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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Redes Sociais - Campo Minado de Querenças


Entrar em um “campo minado” durante uma guerra é confrontar diariamente com o perigo e com o inimigo. Hoje, vivenciamos e participamos da guerra das “Redes Sociais”. E essas, são muito perigosas, digo, “perigosas” no sentido lato da palavra, porque ao participarmos do mundo virtual, nós nos expomos de tal forma, que não sabemos quais serão as conseqüências dessa exposição.
     Diariamente recebemos um jato de informações sobre o que se ocorre em um dia na vida das pessoas, das celebridades e dos outros. Ao mesmo tempo, as mudanças “in” das redes sociais, a respeito de novos conceitos, novos métodos, novos comandos, novos chefes, colaboram para navegarmos ,enfim, em  um mundo totalmente desconhecido, onde as pessoas trocam papos, falam de suas vidas, mentem, brigam, agridem por meio de palavras, se camuflam por meio de desenhos, símbolos, ou mesmo fotos, as quais não são as próprias e nem sabemos se aquelas são “os nossos queridos amigos”.
    Creio, que a certeza de convivermos com o desconhecido, o não sentido, o não falado, o não verdadeiro é a que mais vivenciamos durante o momento em que entramos em contato com esse mundo virtual. Os disfarces, as máscaras são tão comuns ao nosso redor, que com o tempo nos acostumamos a conversar com as mais diversas figuras. Tudo isso, também, provoca e permite acontecer em nosso interior, a invasão do medo, que nos domina por meio de uma foto, uma música ou mesmo um comentário. E esse medo, repercute em nós, sensações de alarme, angústia, pânico e terror, mas gostamos de conviver, enfrentar e confrontar com essa sensação, porque esse é o novo mundo, esse é o mundo moderno, esse é o mundo virtual.
    Por outro lado, posso afirmar que vale a pena conviver dessa forma, porque adquirimos muito conhecimento, vivência e mais experiência de vida. É pela empatia que nos aproximamos das pessoas e passamos a gostar ,também, de uma forma concreta e agradável a todos nós, mas sempre me deixando uma sensação dubitável e creio que, naturalmente em você, também deva ocorrer tal sentimento.
    Acontece que a nossa vida se transforma, na medida em que vagarosamente  penetramos nesse campo minado. O nosso imaginário se fecunda de tal forma, que a nossa autoestima e as nossas fantasias proliferam para o bem de nosso corpo e nossa alma, pois ficamos dependentes do sistema e apaixonados por pessoas que passam a fazer parte de nossas vidas e queremos ver, abraçar, cantar, beijar, sorrir e namorar todos os dias. Esse é o lado que sentimos a euforia da comunicação.
    As diversas páginas positivas que existem nas redes sociais, a troca de lindas mensagens, artigos científicos, políticos, referentes a área da saúde, sexo, religião, citações de pensadores, quadros humorísticos, imagens belas, coloridas, literatura, arte, história, cultura, costumes e tradições de povos e raças, enfim, tudo isso é aprendizagem. Todavia, é o mundo da sedução que nos envolve e somos pegos por uma “visgueira”.
      Ah!! E o Amor... Esse é falado, cantado em prosa e verso e permanece o tempo todo no ar e no clima das postagens. Comunica - se por meio de frases, músicas, imagens que emitem à pessoa o pensamento ou a atração pelo outro. É um mundo vasto e complexo em que o velho e o novo se encontram e se fundem, ocasionando o tal do “Amor Platônico”.
     Por outro lado, observam-se as pessoas que têm um desencanto pela vida e essas estão do outro lado da telinha, a fim de manifestarem por meio de agressões verbais, postagens chocantes, falta de respeito às pessoas e deixando claro a todos a sua intolerância.
     Todos nós já vivenciamos essa postura dentro ou fora do mundo virtual. No momento em que há essa explosão negativa, percebemos o ciúme, a inveja, a falta de caráter, que seria definido como pessoas de  personalidades mórbidas ou sob a plácida forma de sentimento, que os dicionários definem como:“Temor ou receio que alguém sente de um afeto ou bem que desfruta ou pretende, chegue a ser alcançado por outro.” ( Miray Lopez) 
    Em um futuro próximo, as “Redes Sociais” terão uma tendência à formação de grupos. Essa será a melhor forma de haver uma comunicação mais livre, solta e sem muita preocupação, porque às vezes somos surpreendidos por uma pessoa ou uma postagem em nosso mural, totalmente inesperada e que depois é difícil de o comando daquela rede social conseguir desfazer aquele mal entendido.
    Esse é o nosso mundo virtual, tão acionado, curtido, comentado, compartilhado por todos nós. Àqueles que ainda não conseguiram ter o acesso a esse mundo, é bom se inteirar do assunto, pois é assim que a humanidade se reconhecerá.
    Enquadrar nesse esquema nos anima para a vida, melhora a nossa auto estima, as horas se tornam agradáveis, o amor paira no ar, sentimos falta das pessoas, saudade de sua alma gêmea e então esse campo minado da guerra passa a ser um campo de querenças, as mais diversas e coloridas, pois sempre  acreditei em Anjos, e creio que eles também se encontram na tecnologia do mundo virtual para nos proteger. 
    
           
Ana Maria Campos
Natural de Uberaba – MG, reside em Ituiutaba – MG - Professora, formada em Licenciatura em Letras pela UEMG. Pós Graduação em Filosofia. 

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