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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Brincar faz toda a diferença


Atividades lúdicas despertam o afeto e melhoram a convivência

Jogar queimada, correr, pular corda, empinar pipas, brincar de casinha: é difícil encontrar alguém que não se lembre das intermináveis horas de infância dedicadas a essas brincadeiras. Cada vez mais em desuso, seja em função das novas tecnologias ou da equivocada ideia de que não passam de perda de tempo, as atividades lúdicas são essenciais para o desenvolvimento da capacidade afetiva do individuo. Figuram-se, ainda, em um dos principais meios para conhecer e explorar o mundo ao nosso redor.
A palavra brincar vem do latim vinculum, que significa laço ou união. De acordo com Marilena Flores Martins, autora de Brincar é Preciso e presidente Associação Brasileira pelo Direito de Brincar, alguns estudos neurológicos atestam que o ser humano não nasce com a capacidade de sentir empatia e compadecer com a dor do próximo. Educadora há 40 anos, ela afirma que o contato lúdico faz com que a criança desenvolva a compaixão e treine para os desafios da vida real.
“A qualidade do vínculo entre adulto e criança influi significativamente na estruturação da personalidade desta última, afetando a formação da autoestima e o desenvolvimento de sua resiliência”, afirma Marilena. Durante a brincadeira, as crianças se tornam mais tolerantes e, quando perdem o jogo, aprendem a lidar com a frustração, por exemplo. “Isto faz com que incorporem valores e desenvolvam a empatia e a cooperação, essenciais para uma cultura de paz”, explica a educadora.  
Hora de brincar 
Apesar de todos os benefícios cognitivos e emocionais que a brincadeira proporciona, a cada dia que passa, as crianças são mais privadas dessa etapa. A ideia de que ‘brincar é perda de tempo’ é uma das razões da alta incidência distúrbios que antes acometiam apenas os adultos, como ansiedade e depressão. “Os pais nutrem grande preocupação com o futuro profissional de seus filhos. E essa preocupação com um futuro ainda incerto, muitas vezes, prejudica o momento presente.”
Para a educadora, é preciso respeitar o ritmo e o desenvolvimento da criança no ‘tempo de brincar’. “Os pais precisam saber que brincar desenvolve todas as habilidades e qualidades necessárias para um desempenho com sucesso, seja na vida pessoal ou profissional daquela criança”, explica. As atividades lúdicas despertam quatro importantes pilares para a vida em sociedade: o afeto, advindo de experiências positivas, como aprender a amar; o estímulo, apreendido por meio de experiências sensoriais; a atividade, que desenvolve a habilidades para viver em grupo e atingir objetivos; e a estrutura, pautada na confiança em si e no outro.
A brincadeira faz parte do crescimento e assegurar este direito é uma verdadeira prova de amor. As crianças necessitam de diferentes oportunidades, de formas diversificadas. “Brincar faz com que as crianças mudem cada estágio do seu desenvolvimento naturalmente, permitindo-lhes fazer amigos, resolver dificuldades, seguir seus instintos, pensar e aprender com os outros”. Enquanto brincam, elas percebem os limites naturalmente, tanto dos companheiros de brincadeiras, quanto dos diferentes grupos sociais.
Mas não pense.
Carolina Beu 
Via abiliodiniz.uol.com.br

2 comentários:

Ian e Filipe disse...

É verdade e é por isto que criança do interior fica muito mais tempo jovem.
Parabéns pelo texto.

Anônimo disse...

Este Ian e Filipe são meus sobrinhos rsrsrs, não sei pq apareceram eles.


Ana Boson