Que bela antítese, e ao mesmo tempo, que sábias palavras !
De lá pra cá muitos a repetiram servindo-se sempre de pequenas
nuances. Não sou diferente, afinal, o que seria de nós se não mudássemos
a cada instante ?
Ontem jovem, hoje experiente; o agora triste e cinza, o amanhã radiante diante da esperança em um novo dia.
E assim, a vida num eterno mosaico vai fundindo as peças num
todo, juntando passado, presente, moldando um futuro absolutamente
interligado a tudo. As lembranças vivas
reproduzidas nas sinapses de hoje servindo de estímulo na
construção do futuro de daqui a pouco, e como numa roda viva formando os
novos projetos e as novas alegrias.
Não podemos é parar de sonhar, isso nunca !
Mesmo os momentos tristes, as eventuais perdas dos amigos e
familiares, que vamos tendo ao longo desse percurso fazem parte desse
processo, como peças revestidas por uma luz especial, aqui e ali
iluminando o caminho, tranformando-nos através do sofrimento,
fazendo-nos novos, diferentes, nesse quebra cabeças que é a nossa existência.
Ao resolver escrever estas linhas estou traçando a trama de uma
nova peça, nesse palco improvisado que é a vida, sem saber que formato
terá, se com aplausos, se c / apupos,
resultando em algo que jamais saberemos qual nesse momento !
Nisso reside a beleza da mudança.
Enquanto isso, como no filme de Warren Beatty, vamos torcento pela máxima tão ansiada por todos continuar acontecendo.
O céu pode esperar, pode sim, e se possível, um pouco mais, até quem sabe à amnésia final.
Nilson Ribeiro, poeta ao acaso desde menino, fluminense de 57 anos, dos quais 42 de labuta,
lidando com gente de todo quilate, fiz disso inspiração diária pra aguentar os trancos da vida.
Um comentário:
pandrosOi Oracy, boa noite!!
Belo texto, boa reflexão...
É a vida!!!
Um abraço,
Ana Maria
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