ZUMBI DOS PALMARES
“NOSSO NEGRO, NOSSA RAÇA.
NEGRO QUE “TE
QUERO NEGRO.”
Queremos sim, a liberdade!
Queremos sim, o fim dos preconceitos! Quebrar as correntes, desatar as amarras
da memória de um tempo que jamais será esquecido...
Surge um novo milênio, ressurge
em nossas raízes à luz da miscigenação, a ‘raça negra”, que tanto contribuiu para
o desenvolvimento da espécie humana, sob o condão de uma raça forte, cheia de
tradições e cultura própria.
Desde as Senzalas escuras e
frias, a alma de um povo é lavada com fricções de esperança sobre o som de um
coração estouvado, que ressoa aos tambores uníssonos, de um povo e sua cultura. Ao som dos tambores, ao som das
correntes, ao som dos gritos e ao som dos açoites, nasce o homem, predestinado
a lutar e predisposto a defender a causa da libertação dos escravos. Ele é o
representante e guerreiro de um povo, que também foi marcado pela escravidão e
injustiça social. Por entre as matas, rios, plantações e aldeias de Palmares, ele
quebra o silêncio da opressão e sobrevive às gerações, com seu hino de
libertação. É ele, Zumbi dos Palmares!!
As lembranças repugnantes e
atrozes e de consciências medievais, nos remetem à escravidão no Brasil, faz–nos
sentir envergonhados e encabulados com a
sociedade da época, isenta de qualquer estrutura, fundamentada em Direitos Humanos.
A relação cordial entre duas
pessoas independe da raça, etnias, sexo, ou qualquer outra diferença biológica,
o que importa é a liberdade, a equidade social, e muito axé entre todos nós.
O importante também é o
desenvolvimento das potencialidades de cada povo, pois só assim, estaremos
enriquecendo o patrimônio comum de toda a humanidade.
Zumbi dos Palmares traz à tona
essa luta contra os conceitos e preconceitos de uma sociedade veementemente
“Racista”. Com a valentia de um guerreiro, sacode o chão das tormentas que
oprimiam os seus irmãos e busca a construção de um país soberano, integralizado
e valorizador do ser humano.
O dia da consciência negra
revive a nossa história, ocupa um lugar de destaque em nosso calendário social,
pois é ela, a Raça Negra, rica e sábia em suas tradições, costumes, arte e
cultura.
Que os canaviais de hoje, sejam
plantados com as mãos do trabalhador, independente de raça e cor; que prevaleça
a justiça, a igualdade de etnias, a equidade social e, sobretudo, a liberdade
decorrente de uma Democracia política.
País da Raça Negra, símbolo da nossa bandeira.
No verde de nossas matas, reflete a alma do nosso irmão
negro.
Salve 20 de novembro!!! - Salve
Zumbi dos Palmares!!
Ana Maria Campos
Natural de Uberaba - MG, reside em Ituiutaba - MG. Professora; Formada em Licenciatura e Letras pela UEMG;Pós Graduação em Filosofia.
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