas no "Himalayan Raptor Centre" no vilarejo Maya Devi, parte do dinheiro dos vôos vai para centro. Além de um esporte, o Parahawking ajuda a preservar as aves de rapina na região do Himalaia.
O russo Vladimir Tsarkov escapou da morte após ser atacado por duas águias quando voava de paraglider sobre o Himalaia, na Índia.
O ataque foi gravado pela câmera que estava em seu capacete e publicado online; assista.
As aves, comuns na região, apareceram subitamente à frente do russo. Uma delas voou por baixo dele, e a outra se chocou contra o paraglider e ficou presa nos cabos do aparelho, provocando sua queda.
Sem controle, o russo teve de acionar o paraquedas de emergência para amenizar o tombo.
Após cair e se recuperar, ele ainda conseguiu ajudar a soltar a águia presa. A ave alçou voo, aparentemente sem ferimento.
Águias voam na direção do paraglider de Vladimir Tsarkov (Foto: Reprodução de vídeo)Águias voam na direção do paraglider de Vladimir Tsarkov (Foto: Reprodução de vídeo)
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quarta-feira, 1 de agosto de 2012
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