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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Homenagem ao dia da Consciência Negra - Ana Maria Reis Campos

ZUMBI DOS PALMARES
 
“NOSSO NEGRO, NOSSA RAÇA.
 NEGRO QUE “TE QUERO NEGRO.”
 
 
Queremos sim, a liberdade! Queremos sim, o fim dos preconceitos! Quebrar as correntes, desatar as amarras da memória de um tempo que jamais será esquecido...
Surge um novo milênio, ressurge em nossas raízes à luz da miscigenação, a ‘raça negra”, que tanto contribuiu para o desenvolvimento da espécie humana, sob o condão de uma raça forte, cheia de tradições e cultura própria.
Desde as Senzalas escuras e frias, a alma de um povo é lavada com fricções de esperança sobre o som de um coração estouvado, que ressoa aos tambores uníssonos, de um povo e sua cultura. Ao som dos tambores, ao som das correntes, ao som dos gritos e ao som dos açoites, nasce o homem, predestinado a lutar e predisposto a defender a causa da libertação dos escravos. Ele é o representante e guerreiro de um povo, que também foi marcado pela escravidão e injustiça social. Por entre as matas, rios, plantações e aldeias de Palmares, ele quebra o silêncio da opressão e sobrevive às gerações, com seu hino de libertação. É ele, Zumbi dos Palmares!!
As lembranças repugnantes e atrozes e de consciências medievais, nos remetem à escravidão no Brasil, faz–nos sentir  envergonhados e encabulados com a sociedade da época, isenta de qualquer estrutura, fundamentada em Direitos Humanos.
A relação cordial entre duas pessoas independe da raça, etnias, sexo, ou qualquer outra diferença biológica, o que importa é a liberdade, a equidade social, e muito axé entre todos nós.
O importante também é o desenvolvimento das potencialidades de cada povo, pois só assim, estaremos enriquecendo o patrimônio comum de toda a humanidade.
Zumbi dos Palmares traz à tona essa luta contra os conceitos e preconceitos de uma sociedade veementemente “Racista”. Com a valentia de um guerreiro, sacode o chão das tormentas que oprimiam os seus irmãos e busca a construção de um país soberano, integralizado e valorizador do ser humano.
O dia da consciência negra revive a nossa história, ocupa um lugar de destaque em nosso calendário social, pois é ela, a Raça Negra, rica e sábia em suas tradições, costumes, arte e cultura.
Que os canaviais de hoje, sejam plantados com as mãos do trabalhador, independente de raça e cor; que prevaleça a justiça, a igualdade de etnias, a equidade social e, sobretudo, a liberdade decorrente de uma Democracia política.
 
País da Raça Negra, símbolo da nossa bandeira.
No verde de nossas matas, reflete a alma do nosso irmão negro.
 
Salve 20 de novembro!!! - Salve Zumbi dos Palmares!!

Ana Maria Campos
Natural de Uberaba - MG, reside em Ituiutaba - MG. Professora; Formada em Licenciatura e Letras pela UEMG;Pós Graduação em Filosofia.

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