Tudo levava a crer que aquela seria a melhor corrida do dia. Antes de
embarcar no táxi, a mulher explicou que precisava ir a mais de 10
endereços, em vários pontos da cidade. Edifícios comerciais, de
escritórios. Demoraria pouco tempo em cada lugar. O taxista vibrou: a
corrida valeria pela féria de um dia inteiro!
A cada nova parada, o taxista ficava mais excitado. Quando via a passageira voltando para o táxi, seu coração disparava. Ela mostrava-se ainda mais empolgada. Contou que fazia a corrida toda a semana, sempre com um taxista diferente, mas de agora em diante seria sempre com ele. Dizia isso olhando no fundo dos olhos do taxista, como que antevendo os momentos mágicos que passariam juntos.
Depois de visitar o último endereço de sua longa lista, a passageira voltou e sentou no banco da frente. Pousando a mão sobre a perna do taxista, pediu que ele a levasse até um determinado shopping. Queria comprar um presente para ele. Depois, queria que ele a levasse a um lugar sossegado, para que ficassem a sós.
Enquanto esperava no estacionamento do shopping, o taxista ligou para a esposa dizendo que trabalharia até mais tarde. Colocou um chiclete na boca, penteou-se, reforçou o desodorante. Por fim, reclinou o banco e relaxou.
O taxista acordou com o vigilante avisando que o estacionamento estava fechando. Era tarde, não tinha mais ninguém no shopping. Ele só se convenceu de que a passageira o havia passado para trás quando um colega confessou que tinha caído no mesmo golpe da bonitona que usa os taxistas para distribuir drogas pela cidade e some sem pagar a corrida.
Fonte: Blog Taxitramas http://taxitramas.blogspot.com/2011/09/surpresas-de-um-amor-ligeiro.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário