Assim do nada, o táxi parou, e para a minha surpresa, era uma mulher ao volante (algo nos anos 70, raro).Ela se virou e perguntou:
_Posso te ajudar em alguma coisa?
Com a resposta negativa, ela insistiu...
_tenho um filho da sua idade (20 anos) e se um dia eu o ver chorar assim, vou ficar louca se não poder ajuda-lo...Por favor é uma mãe que te implora...me conta...
Foi como apertar a tecla “Enter”, e uma avalanche de palavras e sentimentos de culpa saíram sem controle, Acho que esse papo deve ter durado horas...sei lá...
Escutei dela as seguintes palavras:
Seja quem for, ela não merece essas lágrimas, nem você se sentirá digno de se apresentar nesse estado...Você tem um mundo muito grande a sua frente e a vida vai te ensinar a suportar tudo isso, e pessoas como você, vão ser felizes pois aprendem rápido as lições da vida...Nos despedimos e ela nem me cobrou a corrida dizendo que eu tinha feito muito mais por ela do eu ela por mim...
Num dia desses, eu fui essa “motorista” para uma pessoa muito especial na minha vida e poucos entenderam por que eu a entendi tão bem...Não importa a idade que você tenha, os sentimentos e o que se aprende, não envelhecem.
Pedra de Itapuca, Icaraí, Niterói-RJ
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