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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Carta de indignação - Aglaé Gil

Hoje, escrevo uma carta de todos nós. E por todos nós. Uma carta que tem o peso de indignação [mais uma, entre muitas que nós, brasileiros, vivemos ao longo de nossa História]. Porque na terça-feira, mais uma vez, nossos parlamentares, 265 deles pelo menos, em voto secreto [famigerado voto secreto, muleta que precisa queimar] absolveram Jaqueline Roriz, deputada pelo PMN do DF. Ela foi submetida à votação porque houve um vídeo divulgado em que ela aparece recebendo R$ 50 mil do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. A absolvição, na Câmara, contou com 451 votos e a deputada foi absolvida por 265 votos a 166. Eu soube da absolvição de Jaqueline apenas na quarta pela manhã. Estava fazendo exercícios e parei. Fiquei pensando em como estamos bancando os idiotas, votando em gente que tem a coragem de absolver essa pessoa e outros mais que devem estar na fila [deve ser imensa, na verdade]. Gente! Essa senhora admitiu ter recebido o dinheiro. E não haveria mesmo como negar, já que se dispõe de um vídeo. Mesmo assim, infelizmente e apesar do esforço por fazer valer o “Ficha Limpa”, lá estava ela, a deputada, sorrindo um daqueles sorrisos de quem vence alguma coisa, como se fosse bonito, como se fosse certo, como se fosse bobagem. Um deboche. Essa coisa de votar secretamente possibilita aos parlamentares usurparem a vontade de seus eleitores em nome de interesses próprios. Lamentável, repito. Quando vamos aprender? Pois bem...não sabemos quem votou? Então, óbvio: não se vota em ninguém que já esteja lá. Até quem votou contra entra na dança. Vamos ver se eles aprendem!

2 comentários:

Paulo disse...

Esta precisa chegar a muita gente, é assim devagarinho que iremos minar esta instituição falida que é o sistema brasileiro de eleições de "representantes". Vamos lá!

AGLAÉ GIL DA SILVA disse...

Caro Paulo, grata pela deferência, acrescento que tem mesmo razão. A coisa toda começa devagar, mas precisa começar. Precisamos nos fazer notar. Não somos os panacas que eles pensam. Que coisa! Um abraço!